Colheita 2016

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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Gastronomia da Serra

Aviso aos leitores: se estão em jejum, não leiam esta postagem!
Mesmo sabendo que a culinária da Serra Gaúcha é, ás vezes repetitiva, tenho que ressaltar que algumas coisas por lá são mesmo MUITO boas e que há um grupo de donos de restaurantes e de chefs trabalhando com alta qualidade e muito rigor.
Afinal, qualidade e cuidado se mostram quando fazemos alguma coisa boa todos os dias. Na regra e não na exceção.
Na foto acima uma amostra da culinária típica italiana que estará presente em Flores da Cunha, na festa da vindima do próximo ano, que promete unir a alta gastronomia às tradições dos imigrantes da região. No primeiro plano o tortei, que era também um prato típico da minha família (pelas mãos de minha tia Leonor e de minha avó Silvia), uma massa recheada com purê de moranga temperada e coberta com leve molho de tomates. No meu entender deve ser acompanhada de uma boa taça de Merlot e como estamos em Flores da Cunha pode ser da Vinícola Salvador ou da Luiz Argenta.
Se os dias quentes de primavera pedirem, vale um atum com crosta de ervas em leito de cogumelos, bem ao ponto, acompanhado de uma fresca taça de espumante rosé da Dal Pizzol, lá de Faria Lemos.
Se você não comprou o tinto comemorativo dos 35 anos da vinícola, minhas condolências, pois acabou.
Elas servem para mim também, pois eu perdi a chance...

O prato acima, embora a foto não lhe faça justiça, estava delicioso. Foi preparado no bem cuidado restaurante Arte in Távola, do Farina Park Hotel, na estrada entre Bento e Farroupilha.
Um risotto de ervas finas acompanhado de um filé exatamente no ponto, com molho escuro também com ervas. Delicado e intenso, como o vinho ideal para acompanhá-lo, um Cabernet Sauvignon. Sugestões: Suzin de Santa Catarina ou Almaúnica do Vale dos Vinhedos.
Por fim, creio que todo gaúcho que se preza e todo turista que quer comer bem na serra TEM que conhecer o trabalho dos irmãos Di Paolo.
Como as pessoas gostam de 'medalhas' vale dizer que há 10 anos eles recebem a estrela do Guia 4 Rodas como 'melhor galeto' do Brasil. Mesmo eu que não ligo para essa história de medalhas, acho que não é pouca coisa, ao contrário, é sinal de que eles seguem perseguindo os mais altos padrões de qualidade.
A refeição por lá é 'lauta', como se dizia antigamente. Ou seja, é melhor ir com fome e se preparar para sair saciado, pois praticamente tudo vale a pena.

A foto abaixo é da casa que fica no Castelo Benvenutti, que é somente uma das 6 unidades do Grupo Di Paolo. E um detalhe - que para mim faz TODA a diferença - a carta de vinhos é brasileiríssima e o serviço dos vinhos (em todos os estilos e faixas de preço) é correto e descomplicado, com o estilo de quem está mais do que acostumado a fazer isso. Interessante observar que, diferentemente de tantos lugares no Brasil, nesse restaurante quase todas as mesas estão tomando vinho. Vinho brasileiro.
Uma boa garrafa do espumante brut da Cave Geisse vai custar R$50/55,00. É mais barato que em muitas lojas, acredite-me.

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