Colheita 2016

Colheita 2016
Seja bem-vindo! E que nunca nos falte o pão, o vinho e a saúde e alegria para compartilhar!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

SC Gourmet


 Na semana passada estive em Blumenau por menos de 24 horas para conhecer o SC Gourmet, a segunda edição de um evento que une produtos de Delikatessen, queijos, vinhos e gastronomia.


 Realizado dentro do palácio de eventos da Vila Germânica, é uma mostra ainda não muito grande, mas com excelente potencial de crescimento e um polo de oportunidades para pequenos e médios empresários da região sul, para mostrarem seus produtos a um público diversificado.
Como só há de acontecer no Brasil, a convivência das culturas é impressionante, pois mesmo a feira sendo realizada numa das cidades mais germânicas do país, o coral que abriu o evento era de descendentes de italianos, cantando a música 'Mérica, mérica', que apesar de parecer italiana é tão brasileira quanto a 'barril de chopp' que toca em 11 de cada 10 festas da cerveja.
Claro que para ficar de acordo com o multiculturalismo da região, ao final da noite fomos jantar num restaurante japonês...coisas de Brasil.


 Gostei de ver a boa presença de vitivinicultores de Santa Catarina (creio que eram 13 ao todo), e também gostei de conhecer produtos que aqui em SP são muito difíceis de encontrar, como a Bottarga (ovas de tainha), as ostras de SC, os embutidos artesanais e super especiais como o da foto abaixo (o chef está fatiando um filezinho de lombo defumado naturalmente com pimenta vermelha), as cervejas artesanais e alguns chocolates super especiais.
Tinha muita coisa boa por lá!
 Na foto abaixo o vinhateiro Everson Suzin, que trouxe seus vinhos lá de São Joaquim para a mostra. O espumante rosé dele caiu deliciosamente no paladar no começo da noite!
 Encontrei também alguns gaúchos, no estande coletivo do Ibravin, como (da esq. para a dir. na foto abaixo) Fábio da Vinícola Courmayeur de Garibaldi, Arlindo Menoncin que é o sommelier do Ibravin e iria fazer algumas degustações e apresentações abertas ao público e Maicon Motter, enólogo da vinícola Don Guerino, em Alto Feliz.
Perecebo que esse tipo de evento precisa ser incentivado pelos governos locais, e a população precisa ser levada à conhecer outros produtos que não simplesmente aqueles que encontra cotidianamente nas prateleiras das grandes redes de varejo. Nesse caso a presença das pessoas foi facilitada também pela festa italiana (Festitália) que ocorria no pavilhão adjacente, fazendo com que um evento chamasse público para o outro.
Torço para que cresça mais o SC Gourmet e dê mais espaço e oportunidade de negócios para os empreendedores brasileiros.
Bons brindes!

terça-feira, 24 de julho de 2012

As Novidades!

Caros amigos, é com imensa alegria que publico aqui, ainda quente como pão que sai do forno, a capa da revista DiVino Sabores, que passei a editar no mês passado.


É esse um dos principais motivos de minha ausência no blog, uma vez que assumi um trabalho que já era feito por uma competente editora, mas que precisava (e ainda precisa) de mudanças para se adequar ao super competitivo mercado das revistas de enogastronomia.
Sou fã daquilo que faço e imagino que não possa ser de outra forma, afinal a informação é pública e o objetivo é disseminá-la com qualidade e elegância, e isso é impossível se a pessoa que assume o trabalho não é fã do que faz. Eu sou e aceitei o desafio com muita disposição.
Provavelmente minhas postagens irão diminuir um pouco e passarão a tratar um pouco mais do universo da gastronomia (que sempre esteve aqui de uma forma ou de outra), mas sigo defendendo, apostando e - principalmente - bebendo os vinhos brasileiros, com orgulho e sem preconceito.
Aos amigos que tiverem curiosidade de ver a revista, ela já está seguindo para as bancas de todo o país.
Nessa edição nosso foco é falar do poder transformador do fermento, seja no pão, no vinho, na cerveja e até no iogurte. Falamos dos vinhos naturais e da vinícola Luiz Argenta, em Flores da Cunha, focando em sua alma mater, Deunir Argenta, e também viajamos ao frio mar do norte para falar do bacalhau e ao Douro e Alentejo, alternando azeites e vinhos em Portugal.
Espero que gostem e prestigiem. Mas se tiverem criíticas, o canal também está aberto.
Bons brindes e excelente semana!

segunda-feira, 23 de julho de 2012

As imagens e as mil palavras

Para nós jornalistas, um texto de mil toques é pequeno. Um de mil palavras até que é razoável.
Para os fotógrafos, como diz o ditado popular já atribuido a Confúcio e a outros tantos pensadores, 'uma imagem vale mais do que mil palavras'.
No mundo dos vinhos temos um problema sério, que preocupa os dois profissionais: como descrever sensações em palavras e como retratar pessoas e vinhos sem cair no lugar comum de garrafas, rótulos, barricas.
Mas algumas vezes (menos do que todos nós da comunicação dos vinhos gostaríamos) alguns fotógrafos conseguem produzir um material não apenas esteticamente perfeito, mas que também fala sobre as pessoas envolvidas no processo.
Publico a seguir duas fotos, uma delas de uma série do jornal Zero Hora cuja imagem mais bela eu não tenho acesso (mas a que está aqui é linda o suficiente), e outra da fotografa Letícia Remião.
Na primeira foto (feita por Letícia Remião) está o enólogo André Peres Jr, da Aurora, na propriedade da empresa em Pinto Bandeirra.

(Para as meninas assanhadas esclareço que o jovem - e lindo - André está super bem acompanhado de uma também linda e jovem enóloga. Para os homens invejosos esclareço que a barrica está vazia, embora mesmo assim não seja leve..)


Na foto abaixo o enólogo Flávio Pizzato está na sala de barricas de sua vinícola, no Vale dos Vinhedos, no último verão. A versão dessa foto que ocupou a capa do jornal mostrava Flávio no ar, no momento de passagem de uma barrica para outra.


Existem poucos bons fotógrafos no mundo do vinho (não apenas aqui no Brasil). Eu tenho o privilégio de conhecer alguns deles felizmente, e adoraria poder pagar o preço que sei que eles valem para ter suas fotos, mas infelizmente ainda somos muito crus quando se trata de bom gosto em fotografia de vinhos, mesmo sabendo o quanto vale o ditado da boa imagem. Preferimos as mil palavras, fazer o que?
Boa semana!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Para pensar!

Recebi por email esse texto. Veio sem assinatura, o que não deixa de ser emblemático, pois faz parte das coisas que ninguém quer ter que colocar a mão, ninguém quer ter que admitir que existe, niguém quer ter que discutir. Faz parte daquelas coisas que 'é melhor deixar outra pessoa resolver'...
A convivência entre o progresso e as tradições/costumes nem sempre é pacífica. Fazer leis que atendam à todos e não privilegiem uns ou prejudiquem outros é ainda mais difícil.
Mas o pior mesmo é a visão tacanha de que o que chega até nos, citadinos, vem pronto e limpo e embalado e higienizado, por alguma entidade extraterrestre que não tem nenhum problema para resolver e por isso nós, consumidores/expectadores, precisamos criar para eles.
Estou um pouco indignada...
Leiam!

"Prezado Luis, quanto tempo
Eu sou o Zé, teu colega de ginásio noturno, que chegava atrasado, porque o
transporte escolar do sítio sempre atrasava, lembra né? O Zé do sapato sujo?
Tinha professor e colega que nunca entenderam que eu tinha de andar a pé mais
de meia légua para pegar o caminhão por isso o sapato sujava.
Se não lembrou ainda eu te ajudo. Lembra do Zé Cochilo... hehehe, era eu. Quando
eu descia do caminhão de volta pra casa, já era onze e meia da noite, e com a
caminhada até em casa, quando eu ia dormi já era mais de meia-noite. De
madrugada o pai precisava de ajuda pra tirar leite das vacas. Por isso eu só
vivia com sono. Do Zé Cochilo você lembra né Luis?
Pois é. Estou pensando em mudar para viver ai na cidade que nem vocês. Não que seja
ruim o sítio, aqui é bom. Muito mato, passarinho, ar puro... Só que acho que
estou estragando muito a tua vida e a de teus amigos ai da cidade. To vendo
todo mundo falar que nós da agricultura familiar estamos destruindo o meio
ambiente.
Veja só. O sítio de pai, que agora é meu (não te contei, ele morreu e tive que parar
de estudar) fica só a uma hora de distância da cidade. Todos os matutos daqui
já têm luz em casa, mas eu continuo sem ter porque não se pode fincar os postes
por dentro uma tal de APPA que criaram aqui na vizinhança.
Minha água é de um poço que meu avô cavou há muitos anos, uma maravilha, mas um homem
do governo veio aqui e falou que tenho que fazer uma outorga da água e pagar
uma taxa de uso, porque a água vai se acabar. 
Se ele falou deve ser verdade, né Luis?
Pra ajudar com as vacas de leite (o pai se foi, né .) contratei Juca, filho de um
vizinho muito pobre aqui do lado. Carteira assinada, salário mínimo, tudo
direitinho como o contador mandou. Ele morava aqui com nós num quarto dos
fundos de casa. Comia com a gente, que nem da família. Mas vieram umas pessoas
aqui, do sindicato e da Delegacia do Trabalho, elas falaram que se o Juca fosse
tirar leite das vacas às 5 horas tinha que receber hora extra noturna, e que
não podia trabalhar nem sábado nem domingo, mas as vacas daqui não sabem os
dias da semana ai não param de fazer leite. Ô, bichos aí da cidade sabem se
guiar pelo calendário?
Essas pessoas ainda foram ver o quarto de Juca, e disseram que o beliche tava 2 cm
menor do que devia. Nossa! Eu não sei como encumpridar uma cama, só comprando
outra né Luis? O candeeiro eles disseram que não podia acender no quarto, que
tem que ser luz elétrica, que eu tenho que ter um gerador pra ter luz boa no
quarto do Juca.
Disseram ainda que a comida que a gente fazia e comia juntos tinha que fazer parte do
salário dele. Bom Luis, tive que pedir ao Juca pra voltar pra casa,
desempregado, mas muito bem protegido pelos sindicatos, pelo fiscais e pelas
leis. Mas eu acho que não deu muito certo. Semana passada me disseram que ele
foi preso na cidade porque botou um chocolate no bolso no supermercado. Levaram
ele pra delegacia, bateram nele e não apareceu nem sindicato nem fiscal do
trabalho para acudi-lo.
Depois que o Juca saiu eu e Marina (lembra dela, né? casei) tiramos o leite às 5 e
meia, ai eu levo o leite de carroça até a beira da estrada onde o carro da
cooperativa pega todo dia, isso se não chover. Se chover, perco o leite e dou
aos porcos, ou melhor, eu dava, hoje eu jogo fora.
Os porcos eu não tenho mais, pois veio outro homem e disse que a distância do
chiqueiro para o riacho não podia ser só 20 metros. Disse que eu tinha que
derrubar tudo e só fazer chiqueiro depois dos 30 metros de distância do rio, e
ainda tinha que fazer umas coisas pra proteger o rio, um tal de digestor. Achei
que ele tava certo e disse que ia fazer, mas só que eu sozinho ia demorar uns
trinta dia pra fazer, mesmo assim ele ainda me multou, e pra poder pagar eu
tive que vender os porcos as madeiras e as telhas do chiqueiro, fiquei só com
as vacas. O promotor disse que desta vez, por esse crime, ele não ai mandar me
prender, mas me obrigou a dar 6 cestas básicas pro orfanato da cidade. Ô Luis,
ai quando vocês sujam o rio também pagam multa grande né?
Agora pela água do meu poço eu até posso pagar, mas tô preocupado com a água do rio.
Aqui agora o rio todo deve ser como o rio da capital, todo protegido, com mata
ciliar dos dois lados. As vacas agora não podem chegar no rio pra não sujar,
nem fazer erosão. Tudo vai ficar limpinho como os rios ai da cidade. A pocilga
já acabou, as vacas não podem chegar perto. Só que alguma coisa tá errada,
quando vou na capital nem vejo mata ciliar, nem rio limpo. Só vejo água fedida
e lixo boiando pra todo lado.
Mas não é o povo da cidade que suja o rio, né Luis? Quem será? Aqui no mato agora
quem sujar tem multa grande, e dá até prisão. Cortar árvore então, Nossa
Senhora!. Tinha uma árvore grande ao lado de casa que murchou e tava morrendo,
então resolvi derrubá-la para aproveitar a madeira antes dela cair por cima da
casa.
Fui no escritório daqui pedir autorização, como não tinha ninguém, fui no Ibama da
capital, preenchi uns papéis e voltei para esperar o fiscal vim fazer um laudo,
para ver se depois podia autorizar. Passaram 8 meses e ninguém apareceu pra
fazer o tal laudo ai eu vi que o pau ia cair em cima da casa e derrubei.
Pronto! No outro dia chegou o fiscal e me multou. Já recebi uma intimação do
Promotor porque virei criminoso reincidente. Primeiro foi os porcos, e agora foi o pau. Acho que desta vez vou ficar preso.
Tô preocupado Luis, pois no rádio deu que a nova lei vai dá multa de 500 a 20 mil reais por
hectare e por dia. Calculei que se eu for multado eu perco o sítio numa semana.
Então é melhor vender, e ir morar onde todo mundo cuida da ecologia. Vou para a
cidade, ai tem luz, carro, comida, rio limpo. Olha, não quero fazer nada
errado, só falei dessas coisas porque tenho certeza que a lei é pra todos.
Eu vou morar ai com vocês, Luis. Mais fique tranqüilo, vou usar o dinheiro da
venda do sítio primeiro pra comprar essa tal de geladeira. Aqui no sitio eu
tenho que pegar tudo na roça. Primeiro a gente planta, cultiva, limpa e só
depois colhe pra levar pra casa. Ai é bom que vocês e só abrir a geladeira que
tem tudo. Nem dá trabalho, nem planta, nem cuida de galinha, nem porco, nem
vaca é só abri a geladeira que a comida tá lá, prontinha, fresquinha, sem
precisá de nós, os criminosos aqui da roça.
Até mais Luis.
Ah, desculpe Luis, não pude mandar a carta com papel
reciclado pois não existe por aqui, mas me aguarde até eu vender o sítio"

sábado, 14 de julho de 2012

Blog Novo no Pedaço...ou no Gargalo

Eventualmente vale a pena indicar alguma coisa diferente, quando quem escreve sabe do que está falando!
Dêem uma olhada: http://1460garrafas.wordpress.com

O texto sobre vinhos 'encorporados' é muito bacana!

sábado, 7 de julho de 2012

6º Concurso Internacional de Vinhos do Brasil confere 148 medalhas para 12 países

Chegaram os resultados dos três dias de degustação, do Concurso Internacional, que avaliou 503 amostras de vinhos vindas de 17 países. Na foto abaixo, um dos dias da degustação na sala de eventos do hotel Dall'Onder, em Bento Gonçalves.


Já na noite da premiação, na última sexta-feira, a foto mostra o momento da entrega da Medalha de Prata ao enólogo Antonio Czarnobay, um dos mestres da enologia brasileira, que finalmente pode fazer seus próprios vinhos (Toninho, como é conhecido, trabalhou por mais de 30 anos na vinícola Aurora) com seus sócios na Copetti & Czarnobay, única vinícola localizada na região de Encruzilhada do Sul.


Mas a foto é especial por mais dois motivos; junto de Toninho estão o presidente da ABE (Associação Brasileira de Enologia) Christian Bernardi, que começou sua carreira precisamente na Aurora, guiado pelo próprio Toninho. Hoje, Christian é o enólogo responsável pela Wine Park, e vem fazendo grandes espumantes e vinhos tranquilos com a marca Gran Legado. Na mesma foto também está a primeira mulher a presidir a OIV (Organização Internacional na Uva e do Vinho), a engenheira química e enóloga argentina Claudia Quini. É a primeira vez que um latinoamericano preside a Organização, mas em mais uma dessas combinações do destino, Toninho também foi o primeiro latinoamericano a ser Vice-presidente da União Internacional dos Enólogos, no começo deste século.
Foram conferidas 148 medalhas, pois as regras internacionais estipuladas pela OIV permitem que apenas 30% das amostras sejam premiadas. Apenas dois países obtiveram a Grande Medalha de Ouro, atribuída a vinhos com mais de 93 pontos dos jurados: Estados Unidos (vinho tinto) e República Eslováquia (Tokaj - vinho doce natural).
Em comunicado oficial, a presidente da OIV decarou: "Tenho acompanhado a evolução dos vinhos do Brasil, hoje reconhecidos no mundo inteiro. Sinto-me muito feliz em poder iniciar minha trajetória como presidente da OIV aqui”, pois esse foi seu primeiro evento oficial desde a posse.

Pensando em versos...

Estes tempos são, para mim, de ações e emoções um tanto erráticas.
Precisarei explicar por aqui assim que possível, mas tenho encontrado eco em poesias que se materializam à minha frente como menestréis que chegam sem aviso.
Permitam-me pois, publicar mais uma...


SETE ESTUDOS PARA A MÃO ESQUERDA (III) 
[Paulo Henriques Britto]

Sou uma história, a voz que a conta, e o imenso
desejo de contar outra diversa,
que porém não deixasse de ser essa.

Palavra que não digo e que não penso
e no entanto escrevo — eu sou você?
(Mas não era isso o que eu ia dizer,

e sim uma outra coisa, obscura e bela,
que sei, com uma certeza visceral,
ser a verdade última e total —
e só por isso já não creio nela,

pois a certeza, tal como a memória,
é por si só demonstração sobeja
da falsidade do que quer que seja —)
Mas isso já seria uma outra história.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Concurso Internacional

Quem é meu leitor sabe que raramente reproduzo textos dos releases que recebo, mas aqui e ali é necessário abrir uma exceção. É o caso da comunicação sobre o VI Concurso Internacional de Vinhos do Brasil, que acontecerá entre 3a e 5a feira desta semana em Bento Gonçalves. Já fui jurada em uma das edições e sei como é bacana, bem organizado e idôneo esse concurso. Reproduzo abaixo uma parte da mensagem da assessoria:



Mais amostras, mais países

A maior edição da história credencia o concurso como uma importante vitrine internacional de vinhos. Evento acontece na próxima semana em Bento Gonçalves

A Associação Brasileira de Enologia (ABE) já comemora a superação do 6º Concurso Internacional de Vinhos do Brasil. Como a maior edição da história, o evento alcança a inscrição de 547 amostras, um recorde que ultrapassa em 20% o número obtido em 2010.  A procedência é dividida entre 17 países, dois a mais que na edição anterior, sendo eles: África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Bolívia, Brasil, Chile, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Itália, México, Portugal, República Eslováquia e Uruguai. O evento acontece em Bento Gonçalves de 3 a 6 de julho, no Dall’Onder Grande Hotel.

Para o presidente da ABE, enólogo Christian Bernardi, o resultado deve ser comemorado. “Não é fácil atrair a atenção de regiões produtoras do mundo inteiro. No entanto, o Brasil é a bola da vez e o nosso mercado vem sendo disputado por vinhos de diferentes procedências. Crescemos na representação brasileira e também internacional, o que comprova que o nosso concurso se consolida como um importante evento de promoção da bebida”, destaca.

A degustação dos vinhos e espumantes inscritos será feita por um júri formado por 48 especialistas de 11 países, no período de 3 a 5 de julho. Muito prestigiado, o concurso conta com a participação da presidente da Organização Internacional da Uva e do Vinho (O.I.V.), Claudia Quini, da Argentina. Esta é a primeira vez que a entidade é presidida por um latino-americano e também a primeira vez que uma mulher assume o cargo.

fonte: Conceito Comunicação

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Comendo por aí (Itália)

Por falta de tempo de fazer as postagens de cada lugar maravilhoso que conheci enquanto estive no norte da Itália (e para contentar meus amigos chefs de cozinha também), resolvi selecionar algumas fotos das refeições que fiz por lá.
Começo pela cidade de Alba, onde fiquei quase metade do tempo.
 Acima o bacalhau mantecato e abaixo o ovo com aspargos frescos, típico da primavera. Quando chega o outono (e com ele o tartufo) os aspargos se vão e o ovo ganha as preciosas lâminas de tartufo.
Ambas as entradas são do restaurante Trattoria Dell'Arco.
 Abaixo o talharine a bolonhesa do Vino Café. O talharine no Piemonte é mais amarelo e um pouco mais cozido do que no restante da Italia. Sobre o molho, nem vou comentar...
 Almoço rápido em uma 'tavola freda', restaurante que serve apenas pratos frios. Escolhi essa salada abaixo, de folhas, frios e mussarela de búfala.
 Entrada muito, mas MUITO boa na Osteria dei Sognatori, com aliche e salsa verde. Nada em excesso, nem sal, nem pimenta, nem salsa. Uma perfeição.
 Sobremesa no Enoclub, uma torta de avelãs com creme zabaione, acompanhada de uma taça de Barolo. Como dizia um editor amigo: "esforço de reportagem".
 No último dia por lá, me lembrei de não ter tomado nenhum sorvete na terra do pistache e da gianduia. Consequência? Fechei a mala mais cedo, larguei tudo na portaria do hotel e fui até uma sorveteria próxima, reparar o erro, como vocês podem ver abaixo.
Chegando na região do Veneto, tudo muda e entram em cena os peixes, o frutos do mar e os legumes acompanhando massas mais leves. Abaixo uma entrada de cortesia, servida numa Loccanda em Valdobbiadene.
 Durante o festival Vino in Villa, que celebra os espumantes Prosecco, tivemos um jantar preparado por um chef trazido especialmente da Dinamarca. Seus pratos eram únicos em beleza e sabor. Abaixo uma entrada com camarões, ervas do campo (pensem num país que passa meses sob a neve rigorosa, quando as primeiras folhinhas verdes despontam eles já as aproveitam), pepino e pão preto.
 Abaixo, o prato principal do Bistrot de Venise, um restaurante e enoteca super elegante, na beira de um canal em Veneza. Detalhes do prato, o creme de açafrão sob o peixe e o mousse salgado de uvas e alho.

 Na ilha de Mazzorbo, no restaurante Venissa, uma entrada de frutos do mar com salsa de tomates e ervas e uma massa caseira com creme de favas e camarões. Mas reparem nos pães atrás, eu poderia ter comido apenas isso com vinho, de tão bons que eram.
 Já nos últimos dois dias de viagem um café da manhã na estação de trem em Milão, abaixo
E o começo de uma refeição memorável na cantina Il Carpaccio, poucas horas antes de ir para o aeroporto, com salada de pão, tomate cereja, pepino manjericão e azeite, além de frios, melão e uma boa garrafa de Barbaresco!

 Para quem está me invejando e pensando coisas terríveis sobre mim (risos!) devo dizer que o castigo veio em gramas e minhas roupas estão todas apertadas.
Mas encontrei a solução no jardim da vinícola Albino Rocca: uma dieta à base de cerejas frescas. E como elas não estão disponíveis no inverno aqui, vou ter que fechar a boca até o verão chegar...
Boa semana, bom apetite e bons brindes!

Paella Relâmpago...

...para quem está em Curitiba.
PESSOAL, vou deixar a postagem na página, mas recebi o aviso do chef que já não existe mais lugar!
Lotação completa, que bom!

Pelas mãos do chef Rodrigo Santiago. É só reservar e ir, o melhor é que você pode levar sua própria bebida sem pagar nada!
Detalhe, o belo cartaz acima também é criação do chef.
Eu sugiro, para acompanhar, um Vinho Verde, um tinto da uva Tempranillo e até mesmo um espumante rosé.
Bom apetite e bons brindes!

domingo, 1 de julho de 2012

Bem Vindo JULHO!


Foi n'uma Tarde de JulhoFoi n'uma tarde de Julho. 
Conversávamos a mêdo, 
- Receios de trahir 
Um tristissimo segrêdo. 

Sim, duvidávamos ambos: 
Elle não sabia bem 
Que o amava loucamente 
Como nunca amei ninguem. 
E eu não acreditava 
Que era por mim que o seu olhar 
De lagrimas se toldava... 

Mas, a duvida perdeu-se; 
Fallou alto o coração! 
- E as nossas taças 
Foram erguidas 
Com infinita perturbação! 

Os nossos braços 
Formaram laços. 

E, aos beijos, ébrios, tombámos; 
- Cheios d'amôr e de vinho! 

(Uma suplica soáva:) 

«Agora... morre commigo, 
Meu amôr, meu amôr... devagarinho!...» 

António Botto, in 'Canções' -  Poeta português (1897 - 1959)