Colheita 2016

Colheita 2016
Seja bem-vindo! E que nunca nos falte o pão, o vinho e a saúde e alegria para compartilhar!

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Os Amigos em Vinho!

Gente que faz vinho é assim, adora compartilhar!
Na semana passada enviei um cartão de Boas Festas ao enólogo português da Miolo, Miguel Ângelo, e em resposta fiquei sabendo que ele estava em sua terra natal, acompanhado da namorada brasileira, a também enóloga Bruna Cristófoli.
Como jornalista aprendi que não existe pergunta inconveniente e sim resposta! Então, pedi se ele poderia me mandar uma foto dos dois lá, bebendo vinhos portugueses e hoje recebi a imagem abaixo com a mensagem:
"Esta foto foi tirada no jantar do dia de Natal, 2010, em pleno coração duriense, no restaurante Castas e Pratos, na cidade do Peso da Régua. Os vinhos degustados nessa noite foram obviamente todos portugueses e durienses, um Três Bagos Sauvignon Blanc 2009 da Lavradores de Feitoria, o tinto da foto Tom de Baton 2008 da Terroir d'Origem e um LBV de 2005 da Quinta do Portal.
 Faustoso jantar este. Grande abraço, Miguel Ângelo"


Miguel, para quem não sabe, tem sob sua responsabilidade a parte da Miolo que era conhecida como 'Fortaleza do Seival' e atualmente é chamada de "Seival Estate", lá em Candiota, perto de Bagé, onde o tempo está até mais seco do que os vitivinicultores gostam. É um jovem talentoso e simpático, que ao que tudo indica não se arrependeu de deixar sua Portugal natal para fazer carreira no Brasil.
Já Bruna, que eu infelizmente ainda não conheço pessoalmente, é a enóloga da vinícola de sua família, Cristófoli, sobre a qual já falei aqui. Ela faz um delicioso Sangiovese (que quem me conhece sabe que é minha uva tinta preferida) e sua família tem um desses pequenos e atrativos restaurantes na antiga casa em Faria Lemos, distrito de Bento Gonçalves. Que belo casal, não? Que tenham muitas boas safras juntos!

E como esta é a última postagem do ano, vou falar do último vinho que degustei, que não deixa de ser uma coincidência, uma vez que é da Miolo.
Abri uma garrafa que estava guardada com bastante carinho, do Miolo Lote 43 da safra 2004 e tive uma excelente surpresa.
O vinho foi decantado por trinta minutos e foi servido à temperatura de 20 graus, em uma noite quente desta semana.
Estava delicioso! Muito escuro e profundo, não apresentava nenhum grau de evolução de cor para o granada, preservando seu rubi original.
Aromas bastante poderosos, com a madeira mais aparente a princípio que depois evoluiu para uma combinação de frutas negras, cacau e um fundo de especiairias.
Na boca tinha enorme frescor, mesmo aproximando-se dos 7 anos de vida, com taninos ainda muito vivos e ligeira adstringência. Corpo médio e longa persistência completam um vinho que evoluiu muito bem na garrafa.
Eu havia provado esse vinho no final de 2008 e ele não estava tão agradável como desta vez.
Bela forma de encerrar as degustações do ano.
Hoje beberei ao lado de minha família para celebrar o ano que finda e o que se anuncia.

Desejo à todos que 2011 seja, obviamente, cheio de bons goles de sabedoria, de saúde, de virtudes, de sucesso profissional, de humildade, de compaixão e de muita PAZ!
Além, é claro de MUITOS bons goles de vinhos - principalmente brasileiros!
FELIZ ANO NOVO!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

CAT - Bento Gonçalves (RS)

O evento BENTO EM VINDIMA só começa no próximo dia 31 de dezembro, mas o novo Centro de Atendimento ao Turista (foto abaixo),  já foi inaugurado na semana passada.


A secretária de Turismo da cidade, Ivane Fávero, contou que somente nos dias 25 e 26 de dezembro foram atendidas 800 pessoas no novo centro, localizado bem na entrada da cidade, logo depois da passagem pelo Pipa Pórtico.
Com o clima deste final de ano bom para as vinhas, a economia mais estável no país e o Carnaval que acontecerá somente no começo de março de 2011, o verão deverá ser muito movimentado na Serra Gaúcha, com uma excelente vindima e muitos eventos.
A programação inclui não só a cidade de Bento e seus os distritos (como Faria Lemos, Tuiuty e Pinto Bandeira), mas também outras importantes cidades da região, como Garibaldi, Farroupilha e Flores da Cunha.
Bom para os comerciantes, bom para os turistas e, como não poderia deixar de ser, com muitos bons goles para nós, enófilos!

Serviço: O Centro de Atendimento ao turista abre diariamente, inclusive finais de semana e feriados. De segunda-feira à sábado das 8 às 17h30 e domingos e feriados das 9 às 17h. O telefone é (54) 3453-2555.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Uma mensagem...

"Disobedience is needed to become obedient. Rebellion is needed to know what surrender is. Ego is needed to become egoless. Every saint has a past and every sinner has a future. Remember it, and never be afraid of the forbidden. The forbidden is the path. Go into it! 
Go courageously. Go totally — so that you can finish the attraction. And you are not going to find anything in it. You will come empty out of it — that will be a great experience, a great maturity. Sin can never be fulfilling, so why be afraid?"
OSHO

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Linda mensagem que chegou do Chile!

Recebi em resposta a um cartão de Boas Festas que enviei para o casal Andrés e Daniella Gillmore, a seguinte mensagem, que compartilho aqui com vocês pois tem palavras que eu não conseguiria dizer melhor:

Silvia 
Muchas gracias por tu cariñoso saludo
Una de las cosas más importantes  del vino  no radica en el mismo,  sino mas bien en la mágica acción de juntar almas,  que de no ser por elvino, jamás podrían encontrarse ¡!!
Muchas cosas buenas para ti y la familia
Un abrazo
Andres, Daniella, Matias y Domingas

Abaixo está a foto da sala de jantar dos Gillmore, onde fui recebida para uma degustação acompanhada de um delicioso jantar caseiro. Crianças, animais, música italiana e um clima de 'casa da gente' é o que essa querida família oferece - isso sem contar os excelentes vinhos tintos, raros, elegantes, singulares.


Junto com a mensagem de Andrés fica a minha, para que o vinho continue unindo, alegrando, alimentando e aproximando pessoas de bem!
Votos de noites de PAZ e fecilidade, cheias de bons brindes!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Os Vinhos da Posse de Dilma serão brasileiros!

Esqueçam o chapéu de palha, continuação natural de todo homem que vive e sobrevive do que o campo produz, e olhem os três homens na foto ao lado.
O enólogo João Valduga, seu irmão Juarez e seu sobrinho (e também enólogo) EduardoValduga, ao lado de uma equipe super afinada que conta com o enólogo Daniel dalla Valle e a enóloga e diretora de marketing Juciane Casagrande (na última foto abaixo), vão passar um Natal e um Ano Novo ainda mais feliz!
Serão os vinhos da Casa Valduga que irão acompanhar a posse da presidente Dilma Roussef, em uma recepção para 2 mil pessoas no Palácio do Planalto em Brasília, no dia 1o de janeiro de 2011.
Na foto ao lado o enólogo Daniel e João Valduga selecionam grãos de uvas brancas no começo deste ano na cantina da vinícola no Vale dos Vinhedos.
Para que os vinhos conseguissem chegar ao Palácio do Planalto, a Valduga venceu uma licitação que, entre outros pormenores, demandava que os vinhos tintos tivessem maturação em carvalho, que os espumantes fosse feitos pelo método tradicional e que a vinícola tivesse premiações internacionais.
O caminho deve ter sido longo, acredito, mas a recompensa é saber que ao menos na posse da Presidente da República o Brasil será tratado como um país que produz vinhos sérios.

Talvez assim nossas empresas aéreas se inspirem e passem a valorizar a indústria nacional, coisa que hoje não acontece.
Alguns dos vinhos que estarão na festa dia primeiro são: Chardonnay Gran Reserva, espumante Brut Premium e tinto Storia.
Em novembro deste ano, quando estive em Garibaldi para a apresentação do Consórcio dos Espumantes de lá, troquei algumas palavras com o deputado Adão Villaverde (que é do PT) e perguntei se a recém-eleita presidente bebia vinho. Ele disse que sim e que ela respeitava muito a indústria nacional.
Ao que tudo indica, ele estava certo.
Parabéns à Casa Valduga e, principalmente, ao vinho brasileiro que finalmente ocupa um lugar onde - sem nenhuma espécie de preconceito meu - ele sempre deveria estar, nas cerimônias oficiais do país!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Fazendo "Vinho" !

Imagino que um pouco de loucura seja aceitável nesta época do ano (e...bem...agora já é tarde demais para voltar atrás).
Tudo começou com uma receita de salada de agrião com endívia que escolhi para fazer na noite de Natal, na casa de minha amiga que nos receberá. A foto da receita está aqui e foi copiada do site da revista americana Food and Wine.

Não seria nada além de uma salada interessante (além do agrião e da endívia leva amêndoas em lascas e uvas frescas sem sementes). Mas o vinagrete que é usado como tempero leva 'verjus'. Sabe o que é?
Verjus é uma palavra que deriva do francês 'vert jus', ou seja: suco verde.
É um tempero criado na época medieval na Europa, quando o vinho era caro e o vinagre também. O verjus é o suco de uvas verdes, não muito doces, utilizado no lugar do limão e do vinagre para dar um pouco de acidez e frutado às saladas, em alguns cozidos e frutos do mar.
Claro que eu poderia simplesmente comprar uma garrafa de suco integral de uvas brancas. Mas não seria a mesma coisa. O verjus não é muito doce e o suco de uva é pasteurizado para poder ser engarrafado (isso significa que foi ligeiramente cozido). Então, suco de uva engarrafado estava fora de cogitação.
Encarreguei meus pais (os responsáveis pelas compras de feira da família) de encontrarem uvas brancas (de mesa, pois seria impossível achar uvas finas) firmes, não super doces, para que eu pudesse fazer o suco em casa.
Nada de anormal até aqui certo? Bem, as uvas chegaram lindas, perfumadas e eu decidi que valia a pena tentar deixá-las fermentar um pouco.
Hummmm...
Tive que pedir ajuda 'aos universitários', pois uma coisa é saber na teoria como se faz vinho. 
E na prática, bem, a teoria não é outra, mas como saber se está tudo certo?
Falei com minha amiga Gabriela, enóloga gaúcha (também casada com um enólogo que é responsável por fazer vinhos, espumantes e suco de uva) e eles - talvez porque gostem de mim - não riram de minha loucura, ao contrário, me deram as dicas de como colocar essas uvas para fermentar naturalmente, em casa, para provar um vinho doce jovem (ai! que pretensão!).
Então, aqui estão as fotos das uvas na panela de aço inoxidável, selecionadas grão a grão e desengarçadas manualmente. E na sequência as uvas sendo esmagadas com as mãos (desculpem, não tive coragem de colocar os pés na panela).
Isso é tudo o que tenho que fazer hoje. Cobrir com um pano limpo e deixar em temperatura ambiente até 'a natureza começar a agir'.
Amanhã tem mais...
 


sábado, 18 de dezembro de 2010

Espumantes Brasileiros!

A caixa de vinhos que comprei no RS (via internet) chegou ontem, mas somente hoje tive tempo de fotografar algumas das garrafas para mostrá-las aqui.
Não fotografei os vinhos tintos pois não acredito que neste calor e umidade de final de ano seja a hora adequada de mostrá-los.
Também não aparecem na primeira foto (abaixo) os vinhos que comprei em SP e que são fáceis de encontrar até mesmo em supermercados (marcas importantes como Salton, Miolo, Chandon, etc).
O que quero dizer é que, à exceção de um dos vinhos brancos da foto, nenhuma garrafa custou mais do que R$ 35,00 (já somado nesse valor a divisão do preço do frete).


Nas duas pontas estão os únicos que eu não conheço e comprei para provar, são o Extra Brut da Peruzzo de Bagé e o Chardonnay Antonio Dias da região do alto rio Uruguai. Ao lado do Peruzzo está o único Prosecco do grupo, o Alto Vale da Domno.
Uma das coisas que achei difícil, no site através do qual eu comprei os vinhos e também nos supermercados onde garimpei alguns outros, foi achar vinhos brancos. Eles são raros e quase nunca fogem da uva Chardonnay.
O estado de Santa Catarina, felizmente, tem se mostrado capaz de produzir Sauvignon Blancs interessantes e também Chardonnays mais longevos (comprei em uma loja de Shopping uma garrafa do Chardonnay da Villaggio Grando, que pretendo provar somente no meio do ano que vem). Fora isso temos poucas opções. 
No grupo acima está o Décima Viognier, da Piagentinni, uma das poucas exceções à regra.


Na foto acima estão os espumantes feitos pelo método tradicional (ou Champenoise), no qual a segunda fermentação ocorre na garrafa e o processo todo é mais longo. Infelizmente para nosso bolso, o processo mais longo acaba nos custando mais caro, então nessa imagem nem todos os espumantes estão na faixa dos R$ 35,00.
Da esquerda para a direita temos o Brut Fabian (de Flores da Cunha), o já mencionado Extra Brut Peruzzo (de Bagé), Brut 130 Casa Valduga (do Vale dos Vinhedos), Brut Gran Legado (do Vale dos Vinhedos), Brut Casa Pedrucci (de Garibaldi), LHZanini (do Vale dos Vinhedos) e o Brut Valmarino (de Pinto Bandeira).
Claro que esta postagem não pretende reunir os mais importantes espumantes brasileiros, senão faltariam garrafas e garrafas, muito menos abranger todos os estilos - pois daí nossos importantes moscatéis teriam que entrar também.
Essas são algumas das garrafas com as quais eu terei o prazer de desfrutar o final de 2010 e o verão de 2011, sem nunca deixar de buscar novidades, é claro.



Por fim, na foto acima estão alguns dos espumantes feitos no método Charmat, onde a segunda fermentação ocorre em tanques de aço inoxidável capazes de suportar a pressão formada. Esses espumantes são, em sua maioria, mais frutados e leves e muitas vezes custam menos também.
Da esquerda para a direita estão o Brut Do Lugar (de Faria Lemos), o Fausto Brut Pizzato (do Vale dos Vinhedos), o Aurora Brut Pinot Noir (de Bento Gonçalves), o Brut Chardonnay (de Garibaldi) e o Brut Rosé Adolfo Lona (de Garibaldi).
Outra dificuldade encontrada foi para comprar vinhos de Santa Catarina. Vou ressaltar o fato de que não há nenhum deles aí. E vejam que os espumantes da Pericó e da Santo Emílio estão entre os excelentes nomes do mercado - se vocês os encontrar, claro.
Bem, ficam algumas sugestões que não vão fazer feio na mesa festiva de ninguém e muito menos no bolso.
BONS GOLES!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Vinho e Saúde no Globo Repórter




Nesta sexta-feira (17), você vai descobrir que uma taça de vinho por dia evita doenças cardíacas. E cientistas garantem que a bebida previne diabetes e pressão alta.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Champagnes no século XXI

A leitura sempre foi uma de minhas paixões. Devo isso aos meus pais que, durante anos de minha infância, desligavam a tv na 'hora da novela' e liam livros, revistas e jornais.
Claro que isso era no tempo em que cada casa de classe média tinha apenas um aparelho de tv, daqueles que a gente tinha que levantar do sofá para trocar os canais ou acertar a antena.
Eu adorava (e adoro) televisão, mas sabia que aquele horário era para outras coisas e assim o hábito (e o gosto) pela leitura se acomodou em mim como uma segunda pele.
Vou fazer um aparte: estão refilmando o seriado Hawai 5-0 e cada vez que ouço a música da apresentação (que incrivelmente não foi modificada por ser excelente até hoje), sou diretamente transportada para os anos 1970, quando eu - que dormia num quarto ao lado da sala na casa de meus avós - tinha que ir dormir bem no horário que o seriado começava e vivia querendo assistir. É uma memória infantil e deliciosa.
Sempre gostei de histórias (e estórias). Uma boa ficção bem contada me diverte muito mais do que uma bibliografia apimentada. Mas sei que é questão de gosto. E para os que apreciam ler livros relacionados ao mundo dos vinhos, creio que alguns títulos são essenciais.
Selecionei dois livros relacionados com o mundo do Champagne simplesmente por esta ser uma época na qual falamos (e bebemos) mais sobre os deliciosos espumantes e também por que as grandes Maisons de Champagne estão atentas às novidades do mundo moderno, para não perderem seus apreciadores.
Dos mesmos autores de 'Vinho e Guerra' este 'Champanhe - Como o mais sofisticado vinho venceu a guerra e os tempos difíceis', é uma ótima opção de presente.
Para ler no campo, na praia, na fazenda e bem acompanhado de uma garrafa de espumante, claro, pois vai dar água na boca.
Se o orçamento permitir e alguém na Franca puder comprar para você (ou você mesmo se para lá for, óbvio), vejam o que a Maison Taittinger preparou: uma garrafa em edição limitada, criada pelo artista Amadou Sow. Ele ilustrou a garrafa do Vintage 2002 - Taittinger Brut Millésimé, que é produzido somente em anos especiais, com as uvas Chardonnay e Pinot Noir, selecionadas em microterroirs da região de Champagne. Desde 1985 a Maison escolhe artistas renomados para ilustrarem a garrafa de sua edição mais especial, fazendo com que mesmo vazias, as garrafas ainda sejam uma peça de colecionador.
Outra história deliciosa para os apreciadores de Champagne é a da Viúva Clicquot, que assumiu - depois de uma longa batalha com seu sogro - os negócios do marido e entrou para a história do vinho no mundo como uma das mais importantes mulheres - além de ser a responsável por uma das grandes revoluções no método de produção do Champagne. Mas para saber dos detalhes você vai ter que ler o livro....
Se quiser acompanhar essa leitura com uma garrafa do borbulhante produto que leva o nome da senhorinha francesa, seus Champagnes são facilmente encontrados no Brasil, até mesmo em supermercados. Eu vi na semana passada três embalagens bem bacanas deles: uma delas era uma bolsa que muita mulher enófila adoraria mas teria vergonha de usar, uma capa em rosa e laranja que resfria a garrafa e é fashion para caramba e uma mini-geladeira, também laranja ou rosa, com um estilo entre 'barzinho de jogador de futebol' e decór vintage, que é bem engraçada.
Claro que é tudo caro (risos), a não ser os livros, que são fáceis de achar e não pesam no bolso. O único problema é que são uma leitura que dá vontade de beber.
Presentes legais para enófilos e seus amigos endinheirados!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

"Viatura Borbulhante" em Porto Alegre

Uma estratégia de marketing promocional ativo, adotada por variados segmentos de produtos como higiene pessoal e alimentação, chegou ao mundo do vinho através do Ibravin.
Entre os dias 8 e 12 de dezembro um veículo com uma imensa rolha de espumante na cobertura e um grupo animado (e bem informado) de atendentes, visitou bares e restaurantes da capital gaúcha oferecendo espumantes brut e moscatel. Eles também aproveitavam a ocasião para informar sobre uma feira de vinhos e sucos que acontecerá na cidade entre 15 e 19 de dezembro.
Embora eu entenda que muita gente vai dizer que não se distribui bebida alcoólica de graça na rua, ainda assim acho a iniciativa genial e - quando bem executada - uma forma excelente de levar ao consumidor um produto que ele, infelizmente, aprecia mas ainda conhece pouco.
Os espumantes são o tipo de vinho que melhor combina com o clima brasileiro e com nossa variada culinária. Além disso, a indústria nacional atingiu um patamar de qualidade que vem rendendo inúmeras premiações nacionais e internacionais e - o mais importante - vem conquistando consumidores que tem comprado mais espumantes nacionais com o passar dos anos.
Os números preliminares do Ibravin confirmam que o crescimento de vendas neste ano já deve estar em torno de 12,5% em relação ao (bom) ano passado. O volume deve chegar a 13 milhões de litros de espumantes comercializados no ano de 2010 - em 2009 foram 11,2 milhões de litros.
Quando me perguntam quais 'champagnes' comprar, eu sempre digo que se não for Champagne mesmo (da França, da região de mesmo nome, para quem ainda não sabe disso), deve-se provar os inúmeros muito bons (e alguns excelentes) espumantes nacionais.
Ainda nesta semana (se a caixa que eu encomendei no sul chegar) vou fazer algumas imagens e colocar algumas dicas de rótulos para auxiliar aqueles que ainda não fizeram suas compras para as festas.
Por favor, não bebam mal. Evitem a todo custo aqueles 'lambruscos' genéricos e 'prosequinhos' de uma Itália duvidosa, com gás injetado como refrigerantes, que gente séria só bebe para não perder o amigo. Pelo mesmo preço (ou até menos) provem bebidas de verdade, feitas por gente que sabe o que está fazendo. Não é por que borbulha e está em uma garrafa de formato correto que é coisa boa.
E por fim, se for para beber mal, não bebam. O nosso corpo não precisa disso. Tomem água com gás, tomem sucos naturais, tomem chá gelado, mas não bebam porcaria - isso acaba com a festa de todo mundo.
Parabéns ao Ibravin pela ação divertida e informativa!
Bons goles!

P.S.: Só para não me chamarem de preconceituosa, tenho que deixar claro que existem sim bons espumantes da uva prosecco (não só da Itália como do Brasil) e também alguns (esses são poucos) espumantes da uva lambrusco, mas eles não custam 12, 15 reais. Entre os bons proseccos importados, os preços para produtos sérios começam em 30 reais. E nessa faixa de preço (mesmo abaixo dela) dá para beber muito bem os produtos nacionais.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Doce Natal!

Tenho recebido de variadas assessorias de imprensa as novidades para o Natal das doçarias e chocolaterias da cidade de SP.
Reproduzo abaixo a foto de uma mesa da doçaria Cristallo (onde eu adoro tomar um café espresso com um mini-doce), com algumas da opções que eles têm para as festas.
Eu, que praticamente não sei fazer doces, aprecio a ideia de comprar pronto coisas bonitas e gostosas e a qualidade dos produtos da Cristallo é sempre boa, no mínimo e ótima muitas vezes.



Também recebi as opções de presentes da Cacau Show, uma das melhores opções na relação preço x qualidade que eu conheço e que tem aqueles presentinhos que a gente sempre precisa ter no armário, seja para aquela visita inesperada ou mesmo como um mimo para a gente mesmo.


Algumas das opções incluem um pote de vidro com mini trufas, uma caixa de chocolates em formatos divertidos para o Natal e cartões de Boas Festas com um chocolate na frente (simpáticos e comestíveis).
Vocês devem ter reparado que não falei de panetones. Isso porque nesse assunto eu sou 'clássica'!
Panetone para mim é de frutas cristalizadas e uvas passas. Nenhuma outra invenção cabe em minha mesa de Natal, pois para mim são massa recheada.
Mas, como dizem os espanhóis: 'entre gustos no hay desgustos'.
Bom apetite!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Um intervalo das compras, das celebrações, das finalizações. Para o que realmente importa!

Bom final de semana, com paz, saúde e harmonia!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Life is a Cabaret!



Um evento com o charme e o bom gosto da proprietária Lis Cereja, que faz das ocasiões do vinho sempre momentos especiais! Desejos de sucesso, como o das noites flamencas!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Chandon e Moët

Meu marido, quando estamos muito tranquilos em nossa casa, numa noite despreocupada onde a principal atividade é fazer carinho na gata e filosofar sobre o nada, costuma dizer de uma forma muito doce: "A vida não precisa ficar muito melhor do que isso, não é?"
Eu sorrio, concordo e peço para que ele me sirva mais uma taça de espumante. O quê? Vocês acharam que nessa cena não tinha vinho? Claro que tinha!
O aconchego de seu lar, a companhia de quem você ama, um bicho de estimação que não questiona seus defeitos e um espumante gelado são - à exceção de uma paisagem fria de montanha que eu adoraria que estivesse na minha janela - uma situação que muito se aproxima da perfeição.
Para mim, é claro! Qual é a sua? Pode contar...
Eu adoraria ser uma pessoa que realiza os desejos dos outros, mas como não posso comprar casas na praia, na montanha ou nos campos para ninguém, muito menos virar uma casamenteira, vou me limitar a indicar alguns espumantes para celebrar os bons momentos.

 Se você 'está podendo' e tem alguém muito especial para agradar, visite o site: www.ateliermoet.com.br e encomende a sua garrafa de Champagne Moët & Chandon Imperial personalizada com cristais Swarovski. A mais barata sai por R$ 300,00. A da foto ao lado é mais cara, pois a garrafa é de 1,5litros.
Se vale? Ora, claro que sim! É um luxo, verdade seja dita, mas um luxo de qualidade, não feito roupa de estilista famoso para cachorro.
Mas se o orçamento não está assim tão polpudo e você quer brindar bem e com estilo, pode comprar por um pouco menos de R$ 100,00 a recém-lançada Chandon Excellence Rosé, feita aqui mesmo no Brasil, em Garibaldi, com todo expertise do enólogo francês Phillipe Mevél, que veio da matriz da Maison Moët & Chandon para o Brasil há anos e nunca mais foi embora.
O novo espumante é uma combinação das uvas Pinot Noir e Chardonnay, elaborado pelo método Charmat longo, onde o contato com as leveduras, apesar de acontecer em uma autoclave, é bem maior, dando sutileza e mais profundidade ao espumante.
Por incrível que pareça, desta vez eu conheço o importado e não conheço o nacional, isto é, não conheço esse que acabou de ser lançado, mas se o padrão de qualidade da Chandon Brasil se mantiver - e acredito que tenha sido mantido - o espumante rosé Excellence deve ser tão especial quanto o branco, que eu aprecio muito.
Para quem não sabe, a Chandon Brasil existe desde o começo da década de 1970 e pertence a Moët & Chandon francesa, que por sua vez faz parte do maior conglomerado de empresas de produtos de luxo do mundo, a LVMH, que une potencias de Champagne como Krug, Dom Pérignon, Ruinart e Veuve Clicquot e da moda como Christian Dior, Pucci, Fendi e Kenzo, entre outros.
Se o seu negócio for mesmo luxo, a vida também não fica muito melhor do que isso com alguns nomes como esse ao seu redor!
Bons brindes!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Papai Noel Existe!

Garanto que tem muito marmanjo que vai pensar assim se conseguir por as mãos no (no mínimo) inventivo objeto à venda nos EUA (foto).
Custa US$ 29.95 e é feito de couro, com ajuste para qualquer cinto e um ajuste extra em nylon para dar suporte na perna. Serve para garrafas pequenas e latas e eu me pergunto se não cabe também uma garrafinha de espumante...

Não verifiquei se entregam no Brasil, mas para quem ficou curioso (ou sedento), o link do site que vende é: www.redenvelope.com
Piadas à parte, é excelente para aquelas festas cheias de marmanjos onde eles deixam uma lata e uma garrafa em cada lugar, todas meio cheias, pois não sabem qual é a sua e onde a deixaram.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Dando charme às Ceias

Sei que uma grande parte da pessoas já está começando a pensar no que fazer para as ceias de Natal e Ano Novo.
Claro que os "clássicos" estarão na grande maioria das mesas.
Clássicos vem entre aspas pois muitos dos nossos costumes natalinos, quando se trata de comida, vêm das tradições de países europeus, onde é inverno durante as festas, daí que nossas mesas são muito pouco (ou quase nada) adequadas ao nosso clima e ao horário da celebração.
Pensem bem, comer pernil com farofa, tender com frutas, peru com arroz rico, ensopar tudo isso com bastante vinho tinto, temperar com frutas secas, frescas e nozes e pouco menos de duas horas depois ir dormir, para menos de 12 horas depois começar tudo de novo, é um atentado nada festivo ao corpo.
Mas é só uma vez por ano, certo? Ah! Cada um sabe de sí, já dizia o filósofo infantil.
Mas aqui no blog, ao menos, segue uma dica diferente para incrementar sua mesa de festas, que pode ser simplificada e luxuosa. Uma delas vocês veem acima, é uma massa artesanal que leva vinho Merlot na composição, dando esse colorido tão simpático ao produto. Pode ser servida com uma simples manteiga de sálvia para acompanhar um prato de carne. Outra opção do mesmo pastificio é um agnolotti negro (feito com tinta de lula na massa - foto abaixo), recheado com queijo brie e laranjas glaceadas.

Por fim, na foto abaixo, está a dica de massa para a sobremesa - essa é mesmo muito diferente - uma flor com massa que leva cacau na composição, recheada de chocolate branco e frutas vermelhas. Sugere-se servir com uma leve calda de frutas vermelhas, acompanhada ou não de sorvete.

Todas essas criações são do chef Carlos Pissani, cuja loja fica na Alameda Franca 1413, nos Jardins em São Paulo. www.pissani.com.br
Claro que os preços são mais salgados do que aquelas massas genéricas que se compra em supermercado ou na rotisserie do bairro, mas os diferenciais - principalmente nesta época do ano - é que fazem um presente, uma ceia, uma confraternização tão especiais.
Se você, como eu, já está pensando nesses detalhes, é importante encomendar o quanto antes e até mesmo verificar com os fornecedores com qual antecedência você pode retirar e armazenar, para não se estressar nos últimos momentos.
Boa semana e bom apetite!


sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Traveler Bag e não Driver Bag, ok?

O kit é lindo (apesar de caro - R$ 298,00), e deve ser utilizado somente no destino e não antes de dirigir, viu pessoal?!
Chama-se 'Traveler Bag' e a bolsa de neoprene preta com interior recortado acomoda com segurança e conforto térmico uma garrafa de espumante, duas taças de cristal e uma rolha de metal e silicone, que mantêm o espumante que já foi aberto em condições ideais por até dois dias. O kit vem completo com uma garrafa de espumante brut rosé da África do Sul, feito com a uva típica de lá, a Pinotage.
Esse, especificamente, eu nunca tomei, mas a marca (Beyerskloof) tem renome e muitos bons produtos.


Duvido que um presente como esse não agrade os enófilos por aí. Afinal, a gente sempre viaja carregando garrafas e faz bem pouco tempo que essas bolsas diferenciadas começaram a aparecer no país. Novidade bem vinda e muito simpática.
Quem comercializa é a www.maisondescaves.com.br que também vende o super útil kit com saca-rolhas (é bonito de design, mas não tão bom se as rolhas forem mais longas), o vacuvin (bomba que retira o ar da garrafa para presevar o líquido) acompanhado de duas rolhas de borracha e o bico dosador de acrílico (custa R$ 174,00).




quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Cesta de Natal em versão retrô!

É um presente que custa caro (R$ 470,00), mas é sob medida para aquelas pessoas que a gente pensa que 'tem de tudo'.
Quem comercializa essa cesta/mala é a Via Vini, loja virtual que tem sempre opções interessantes (e nem todas são caras), essa acima, que é bastante especial, chama-se Viena e tem 20 itens charmosos e gostosos. Meu único senão é o espumante, que eu acho que deveria ser nacional e não italiano. O tinto da Tomero argentina costuma ser bem legal, feito pelo enólogo Carlos Pulenta e importado pela Domno, uma das empresas do grupo Valduga.
Os 'comes' da mala são ideais para a noite do dia 25 de dezembro, quando bate aquela fominha mas ninguém tem coragem de ir para a cozinha e muito menos de repetir o repasto do dia e da véspera. Torradinhas com patê, com berinjelas na brasa, com geléia de damasco e framboesa, acompanhadas de uns nacos de queijo grana padano e de um gole de vinho. E tudo que você vai precisar é de uma faca, taças e alguns guardanapos.
Para quem se interessou, o link da Via Vini é www.viavini.com.br e eles entregam em todo o Brasil.

P.S.: Sempre é bom lembrar que essas dicas, quando não especificadas que eu provei ou comprei, chegaram até mim pelas assessorias de imprensa das empresas e que eu não recebo nada para publicá-las. Não estou endossando o produto de ninguém, simplesmente passando adiante as informações que recebi.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Presente para os Gourmets profissionais e amadores!

Brincando com Fogo de Gordon Ramsay, editora BestSeller, custa ao redor de R$ 40,00 em São Paulo.
Esse livro me caiu nas mãos por acaso.
Comecei a lê-lo despretensiosamente, para não ler nada sobre vinhos por alguns dias (afinal todo cérebro precisa de descanso de um mesmo assunto), e não consegui parar até terminar.
Como se diz na gíria do restaurante, Gordon Ramsay é podreira, total mesmo.
Um ego super desenvolvido, ambição que beira o descontrole e um sucesso profissional tremendo.
Então por que ler?
Porque se você se interessa o mínimo por gastronomia e pelo negócio de restaurantes e A&B em geral, essa é uma leitura obrigatória.
Porque ele detalha muitos dos problemas, dos desafios, das falhas e das vitórias que ocorrem quando alguém entra nesse meio.
Porque a linguagem é super acessível (um pouco chula ao estilo que lhe ficou consagrado) e os capítulos são curtos, fazendo com que você possa parar sem problema se o feijão estiver queimando.
Porque o sujeito tem 27 restaurantes, 2 pubs, um hotel e 17 livros publicados, além dos programas de tv que são o que eu acho mais difícil de levar a sério (pois como se sabe, tudo na tv é fabricado antecipadamente).
Então, fica a sugestão de presente que, para agradar ainda mais os gourmets, pode acompanhar alguns utensílios de cozinha, como a espátula para peixe que quase niguém tem - elas são mais largas na ponta para poderem acomodar o pescado sem partí-lo- da Cuisipro, que custa ao redor de R$ 30,00 por aqui (na Doural, que dá para comprar através do site). Amanhã tem mais!


Não se vive só de marca

Recebi hoje uma newsletter dando a notícia de que a Maison de Champagne Piper-Heidsieck está à venda. Não as garrafas, a marca!
Grupos de comercialização de bebidas super poderosos como Diageo e Pernod Ricard, estão nessa dança palaciana que pode alcançar a soma de 450 milhões de euros!
O atual proprietário, Rémy Cointreau (sim, esse mesmo do licor e do cognac) vem amargando 20 anos de perdas com a marca. E com a recessão que vem se assentando sobre a Europa nos últimos ano,s as coisas ficaram ainda mais complicadas para a Maison de Reims.
Mais de 45 trabalhadores foram demitidos neste ano e a Maison não vem conseguindo crescer globalmente há tempos.
A notícia vem do site www.luxist.com
Triste, não é? Ter uma marca poderosa, em um dos terroirs mais valorizados do mundo não é garantia de lucro. Aliás, esse fato só vem reforçar a noção de que os lucros com o mundo dos vinhos (super premium ou não) não são tão altos como se imagina. É preciso continuar trabalhando a marca incessantemente e isso também custa caro.
Abaixo a foto de uma das caves subterrâneas da Maison, que tem uma visitação intensa e até mesmo um carrinho no estilo Disney que atravessa as caves de amadurecimento do Champagne.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Em busca do Espírito das Festas

Amanhã é dezembro e não é demais pensar naquilo que já passou na cabeça de todo mundo com mais de 25 anos ao menos uma vez na vida: cada vez o ano parece passar mais rápido!
Envolvida como estive em uma porção de viagens, compromissos profissionais, doenças em família e mais outros percalços da vida, vi novembro passar como se houvesse uma névoa na minha frente que permitisse somente programar os próximos 20 passos...
Então é dezembro, época de finalizar as coisas, época de pensar em reuniões familiares e de amigos, em compras de presentes, em cardápios de festas, e em um pouco de descanso ao fim de tudo isso.
Mas a minha confissão pública é de que neste ano eu não me sinto muito festiva e sei que esse sentimento tem que ser combatido com figuras natalinas de montão, luzinhas nas janelas, listas de compras e consultas a livros de receitas. Alguma forma de resgatar o espírito festivo do porão das obrigações e frustrações cotidianas.
Então, saí ontem à tarde (deixando de lado por algumas horas um serviço importante) e me 'joguei' em um shopping de SP. Fui ao que é mais perto de minha casa e me arrependi. A decoração de lá, sempre atrativa, este ano está infeliz, desastrosa mesmo.
Por terem conseguido alguma parceria com empresas de vinho (vejam como não existe acaso e onde eu fui parar...) eles estão fazendo uma daquelas promoções de troca de notas fiscais por cupons para concorrer a viagens para Itália, França e Chile e para kits de taças, decanters, essas coisas. Para conseguir preencher UM cupom você tem que gastar um mínimo de 800 reais no shopping. A metade, se for com um cartão de crédito que faz a promoção lá.
Até aí tudo bem, o valor é absurdo mas o shopping está em uma das áreas nobres da cidade. Mas a decoração tem elfos (ou papais-noéis verticalmente prejudicados) segurando cachos de uvas sobre barricas. Que absurdo!
Que mundo é esse que associa uma coisa tão importante no imaginário infantil ao consumo de uma bebida alcoólica?
Antes que chovam críticas, não estou sendo puritana não. Aliás para todos os efeitos nem mesmo católica eu sou. Mas sou totalmente contra qualquer insinuação de bebidas relacionada com o mundo infantil. Eles estão expostos sim, na tv, em suas próprias casas também, mas nada disso deve vir 'casado' com o imaginário do Natal, seja ele ligado ao nascimento de Jesus ou aos presentes de Papai Noel.
O marketing algumas vezes perde o senso...o bom e o mau...e coloca tudo no mesmo saco vermelho.

Mas chega de desabafo!
Comprei algumas revistas com ideias de decoração e refeições (importadas, claro, pois as nacionais fingiram que nada está acontecendo em dezembro) e resolvi fazer um coquetel que há muito não tomava, já no aconchego de minha casa, montando minha árvore super clean.



O Coquetel de Champagne é um dos coquetéis clássicos reconhecidos pela IBA (International Bartenders Association) e, é claro que não fiz o original, pois não usaria Champagne para preparar um coquetel.
Mas eu tinha uma garrafa de um bom espumante brut nacional e fiz o delicioso e requintado coquetel. Segue a receita para quem quiser tentar:
Coquetel de Espumante Brut
Em uma taça flute colocar um cubo de açúcar, algumas gotas de angostura (um bitter feito na ilha de Trinidad e Tobago, vendido em garrafinhas como as de molho inglês), uma casquinha de limão e completar a taça com espumante brut gelado.
Como decidi combater de todas as formas a falta de espírito das festas que se abateu sobre mim, vou me propor um desafio e a partir de amanhã vou colocar aqui no blog ideias de presentes relacionados ao mundo dos vinhos e da gastronomia, como sugestões para meus leitores.
Claro que preciso avisar desde já que muitos deles são sugestões que eu mesma recebo das assessorias de imprensa, então não há como confiar cegamente. Ainda assim, sei que muita gente sente falta de ideias para presentear e de tempo para perambular pelos shoppings em busca de opções e bons preços.
Por enquanto, jingle bells, jingle bells, jingle all the way!!!


sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Dunamis - Nova Vinícola de Dom Pedrito

Estão sendo lançados hoje, em um evento na cidade de Dom Pedrito (RS), quase fronteira com o Uruguai, os dois primeiros vinhos comerciais da 'Dunamis Vinhas e Vinhedos', um projeto iniciado em 2002 pelo agropecuarista José Antonio Peterle.
Eu fui gentilmente convidada para estar nesse evento, mas como tenho que ir estar em Águas de São Pedro amanhã, tive que declinar do convite.
Os vinhedos da empresa estão localizados na própria Dom Pedrito (foto abaixo) e também na serra gaúcha, no município de Cotiporã, somando 25 hectares.

As primeiras vinificações foram feitas na Embrapa com o apoio técnico do enólogo e pesquisador Celito Guerra, que não participa do evento de hoje por estar dando aulas em uma universidade francesa.
Quando os resultados se mostraram promissores, foi chamado mais um nome de peso da indústria nacional para ser o consultor dos vinhos, o chileno Mario Geisse, do qual vocês já ouviram falar muito aqui (ele é dono da Vinícola Geisse em Pinto Bandeira e sócio e Diretor Técnico da vinícola Casa Silva no Chile).
Ainda não provei os vinhos, então só posso registrar quais eles são: o tinto chama-se Cor e é um corte das uvas Merlot e Cabernet Franc da safra 2008 e o branco chama-se Ser e é um corte das uvas Sauvignon Blanc e Chardonnay da safra 2010 (as fotos das garrafas estão abaixo).
Fico sempre feliz ao saber que mais uma empresa está interessada em produzir vinhos que obedeçam aos modernos padrões de qualidade que, na última década, foram capazes de iniciar o longo processo de colocar o Brasil entre os produtores respeitados do mundo.
Seja bem vinda Dunamis e bons brindes!

P.S.: Fico sabendo, também, que por algum tempo (devido a pequena produção desses vinhos e aos seus preços mais condizentes com a realidade brasileira) eles só serão vendidos no RS.



quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Muito para contar!

Antes de mais nada, por favor dêem uma olhada no blog do jornalista e enófilo Roberto Gerosa.
Ele, ao lado de alguns poucos escolhidos, esteve em uma degustação super privilegiada, que nós apreciadores de vinhos precisamos - ao menos - saber que ocorreu.
http://colunistas.ig.com.br/vinho/

Na foto ao lado vocês podem ver a turma do curso de Formação de Sommelier do SENAC de Águas de São Pedro, ao final do jantar harmonizado onde foram entregues os diplomas de conclusão.
Nessa turma todos são funcionários do SENAC e entre eles estão garçons do Grande Hotel (de Águas e de Campos do Jordão), professores do curso superior de Gastronomia, dos cursos de capacitação técnica e de gratuidade, funcionários de áreas correlatas da escola e chefs de cozinha.
É um público que vai utilizar os conhecimentos do curso para aprimorar suas próprias áreas de atuação, sejam elas diretamente ligadas ao serviço do vinho ou não.
O jantar, com entrada, prato de massa, prato de carne e sobremesa, acompanhado de espumante nacional Cave Pericó Brut, Cabernet Franc 2004 da Gillmore do Chile e Vinho do Porto LBV 2001 da Graham's, aconteceu no Villa Tardivelli, na última 3a feira.
Abaixo as fotos de alguns dos alunos: Fábio, Valéria e Tiago.




Por último, mas não menos importante, quero contar que ainda dá tempo de visitar a Abravinis, uma feira de vinhos com produtos que vem diretamente dos produtores/importadores para o consumidor final, cheia de bons preços.
Excelente maneira de preparar a adega para as festas de final de ano e também comprar alguns presentes especiais.
Os ingressos custam R$ 60,00 mas se você fizer alguma compra terá um bônus de R$ 30,00 nas suas compras.
Termina hoje às 10 da noite no Clube Pinheiros na Avenida Faria Lima, em São Paulo.


sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Vinhos no Bom Retiro!

Para quem não é de São Paulo é necessária uma explicação.
O Bom Retiro é um bairro antigo da zona central da cidade, delimitado por importantes avenidas como a Tiradentes e monumentos como a Pincoteca do Estado e a Estação da Luz.
É um bairro de comércio de roupas e acessórios, em sua grande maioria por atacado.
Zona tradicional de imigrantes, já foi ocupado por italianos, judeus e gregos. Alguns de seus restaurantes, sinagogas e lojas ainda estão por lá.
Mas os imigrantes das últimas décadas são os coreanos e os bolivianos, que ocuparam a maioria das lojas. Os coreanos, em geral, são os donos e os bolivianos trabalham nas oficinas de costura.
Neste ponto vocês já devem estar se perguntando: o que tudo isso tem a ver com vinhos?
Pouco, mas vou explicar.
O enólogo Adolfo Lona veio ontem para SP para alguns compromissos profissionais e propôs a mim e a meu colega Marcel Miwa, que nos encontrássemos para o almoço.
Como ele estava hospedado na Barra Funda e precisava voltar ao hotel com certa ligeireza após o almoço, propusemos um almoço diferente, o Bistrô da Sara (foto abaixo), na rua da Graça, coração do Bom Retiro.
Verdade seja dita que não é para todo mundo. Não pela comida, que é deliciosa, claro. Mas o local (quando ainda era da proprietária judia era conhecido como 'buraco da Sara', por ficar abaixo do nivel da rua) é um amalgama de estilos com base no rústico, que pode não agradar algumas pessoas que vem a SP pensando em luxo, glamour e sofisticação.
Felizmente, Adolfo Lona não é assim.
Chegamos cedo, caminhamos alguns quarteirões vendo as lojas - afinal ele não conhecia o bairro - e voltamos ao buraco, perdão, bistrô, para encontrar o Marcel.
Provamos 3 vinhos sob o olhar um tanto crítico dos outros comensais, um branco húngaro da uva Pinot Blanc, trazido pelo Marcel, um rosé da Villa Francioni (que eu levei) e um tinto Syrah da Casa Morandé, do Chile, também trazido pelo Marcel (foto abaixo).
Conversamos com a proprietária do local (sempre disponível apesar de atenta a todos os movimentos do pequeno e lotado bistrô) sobre a venda de vinhos e ela nos falou que é difícil, pois durante a semana as pessoas estão em compras e a trabalho e praticamente não bebem nada de álcool.
Segundo ela, no verão e principalmente aos sábados, quando forma-se uma fila de pessoas a espera de mesas, ela oferece uma taça de espumante, que é sempre bem vinda, mas mesmo assim as pessoas não estendem o prazer para durante a refeição.
Eu entendo que o brasileiro associe o consumo de bebidas alcoólicas à preguiça e aos momentos de lazer, mas na maioria das vezes uma taça de vinho acompanha muito melhor uma culinária de qualidade (ontem, por exemplo, havia no buffet pequenos varenikes de abóbora recheados com carne-seca, que fizeram par perfeito com o Syrah) do que um enorme copo de suco de laranja ou de mamão.
Essa mudança de mentalidade (e de costume) passa por muitas coisas, desde a conscientização de que um pouco de vinho faz bem para a saúde - para pessoas que não têm problemas relacionados ao consumo de álcool, óbvio - e deve se tornar um hábito assim como o consumo diário de vegetais, grãos integrais e frutas, pela oferta de produtos de qualidade com preço mais competitivo (nesse sentido Adolfo, Marcel e eu concordamos que a embalagem Bag in Box é a chave do sucesso) e pelo conhecimento, sem o qual nada disso é possível.
Senão, o ciclo vicioso se forma com um 'exército' de calorias da refeição, mais um suco com açúcar (algumas vezes até com leite condensado) e como sobremesa um 'balde' de açaí com banana e granola.
Para as mulheres, então, nem se fale, pois uma taça de vinho tem o poder de acalmar os ânimos e ainda diminuir a ansiedade, fazendo com que a ingestão de açúcar seja menor. E, no caso do Bom Retiro, pode ser que acalme até a disposição de comprar aquela bolsa cor de laranja que - é óbvio - você só irá usar uma vez e se arrepender cada dia que abrir o armário.
É melhor e mais barato tomar uma taça de vinho, e o coração agradece.
Bons goles para todos, bom final de semana e estejam em Paz!