Entre os mais de 400 expositores, 10% deles são vinícolas brasileiras.
Há muitos lançamentos e muitas novidades, não apenas entre os brasileiros, mas também entre os estrangeiros que já tem mercado cativo e entre aqueles que vem ao país para procurar um novo mercado.
Espera-se que seja um ano mais tranquilo pois, com a sombra da salvaguarda afastada no começo deste ano - através de um acordo entre todas as partes envolvidas, os produtores, importadores e comerciantes de vinhos podem tentar fazer o que precisam: conquistar clientes com qualidade e preços atraentes.
Em época de crise mundial e de inflação verdadeira (não a declarada por nosso governo) andando em pista de corrida olímpica, o que resta fazer é mesmo conquistar novos mercados e novos clientes. Trilhar novos caminhos.
Vou para a feira sempre com um pouco de frio na barriga, buscando descobrir o que há de novo entre os produtores brasileiros e encontrar amigos queridos.
Fico chateada, no entanto, pelo fato de que um dos efeitos da crise/salvaguarda, seja a menor participação das vinícolas no evento. Conversei com várias delas que não estarão presentes e me disseram que o custo para participar do evento é muito alto e o retorno para as vinícolas pequenas que seguem com problemas graves de distribuição não compensa o dinheiro dispendido.
Elas sentem sim, falta de estar nesse centro de divulgação que é a feira, mas precisam fazer outros investimentos mais importantes para a qualidade da produção e na infraestrutura de suas cantinas.
Cada um escolhe o caminho que quer trilhar, é óbvio, mas para mim que estou fisicamente afastada das zonas de produção do país, o fato deles estarem presentes em São Paulo facilita muito a minha vida e sentirei falta dos que não estão aqui.
Hoje (quarta-feira) a visitação é apenas para profissionais da área, mas quinta e sexta-feira o espaço abre também para consumidores finais. E aí está outro entrave que as vinícolas reclamam (e com razão) a feira deveria focar nos profissionais da área, abrindo de manhã (como fazem todas as grandes feiras do gênero no mundo) e fechando no meio da tarde, permitindo que sommeliers, maitres, donos de restaurantes, bares e lojas façam a visitação em horários alternativos aos seus de trabalho.
De mimha parte acho que deveria ser proibida a entrada de consumidores finais ou aberta somente um dia, especificamente para os consumidores, dando a possibilidade de que eles comprassem todos os produtos que as vinícolas quisessem vender. Também acho que o espaço deveria congregar as diferentes áreas participantes e promover um congresso ou forum de discussões para apresentação de trabalhos.
Mas enfim, sei que a feira é feita por uma empresa e que tem fins lucrativos, por isso algumas mudanças são difíceis, mas não impossíveis. Quem sabe assim exista até um barateamento de custos que permita que mais produtores participem do evento.
Quem quiser mais informações sobre a feira, acesso etc, é só acessar: www.expovinis.com.br