Colheita 2016

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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Pato, Pato, Pato...Luis Pato!

Estive, há alguns dias, em uma degustação dos vinhos do enólogo português Luis Pato (foto ao lado), cujos vinhos chegam ao Brasil pela importadora Mistral.
Quem não conhece os vinhos dele e gosta de vinhos portugueses precisa prová-los.
Luis Pato é conhecido por sua rebeldia, que se mostra nas suas opiniões controversas, nos rótulos dos vinhos, nos nomes e, acima de tudo, em seu terroir e uva preferidos: a tinta Baga da região de Bairrada.
Em suas mãos ela deixa de lado um histórico de tanicidade e rusticidade, que a deixou em segundo plano por muitas décadas em Portugal, para colocar-se no mesmo nível dos grandes vinhos portugueses.
Conheço seus vinhos desde o tempo em que trabalha no restaurante, e apreciava muito especialmente o espumante rosé, uma dessas boas surpresas que todo bom sommelier tem que ter no bolso do avental para oferecer ao seu cliente.
Na degustação organizada pela Mistral provamos nove vinhos, três espumantes, um branco (das uvas Cerceal, Bical e Sercealinho), quatro tintos (sendo três varietais da Baga e um assemblage) e um rosé de sobremesa.

Ao final da degustação ele nos propôs que fizéssemos um 'assemblage' próprio. Na taça uma quantidade do espumante Duet, um rosé da uva Baga com um ligeiro toque da casta Maria Gomes, muito seco em boca, e a quantidade que nos parecesse agradável do rosé de sobremesa, o Abafado Molecular, um vinho criado por ele para harmonizar com alguns dos pratos da cozinha molecular. Seu sabor adocicado, com aroma entre o frutado e o mineral, dá uma quebrada na acidez e secura do espumante.
Uma brincadeira interessante e divertida de fazer, mas com a qualidade dos produtos desse enólogo que sempre surpreende.

 

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