Colheita 2016

Colheita 2016
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terça-feira, 16 de março de 2010

Uvas no Vinhedo

Quem tem acompanhado minhas postagens por aqui viu que estive na Festa da Vindima da Casa Valduga em meados do mês de fevereiro. Trabalhei, fiz entrevistas, tirei muitas fotos e aos poucos vou colocando novidades.
No final de semana, fui ao último dia da festa da colheita da Pizzato lá no Vale dos Vinhedos (como já contei também) e, conversando com o patriarca Plínio Pizzato, ele me disse que as uvas finas já foram todas processadas até a semana passada. Outros enólogos e proprietários de vinícolas com quem conversei por lá disseram o mesmo. Aos meus olhos, o vale já parecia sem uvas nos parreirais.
Qual não foi minha surpresa, então, quando fui almoçar no restaurante Maria Valduga com meu marido no domingo e encontrei com o enólogo Eduardo Valduga. Perguntei, só para me certificar, se a colheita havia terminado por lá e ele me disse que não...
Mais tarde, Eduardo nos levou até o parreiral de Cabernet Sauvignon que fica nos fundos da propriedade principal da Valduga. E lá estavam, resistindo bravamente às intempéries, os mesmos cachos de Cabernet que fotografei há pouco menos de um mês. Veja abaixo, na foto da esquerda a imagem feita no dia 20 de fevereiro e na foto da direita a imagem feita no dia 14 de março.


É praticamente a mesma fileira (até por que eu não tinha ideia de que iria voltar e muito menos de que as uvas ainda estariam lá) que fotografei na primeira viagem.
Eduardo me mostrou que os cachos estão bem. Terão que ser colhidos com cuidado extra e separados manualmente antes da prensagem, mas resistiram ao teste do tempo e ainda devem esperar mais uma semana até serem colhidos.
Aposta arriscada da Valduga, mas que poderá garantir um dos melhores (senão o único realmente no ponto) Cabernet Sauvignon do Vale dos Vinhedos neste ano.


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Meno Male...

Estou de volta do calor da Serra Gaúcha para o calor, engarrafamento, poluição e sujeira da cidade de São Paulo. Mas ao menos sou portadora de algumas boas notícias.
Recém começou a vindima das uvas tintas por aqueles lados, então é cedo para dizer quais as uvas mais afetadas pelo excesso de chuva em novembro (época da brotação) e em janeiro/fevereiro (época de amadurecimento). Coisa certa é que a safra do RS deve ter uma diminuição de 30%, aproximadamente, dizem vários enólogos e proprietários da região. Grande parte da tintas utilizadas nos vinhos mais especiais da Serra (Storia da Valduga, Lote 43 da Miolo, Tannat da Don Laurindo, entre outras) ainda permanecem no parreiral esperando o ponto certo de maturação, que deverá acontecer somente na primeira semana de março (se as chuvas fortes derem trégua).
"Meno male" que as uvas brancas, principalmente aquelas para espumante e algumas para varietais, foram colhidas em muito bom estado. Acreditem-me, existem alguns espumantes feitos pelo método charmat (as duas fermentações dentro do tanque de inox) que já estão quase prontos.
Abaixo, um dos parreirais de Cabernet Sauvignon da Valduga, que tem recebido atenção redobrada da equipe de agrônomos e enólogos.

E antes que eu deixe passar: agradecimento especial ao pessoal da Valduga, que mais uma vez me recebeu tão bem que só minha família e minha gata para me fazerem voltar.
Meu sincero abraço para João e Juarez Valduga, Jones e Eduardo Valduga, Juciane Casagrande e Fabiano (Comercial e Marketing), os enólogos Daniel e Lucas, o agrônomo Silvano, a enóloga Aline, na pousada minha xará Silvia e a Andréia, o chef Laércio e o garçom Walter e na Casa de Madeira o chef Daian. Meu muito obrigado para todos!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Quem sabe faz ao vivo!

A foto que você vê abaixo é da recepção de uvas da Casa Valduga, tirada ontem no final da tarde. Quando cheguei ao prédio onde é feita a vinificação, totalmente de surpresa, com a Diretora Comercial Juciane Casagrande, estavam ao lado da esteira de seleção os enólogos da casa, João Valduga, Eduardo Valduga e Daniel dalla Valle.

Perguntei se eram uvas especiais as que estavam entrando na esteira de seleção e ouvi a surpreendente resposta: "São uvas da cepa Trebbiano, que usamos como parte dos vinhos base de espumante que fazemos para terceiros", contou o enólogo Daniel.
Eu resolvi colocar este post pois fiquei muito impressionada ao chegar e encontrar os principais enólogos da casa selecionando manualmente as uvas, no final de uma tarde quente de verão, para um produto que não levará nem mesmo o nome da vinícola. E para completar, não foi uma coisa feita para impressionar jornalista, pois eu estava calmamente saboreando um merecido espumante 130 com a Juciane na varanda do varejo, quando perguntei à ela onde estavam os enólogos e ela me contou que estavam no recebimento das uvas. Eu perguntei se poderíamos ir lá ver (mesmo sabendo que teria que deixar aquela perfeita taça de espumante pela metade) e ela, sem nem mesmo piscar, disse-me: "Sim, claro, quer ir agora?"
E fomos...
Por isso usei como título desta postagem o bordão do Faustão. "Quem sabe faz ao vivo", ao que eu completo, quem não tem nada para esconder, vive em paz...
Hoje passeei pelos vinhedos com o João Valduga. Almoçamos no novo resturante Maria Valduga, mas isso tudo fica para outro post...
Bons goles e até mais...

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Famiglia Valduga Co.



A foto acima é, para mim, um privilégio. Conheci o patriarca dos Valduga na década de 1990, na sede da vinícola no Vale dos Vinhedos. Eu e meu marido estávamos hospedados na recém-aberta pousada (somente 4 quartos e uma casa que abrigava grupos) e o local onde jantávamos, provávamos os vinhos e comprávamos produtos é onde hoje está o restaurante Luigi V (em homenagem ao sorridente patriarca). Em um banco de madeira na frente do restaurante ele se sentava, recebendo turistas com o carinho inato dos Valduga. Todos os dias ele nos sugeria lugares e vinícolas para visitar, e quando retornávamos nos convidava para um brinde e aperitivos antes do jantar.
A vinícola já era grande - que ninguém se engane - mas o tratamento era (não personalizado) pessoal mesmo. Era como estar em família.
Desde então, é assim que me sinto em relação aos Valduga. E amanhã, 4a feira de cinzas, terei o privilégio de me hospedar na pousada (agora com o elegante nome de Villa Valduga) como convidada dessa família tão especial. 
Vou acompanhar (se o tempo permitir) uma parte da colheita, celebrar a festa da Vindima no próximo sábado junto aos turistas e amigos da família, e também aproveitar para conhecer a sede da Embrapa Uva e Vinho, onde João Valduga trabalhou e cujos pesquisadores são seus parceiros até hoje.

Sempre que for possível, colocarei novos posts diretamente da sede da Valduga, com algumas novidades.
A mesa posta ao lado, com sous-plat de vidro decorado com videiras, é só mais um dos lindos detalhes com os quais a família recebe seus convidados, jornalistas ou não, pois as primeiras vezes em que estive lá eu não trabalhava diretamente com o mundo do vinho e o carinho e cuidado eram os mesmos.
Deste último dia de Carnaval, seguem os desejos de bons vinhos e bons goles para todos e uma excelente safra para nossos vinhateiros no Brasil todo (mesmo sob condições adversas). 

domingo, 31 de janeiro de 2010

Atrações da Vindima 2010


A Vindima foi aberta oficialmente no Vale dos Vinhedos ontem, dia 30 de janeiro, em um evento realizado no hotel Villa Michelon, no coração do vale, no município de Bento Gonçalves (RS).
Para os milhares de turistas que visitam a região (no ano passado foram 180 mil segundo dados oficiais), as opções de hospedagem e passeios são muitas. Mas todas elas têm a uva em comum, seja na colheita para fazer suco, vinho, geléias e até mesmo a versão brasileira do vinagre balsâmico.
Aproveitar a história da imigração, tão viva na região e nas cidades vizinhas, a culinária, as belas paisagens e sobretudo o vinho, é uma opção de turismo encantadora, que deveria ser ainda mais próxima dos brasileiros.
Algumas vinícolas expandiram seus negócios para atrair os turistas com o que fazem de melhor. A Casa Valduga hospeda os visitantes dentro da própria vinícola, em suites especiais, com mimos que vão desde um frigobar com várias opções de vinhos da casa, piscina com vista para os vinhedos e variados locais para refeições. Durante a Vindima, todo sábado é dia dos turistas participarem da colheita, dos passeios nos parreirais e também da experiência única que é ver como se começa a fazer um vinho. Tudo isso acompanhado dos donos da vinícola, que fazem questão de estar com os turistas em uma tradição familiar que não se modificou mesmo com a empresa tomando proporções muito maiores. É um privilégio e uma gentileza. Consulte as informações completas no site: www.casavalduga.com.br
A Vinícola Miolo recebe seus turistas com uma equipe profissional e, neste ano, oferece a possibilidade de passar um dia nos vinhedos do Vale (acompanhando a produção dos vinhos tintos) e também na Campanha, nas instalações da Fortaleza do Seival. O programa inclui a colheita, uma aula sobre como se faz vinho (com um dos donos da vinícola), degustação, passeio e almoço típico italiano. Mas o grande diferencial da Miolo fica do outro lado da estrada, no Vale. O Hotel e Spa do Vinho, do qual a vinícola é uma das sócias, tem localização privilegiada no alto da colina, instalações impecáveis e o mais surpreendente, uma filial do spa Caudalie de Bordeaux, que utiliza os princípios ativos da semente de uva e do grão inteiro para tratamentos de beleza. Não é barato, mas vale cada centavo. Veja os sites: www.miolo.com.br e www.spadovinho.com.br (abaixo, vista do vale da janela de um dos quartos do spa).

Comemorando 100 anos de fundação neste 2010, a Vinícola Salton, que fica fora dos Vale dos Vinhedos, no distrito vizinho de Tuiuty, recebe os turistas em um evento chamado de Merendim da Vindima. Recheado de tradições e mimos, o passeio conta, ainda com desconto de 20% na compra de produtos na loja da vinícola.
Se você for, pergunte pelo enólogo Vinícius (que aparece na foto abaixo servindo o espumante comemorativo dos 100 anos da casa, que ainda não está à venda), e aproveite para conversar com um dos maiores entusiastas do vinho brasileiro e também um dos gaúchos mais simpáticos que você poderá encontrar (para completar, ele é fluente em 5 línguas, inclusive na linguagem de sinais).
Aproveite a chegada do Carnaval e faça um programa diferente.
Não são somente essas três vinícolas que têm programas especiais para esta época. Consulte também os sites das vinícolas Don Giovanni, Pizzato, Torcello e Cordelier entre tantas outras. Uma das opções será perfeita para seu gosto, seu bolso e sua família. Vá para Bento Gonçalves e comprove as muitas opções do enoturismo brasileiro!
Boa viagem e bons goles!