quarta-feira, 27 de junho de 2012
Vinícolas dos Altos Montes
Fui para Flores da Cunha no último domingo, para participar da primeira edição do "Melhor dos Vinhos dos Altos Montes", que reuniu dez vinícolas das cidades de Flores da Cunha e Nova Pádua que farão, em breve, parte da mais nova Indicação de Procedência do Brasil, seguindo a do Vale dos Vinhedos (que ainda aguarda o documento final do INPI para se transformar em Denominação de Origem) e a de Pinto Bandeira.
Infelizmente hoje não tenho tempo de contar detalhes, mas vou deixar aqui algumas imagens do que foram esses dias em uma parte da Serra Gaúcha que, definitivamente, merece mais atenção nossa.
No domingo à noite fui jantar no 'point' da cidade, a lancheria (para nós paulistas é lanchonete) Banana Pink (foto abaixo). Encarei fila e a perspectiva um pouco assustadora do que haveria para beber naquele lugar, pois nas mesas eram servidas garrafas de dois litros de refrigerante.
Mas como a gente (eu, no caso) precisa mesmo ser menos 'besta', taí abaixo o cardápio da lanchonete, devidamente plastificado, com as 23 sugestões de vinhos, apenas um importado (o que será que ele faz lá? será que vende?) e apenas dois vinhos de uvas não viníferas.
E ficou ainda melhor, observando as mesas vi várias pessoas tomando vinhos, casais, grupos, todos eles comendo as especialidades da casa: hambúrgueres.
Está bom assim para começar, não é? Rio Grande do Sul minha gente, fazendo direitinho, valorizando os produtos locais e cobrando preços possíveis, pois o objetivo é vender certo?
Na manhã seguinte eu tinha horário marcado com o enólogo Edegar Scotergagna da Vinícola Luiz Argenta, para um projeto especial sobre o qual ainda não posso falar aqui. No entanto publico uma foto para atiçar a curiosidade.
E depois de uma manhã (fria, fria...) trabalhando, nada melhor do que o aconchego e a lareira acesa na casa do enólogo Jefferson Sancineto e de sua esposa Sandra, que me ofereceram um almoço 'de domingo' em plena segunda-feira. Para completar o grupo o jornalista e sommelier italiano Roberto Rabacchino, que saiu das suas atividades na escola de gastronomia para nos fazer companhia.
O cardápio era composto de três pratos, mais a sobremesa, como reza a boa tradição italiana. E em meio a tantas gostosuras, destaco o lombo de bacalhau com risoto de lascas de bacalhau e brócolis da horta, e a sobremesa que continha creme de avelãs, café expresso, nata batida com mel e castanhas. Isso acompanhado de grappa de Brunello.
Sei...vocês estão tão tristes por mim como as minhas calças jeans...
Na foto acima Jefferson e Sandra montando os pratos e na foto abaixo o Rabacchino servindo um espumante italiano rosé que ele trouxe.
A paisagem -muito bonita- vem sendo até bem preservada na região, e o dia de sol brilhante e temperatura amena para o inverno, fez com que a viagem fosse muito bem aproveitada.
No mesmo dia, eu e o grupo de jornalistas (que haviam chegado algumas horas antes) tivemos um jantar na Casa Venturini, que há muito eu desejava conhecer. A surpresa foi grande pelo tamanho da estrutura e por quão agradável e alegre foi nosso jantar, típico da região, preparado por ninguém menos que a esposa de José Venturini, proprietário da vinícola.
No cardápio a sopa de capeletti (agnolini é o nome por lá) e depois o menarosto. Uma série de carnes como leitão, coelho e perdiz, assadas numa grelha especial onde o carvão fica no meio e as carnes em espetos giram em volta. Os acompanhamentos tradicionais são a polenta frita, salada verde e espaguete.
Mas para mim o melhor acompanhamento dessas carnes foi o Chardonnay e o Merlot da casa, que eu gosto muito.
Parece bom para um dia não? Claro que fui dormir de madrugada, satisfeita, tranquila, pronta para descansar algumas horas antes de encarar a maratona de visitas do dia seguinte.
Mas isso fica para outra postagem!
Bons brindes!
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