Eu escuto muito por aí a dicotomia entre vinhos femininos e vinhos masculinos.
Escuto que os tintos em geral são masculinos e os brancos, especialmente os adocicados, são femininos.
Nos espumantes a balança entra quase em equilíbrio, por conta de outra ideia pré-concebida, de que esse vinho é um vinho de paixão, de encontro amoroso, de festa, portanto seu gosto seria equilibrado entre machos e fêmeas.
Acho tudo isso uma besteira. Mesmo!
E não falo por mim, que gosto de quase todos. Digo 'quase' pois não tenho o 'sweet tooth' que me favoreceria o gosto pelos vinhos mais doces. Não desgosto, mas não são uma necessidade para mim.
Tenho amigas que só bebem vinho tinto, nem espumantes suportam.
Conheço homens que conseguiram ultrapassar o preconceito (sim, isso existe no mundo do vinho como em qualquer outro ramo de atividade/conhecimento humano) e afirmam para quem quiser ouvir que apreciam muito os espumantes de moscatel, vivazes, perfumados, adocicados.
Como eu já disse várias vezes, vinho não fideliza, não é casamento nem canil.
Seremos sempre mais felizes com a próxima safra, com o próximo rótulo, sejam brancos, tintos, rosés, espumantes, fortificados ou de sobremesa.
Mas aproveito essa história de vinhos feminos ou não para falar do concurso que ocorreu na semana passada em Mendoza, o 'La Mujer Elije' que a cada dois anos reúne enólogas, jornalistas e enófilas em torno de muitos vinhos (este ano foram 480 amostras de 24 países) provadas e julgadas por 36 mulheres.
O Brasil saiu de lá com 22 medalhas. Mas o que mais me interessa é que o Brasil foi representado por quatro lindas enólogas gaúchas, de vinícolas importantes como Cave Geisse e Salton, por exemplo.
Na foto abaixo vocês vêem a Vanessa Stefani, Adriane Biasoli, Thaís Klein e Geyce Salton que representaram nosso país. Lindas não? E eu que conheço quase todas um pouquinho mais, posso dizer que são mulheres competentes, tranquilas, felizes na profissão que escolheram e que sabem beber bem.
Mas como também de 'fru-frus' vive o mundo do vinho (Vanessa que o diga pois agora é estudante de moda além de enóloga), resolvi mostrar para vocês o que recebi em uma newsletter sobre embalagens. É um bag-in-box feito sob medida para as meninas (e os meninos mais alegrinhos) do vinho. É uma combinação de Chardonnay e Viognier franceses, mas feito na Suécia, por uma empresa chamada Nordic Sea Winery.
Claro que não tenho ideia da qualidade do conteúdo, mas que a embalagem me fez pensar em um piquenique muito chique (daqueles com toalha xadrez e cesta de vime super equipada) ou mesmo em uma reunião de amigas um pouco 'peruas' à beira mar.
Convenhamos, é no mínimo divertido!
Bons goles!
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
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