Colheita 2016

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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Vinho em Taça


Olhe a imagem acima.
As três taças contêm o mesmo vinho.
No entanto, a expressão desse vinho é completamente diferente em cada taça.
Estamos aqui, eu e minha amiga Eliana, também sommeliére, degustando uma série de vinhos feitos com a uva Carmenére.
Decidimos testar o comportamento do mesmo vinho em taças diferentes, apostando que o resultado seria inusitado. E foi. A primeira taça, conhecida como ISO, é a taça oficial dos degustadores, utilizada em concursos e provas oficiais. No nariz, o vinho revelou em primeiro lugar o álcool, para minutos depois começar a mostrar seu frutado. Na taça do meio, uma Riedel do modelo Bordeaux utilizado por muitos consumidores para variados tipos de tintos, ressaltou de forma impressionante o amadeirado do vinho. A terceira taça, maior e mais alta, é a mais utilizada pelos restaurantes, sendo um misto de cristal e vidro. Nela, o vinho expressou sua frutuosidade logo de início.
Nossa conclusão é que existe muito mais condicionadores em uma análise do que admitem nossos colegas degustadores. Verdade seja dita, cada análise seria guiada pela taça utilizada, podendo influenciar o degustador.
Em termos de consumidor final, achamos que a taça utilizada pelos restaurantes é a mais eficiente por sua versatilidade, ao menos para o tipo de vinho que estamos provando. Aliás, um Reserva Carpe Diem 2007, Carmenére, importado pela Casa do Porto e que custa em média 50 reais nas lojas.
Bons goles!

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