Colheita 2016

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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Vinho(Quente)VerdeAmarelo



Dizem que o grão não cai longe do cacho (essa é a versão viticultora do 'fruto que não cai longe da árvore'), certo?
No último domingo foi a festa junina da escola de minha afilhada, que embora não seja 'sangue do meu sangue', é como se fosse. A festa aconteceu em uma chácara muito bem equipada e espaçosa, na cidade de Itupeva, 70km distante de São Paulo.

Qual não foi minha surpresa, quando as crianças da turma dela começaram a dançar com música gaúcha e com uma coreografia muito parecida com as que vemos nas festas típicas do CTG lá no sul (CTG é Centro de Tradições Gaúchas), onde a gurizada (os 'piás') aprendem as danças regionais dos povos antigos.



Claro que não faltou também a dança das fitas, um estilo que existe desde a Idade Média, e que recebemos dos povos europeus que nos colonizaram.


Como boa festa de interior (os colonos do sul são conhecidos, aqui, como os nossos caipiras), tivemos todos os produtos do milho, desde a espiga cozida, pipoca, passando pelo curau e depois pelo bolo de milho, paçoca doce, canjica, algodão-doce, amendoim, pinhão cozido, vinho quente e quentão (aqui uma diferença da gauchada: para eles o quentão é o vinho quente, e para nós vinho quente é vinho aromatizado e fervido, com maçãs, canela, cravo e o quentão é a bebida à base de cachaça, gengibre, açúcar, limão, cravo e canela).
Mas como somos paulistas, ninguém escapou de cachorro-quente, espetinhos de carne, frango e linguiça, um pouco de feijoada (!!), salada de folhas, de beterraba, tomate e berinjela, além de mandicoca e polenta fritas e mais churrasco na brasa...ufa!




Claro que como fazia mais de 26 graus, em uma festa ao ar livre, era quase impossível tomar outra coisa que não fosse água, chopp e suco. Até mesmo o quentão foi bebido apenas para 'honrar' as tradições. Vinho, nem pensar.
E olha que a região de Jundiaí é famosa por seus vinhos de mesa (de uvas americanas ou híbridas) e tem até um roteiro para turistas com cantinas, restaurantes e vinhedos.
De certa maneira fico feliz por esses vinhos não estarem por lá (risos), pois era capaz de alguém me fazer tomar e eu iria ficar sem jeito de recusar...
Eu, que não sou muito de festas juninas (pois aqui em SP isso está muito depauperado), tenho o maior gosto em ir nessa. Bonita, bem organizada, variada e segura. Uma diversão para todos na família.
Para finalizar, alguém sabe 'mesmo' a letra da música do casamento caipira? Se não sabem, está abaixo!

PEDRO, ANTÔNIO E JOÃO
autor: Benedito Lacerda e Oswaldo Santiago

Com a filha de João
Antônio ia se casar,
mas Pedro fugiu com a noiva
na hora de ir pro altar.

A fogueira está queimando,
o balão está subindo,
Antônio estava chorando
e Pedro estava fugindo.

E no fim dessa história,
ao apagar-se a fogueira,
João consolava Antônio,
que caiu na bebedeira.





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