Colheita 2016

Colheita 2016
Seja bem-vindo! E que nunca nos falte o pão, o vinho e a saúde e alegria para compartilhar!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Coisas da APAS 2011

Uma dessas frases que eu escuto o tempo todo é: "Nossa, você deve conhecer todos os vinhos e vinícolas do Brasil certo?".
Errado. Eu adoraria, mas não conheço todas as vinícolas brasileiras, muito menos todos os vinhos que elas produzem. E, francamente, desconfio dos que dizem que conhecem.
O mundo do vinho brasileiro, mesmo sendo tão jovem, já é bastante grande e movimentado. E nossas distâncias geográficas não facilitam a integração que os enófilos tanto apreciam.
Assim, quando temos oportunidade de viajar ou de visitar feiras onde estão vários produtores, temos que otimizar o tempo e 'xeretar' o mais possível.
É importante, também, voltar aos velhos conhecidos, pois eles sempre têm novidades.
Foi o caso da Domno do Brasil, que tem duas linhas de produtos, a Alto Vale e a Ponto Nero, além de uma grande linha de importados.
As instalações ficam na estrada que liga Garibaldi a Bento Gonçalves, onde antigamente era a Allied Domeqc, bem em frente da Chandon.
Todos os espumantes são feitos pelo método Charmat, mas em estilos diferentes. Sou fã confessa do Prosecco deles, que no meu entender vai super bem com comida oriental (mesmo que seja apimentada).
Na foto abaixo está a linha de engarrafamento de espumantes deles.



Mas 4a feira na APAS descobri que a linha Alto Vale tem também um Brut e um Demi Sec, com as uvas Chardonnay, Pinot Noir e Riesling. A Riesling é uma uva que sempre foi muito utilizada nos espumantes brasileiros, mas conforme a indústria foi buscando um estilo mais europeu para esses vinhos (e a Chardonnay e a Pinot foram obtendo melhores resultados de produção), ela perdeu um pouco de terreno. Atualmente, sua utilização é mais uma escolha de estilo do produtor. A Chandon usa, a Casa Pedrucci também e a Domno resolveu até aumentar sua quantidade nesses dois espumantes para que o frutado fique mais marcante. 
Na foto abaixo, André Valduga está abrindo uma garrafa do Alto Vale Demi Sec, que provei ontem e achei muito gostoso, como devem ser os bons Demi, ligeiramente mais adocicados do que os Brut, mas sem serem essencialmente vinhos para sobremesa. Ah! E sem esquecer do essencial: são espumantes de excelente preço, baratos na verdade.


Outra surpresa bacana foi no sempre movimentado estande da Cooperativa Aurora. Para eles a APAS é até mais importante do que a Expovinis, pois a maior parte de sua produção é realmente voltada para os supermercados, então esse é o momento dos compradores - muitos deles que jamais terão oportunidade de visitar a empresa no sul - se aproximarem mais de quem faz os vinhos que eles vendem.
Conversei com a Lourdes Conci, a Gerente de Marketing da Aurora e tive o prazer de provar o espumante comemorativo aos 80 anos da empresa - completados no começo do ano.
Ele não está à venda no mercado, pois foi feito especialmente para os cooperados (toda a volta do rótulo é adornada com os nomes da famílias que produzem as uvas dos vinhos da Aurora) e uma pequena parcela de garrafas foi separada para ser apresentada em eventos. Tenho que dizer que é um desses privilégios que os enófilos têm! Na foto abaixo, Lourdes segura a garrafa desse espumante brut tão especial.


A Aurora também estava lançando na feira uma nova bebida. Mas essa eu vou fazer uma postagem em separado nos próximos dias.
Bons goles e muito bom final de semana!


Nenhum comentário:

Postar um comentário