No final de semana, fui ao último dia da festa da colheita da Pizzato lá no Vale dos Vinhedos (como já contei também) e, conversando com o patriarca Plínio Pizzato, ele me disse que as uvas finas já foram todas processadas até a semana passada. Outros enólogos e proprietários de vinícolas com quem conversei por lá disseram o mesmo. Aos meus olhos, o vale já parecia sem uvas nos parreirais.
Qual não foi minha surpresa, então, quando fui almoçar no restaurante Maria Valduga com meu marido no domingo e encontrei com o enólogo Eduardo Valduga. Perguntei, só para me certificar, se a colheita havia terminado por lá e ele me disse que não...
Mais tarde, Eduardo nos levou até o parreiral de Cabernet Sauvignon que fica nos fundos da propriedade principal da Valduga. E lá estavam, resistindo bravamente às intempéries, os mesmos cachos de Cabernet que fotografei há pouco menos de um mês. Veja abaixo, na foto da esquerda a imagem feita no dia 20 de fevereiro e na foto da direita a imagem feita no dia 14 de março.
É praticamente a mesma fileira (até por que eu não tinha ideia de que iria voltar e muito menos de que as uvas ainda estariam lá) que fotografei na primeira viagem.
Eduardo me mostrou que os cachos estão bem. Terão que ser colhidos com cuidado extra e separados manualmente antes da prensagem, mas resistiram ao teste do tempo e ainda devem esperar mais uma semana até serem colhidos.
Aposta arriscada da Valduga, mas que poderá garantir um dos melhores (senão o único realmente no ponto) Cabernet Sauvignon do Vale dos Vinhedos neste ano.
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