Colheita 2016

Colheita 2016
Seja bem-vindo! E que nunca nos falte o pão, o vinho e a saúde e alegria para compartilhar!

domingo, 18 de abril de 2010

Os jornalistas e o espumante brasileiro

Acabo de ir e voltar a Bento Gonçalves (tão rápido que nem tive tempo de ir olhar as vinhas do Vale), onde participei de um painel sobre o Espumante Brasileiro no Jornalismo, dentro da feira Internacional Brasil Alimenta - Vinotech/Envase.
Quem orientou o painel foi Carlos Paviani do Ibravin e ao meu lado na mesa estavam o veterano jornalista gaúcho Danilo Ucha e o jovem e bem colocado jornalista da RBS Maurício Rollof. Ambos profissionais da comunicação que tratam o vinho brasileiro com o respeito que merece (seus blogs estão em minha lista de favoritos).
Nosso painel foi precedido pelo do português Domingos Meirelles, da Exponor (empresa que organiza a Expovinis). Meirelles falou sobre o mercado internacional de vinhos e espumantes e apresentou uma importante (senão essencial) visão do marketing do vinho, fundamental para todos nesse mercado (ele aparece em pé na foto abaixo, ao lado dele Danilo Ucha, eu, Carlos Paviani e Maurício Rollof).














Antes da palestra de Meirelles, já haviam subido ao palco Andréia Gentilini Milan, falando de sua experiência com os espumantes brasileiros no exterior, advinda de seu empenho no projeto setorial de exportação Wines from Brazil.
Quem abriu os trabalhos da tarde foi Denis Babler, projetista da Saint Gobain (para quem não sabe é a empresa que faz praticamente todas as garrafas utilizadas no Brasil, não somente para vinhos). Ele falou sobre a importância do design e da qualidade das garrafas para o espumante.
No nosso painel, sobre a visão jornalística, foi nos permitido falar sobre alguns entraves na comunicação de um produto de tão alta qualidade. E apesar do pouco tempo disponível, foi possível perceber que nossas opiniões encontraram eco nos produtores e enólogos presentes, suscitando questionamentos relevantes de ambas as partes. É incrível poder estar ao lado de jornalistas de verdade como o Ucha, com sua longa e objetiva experiência com o vinho brasileiro e de Maurício Rollof, da geração que já cresceu com a internet e que mesmo assim olha o mundo com olhos de repórter investigativo.
Minha conclusão é que há muito a ser feito. Mas que os últimos 5 anos têm sido fundamentais para uma mudança de tratamento, relacionamento e respeito de ambas as partes (imprensa e indústria) e que essa nova percepção precisa ser ampliada e comunicada de forma ainda mais presente, efetiva e marcante por todos nós.
Ao final dos painéis não poderia faltar um brinde com os espumantes brasileiros. Foram servidos o Prosseco da Valmarino, o Moscatel da Casa Valduga, bruts da Gran Legado, Salton e Don Laurindo (creio que haviam outros mas não me lembro de todos os rótulos).
Na foto abaixo estão pessoas MUITO queridas! Atrevo-me a dizer que faltam nessa foto não mais de 6 pessoas para completar o time daqueles que eu mais respeito na vinicultura gaúcha. Um privilégio brindado com o espumante brut da Don Laurindo. À minha exceção, são todos enólogos. Da esq. para a dir.: Dirceu Scottá (Dal Pizzol), Ademir Brandelli (Don Laurindo), eu, Gabriel Caríssimi (Cooperativa Garibaldi), Christian Bernardi (Winepark e ABE), Gabriela Poletto (Ibravin).















Comunicar bem é um desafio diário, assim como é fazer (e vender) bons vinhos. Exige nossa dedicação, profissionalismo e amor. Às vezes nós conseguimos, outras vezes não. Mas seguimos tentando.
Agradeço a New Trade (promotora e organizadora do evento), a ABE e ao IBRAVIN pelo convite e pela oportunidade de poder falar um pouco sobre o que é estar 'do outro lado do balcão'. Peço desculpas pelo tremor das mãos (juro que não bebi nada antes) mas é que jornalistas normalmente não ficam à vontade sobre o palco.
Sucesso e bons goles! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário