Colheita 2016

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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Branco, Bom e Barato


 Eu adoro vinhos brancos, aliás nos últimos tempos é quase só o que tenho bebido.
Hoje, fazendo compras em um supermercado 'menos básico' daqui de SP, me deparei com quatro vinhos brancos na faixa entre 30 e 45 reais que têm boa procedência e são super agradáveis para este tempo que não é nem frio e nem quente.
São eles: Miolo Chardonnay 2009, com uvas lá da Campanha Gaúcha (esse vinho - não essa safra - passou algum tempo no limbo, mas desde 2008/2009 vem ficando mais interessante a cada safra), Montes Chardonnay 2009, da vinícola chilena Montes, que traz consigo o rígido controle de qualidade dessa que é uma das mais famosas vinícolas chilenas no exterior. Esse vinho é de sua linha básica, mas assim mesmo é correto e saboroso.
Depois, vindos de Portugal, temos uma opção que (em alguns lugares custa até menos de 30 reais) é importada pela Qualimpor e pertence à famosa Herdade do Esporão do Alentejo, é o Alandra branco, um vinho fácil, fresco, saboroso, com uma combinação de uvas portuguesas como a Arinto e a Antão Vaz. A outra opção portuguesa é um dos vinhos do enólogo Paulo Laureano, e leva seu nome. Esse enólogo português é um dos mais respeitados do país e é figura constante aqui no Brasil também. Sua linha básica de vinhos, como esse branco, é fácil de beber e encorpado, com qualidade e frescor.
Esses vinhos estão longe de ser top de linha, mas são corretos e bons para tomar cotidianamente e têm a vantagem de estarem disponíveis em supermercados, coisa rara com vinhos menos básicos.
Como já escrevi aqui, a enorme maioria das pessoas compra vinhos em supermercado e nem sempre consegue separar o que presta do que não presta - coisa que, convenhamos, não é fácil para ninguém.
Redes como o Carrefour, Wal-Mart e Pão de Açúcar, têm algumas linhas de exportação exclusiva, o que facilita em termos de preços e ofertas, mas não entendo o por que (exceção feita ao Pão de Açúcar) eles não divulgam isso melhor, assim o público se sentiria mais tentado a comprar esses vinhos.
Aliás, é mesmo complicado entender qual o raciocínio dos compradores de supermercado. Tenho um exemplo de hoje: eu queria uma garrafa do Pizzato Chardonnay, que eu aprecio muito por não ser amadurecido em madeira, mas embora a linha toda da Pizzato estivesse disponível nessa casa, nenhum dos brancos (nem o Chardonnay e nem os espumantes) estava disponível. Aliás, nessa faixa de preço o Miolo era o único branco nacional à venda. Os outros dois (Salton Virtude e Villa Francioni Chardonnay) estavam na faixa acima dos 52 reais, o que eu acho um absurdo.
Bem, espero que aproveitem as dicas e que abram espaço em suas taças para um bom vinho branco.
Bons goles!
Ah! Na foto abaixo está um dos prazeres que tive recentemente, que foi o de abrir uma garrafa do Sauvignon Blanc 2009 da Dal Pizzol (que está esgotado), e que tinha meu nome no rótulo. Um presente tão gostoso, fresco e jovem que tive que fazer uma foto!


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