A festa não é nossa...é até difícil de explicar para as crianças.
Mas como brasileiro gosta de festa e acredita em bruxas e outras coisinhas mais, comemora-se o que não se entende direito.
Vá-la, melhor festejar...
Vinhos para o dia? Tintos cor de sangue, claro: Alicante Bouschet, Malbec ou Carmenére.
E se nada disso funcionar, espumante rosé Amante, da Valduga.
Pourquoi nous ne sommes pas trés graves...
domingo, 31 de outubro de 2010
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Vinho no feminino
Eu escuto muito por aí a dicotomia entre vinhos femininos e vinhos masculinos.
Escuto que os tintos em geral são masculinos e os brancos, especialmente os adocicados, são femininos.
Nos espumantes a balança entra quase em equilíbrio, por conta de outra ideia pré-concebida, de que esse vinho é um vinho de paixão, de encontro amoroso, de festa, portanto seu gosto seria equilibrado entre machos e fêmeas.
Acho tudo isso uma besteira. Mesmo!
E não falo por mim, que gosto de quase todos. Digo 'quase' pois não tenho o 'sweet tooth' que me favoreceria o gosto pelos vinhos mais doces. Não desgosto, mas não são uma necessidade para mim.
Tenho amigas que só bebem vinho tinto, nem espumantes suportam.
Conheço homens que conseguiram ultrapassar o preconceito (sim, isso existe no mundo do vinho como em qualquer outro ramo de atividade/conhecimento humano) e afirmam para quem quiser ouvir que apreciam muito os espumantes de moscatel, vivazes, perfumados, adocicados.
Como eu já disse várias vezes, vinho não fideliza, não é casamento nem canil.
Seremos sempre mais felizes com a próxima safra, com o próximo rótulo, sejam brancos, tintos, rosés, espumantes, fortificados ou de sobremesa.
Mas aproveito essa história de vinhos feminos ou não para falar do concurso que ocorreu na semana passada em Mendoza, o 'La Mujer Elije' que a cada dois anos reúne enólogas, jornalistas e enófilas em torno de muitos vinhos (este ano foram 480 amostras de 24 países) provadas e julgadas por 36 mulheres.
O Brasil saiu de lá com 22 medalhas. Mas o que mais me interessa é que o Brasil foi representado por quatro lindas enólogas gaúchas, de vinícolas importantes como Cave Geisse e Salton, por exemplo.
Na foto abaixo vocês vêem a Vanessa Stefani, Adriane Biasoli, Thaís Klein e Geyce Salton que representaram nosso país. Lindas não? E eu que conheço quase todas um pouquinho mais, posso dizer que são mulheres competentes, tranquilas, felizes na profissão que escolheram e que sabem beber bem.
Mas como também de 'fru-frus' vive o mundo do vinho (Vanessa que o diga pois agora é estudante de moda além de enóloga), resolvi mostrar para vocês o que recebi em uma newsletter sobre embalagens. É um bag-in-box feito sob medida para as meninas (e os meninos mais alegrinhos) do vinho. É uma combinação de Chardonnay e Viognier franceses, mas feito na Suécia, por uma empresa chamada Nordic Sea Winery.
Claro que não tenho ideia da qualidade do conteúdo, mas que a embalagem me fez pensar em um piquenique muito chique (daqueles com toalha xadrez e cesta de vime super equipada) ou mesmo em uma reunião de amigas um pouco 'peruas' à beira mar.
Convenhamos, é no mínimo divertido!
Bons goles!
Escuto que os tintos em geral são masculinos e os brancos, especialmente os adocicados, são femininos.
Nos espumantes a balança entra quase em equilíbrio, por conta de outra ideia pré-concebida, de que esse vinho é um vinho de paixão, de encontro amoroso, de festa, portanto seu gosto seria equilibrado entre machos e fêmeas.
Acho tudo isso uma besteira. Mesmo!
E não falo por mim, que gosto de quase todos. Digo 'quase' pois não tenho o 'sweet tooth' que me favoreceria o gosto pelos vinhos mais doces. Não desgosto, mas não são uma necessidade para mim.
Tenho amigas que só bebem vinho tinto, nem espumantes suportam.
Conheço homens que conseguiram ultrapassar o preconceito (sim, isso existe no mundo do vinho como em qualquer outro ramo de atividade/conhecimento humano) e afirmam para quem quiser ouvir que apreciam muito os espumantes de moscatel, vivazes, perfumados, adocicados.
Como eu já disse várias vezes, vinho não fideliza, não é casamento nem canil.
Seremos sempre mais felizes com a próxima safra, com o próximo rótulo, sejam brancos, tintos, rosés, espumantes, fortificados ou de sobremesa.
Mas aproveito essa história de vinhos feminos ou não para falar do concurso que ocorreu na semana passada em Mendoza, o 'La Mujer Elije' que a cada dois anos reúne enólogas, jornalistas e enófilas em torno de muitos vinhos (este ano foram 480 amostras de 24 países) provadas e julgadas por 36 mulheres.
O Brasil saiu de lá com 22 medalhas. Mas o que mais me interessa é que o Brasil foi representado por quatro lindas enólogas gaúchas, de vinícolas importantes como Cave Geisse e Salton, por exemplo.
Na foto abaixo vocês vêem a Vanessa Stefani, Adriane Biasoli, Thaís Klein e Geyce Salton que representaram nosso país. Lindas não? E eu que conheço quase todas um pouquinho mais, posso dizer que são mulheres competentes, tranquilas, felizes na profissão que escolheram e que sabem beber bem.
Mas como também de 'fru-frus' vive o mundo do vinho (Vanessa que o diga pois agora é estudante de moda além de enóloga), resolvi mostrar para vocês o que recebi em uma newsletter sobre embalagens. É um bag-in-box feito sob medida para as meninas (e os meninos mais alegrinhos) do vinho. É uma combinação de Chardonnay e Viognier franceses, mas feito na Suécia, por uma empresa chamada Nordic Sea Winery.
Claro que não tenho ideia da qualidade do conteúdo, mas que a embalagem me fez pensar em um piquenique muito chique (daqueles com toalha xadrez e cesta de vime super equipada) ou mesmo em uma reunião de amigas um pouco 'peruas' à beira mar.
Convenhamos, é no mínimo divertido!
Bons goles!
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Gastronomia da Serra
Aviso aos leitores: se estão em jejum, não leiam esta postagem!
Mesmo sabendo que a culinária da Serra Gaúcha é, ás vezes repetitiva, tenho que ressaltar que algumas coisas por lá são mesmo MUITO boas e que há um grupo de donos de restaurantes e de chefs trabalhando com alta qualidade e muito rigor.
Afinal, qualidade e cuidado se mostram quando fazemos alguma coisa boa todos os dias. Na regra e não na exceção.
Na foto acima uma amostra da culinária típica italiana que estará presente em Flores da Cunha, na festa da vindima do próximo ano, que promete unir a alta gastronomia às tradições dos imigrantes da região. No primeiro plano o tortei, que era também um prato típico da minha família (pelas mãos de minha tia Leonor e de minha avó Silvia), uma massa recheada com purê de moranga temperada e coberta com leve molho de tomates. No meu entender deve ser acompanhada de uma boa taça de Merlot e como estamos em Flores da Cunha pode ser da Vinícola Salvador ou da Luiz Argenta.
O prato acima, embora a foto não lhe faça justiça, estava delicioso. Foi preparado no bem cuidado restaurante Arte in Távola, do Farina Park Hotel, na estrada entre Bento e Farroupilha.
Um risotto de ervas finas acompanhado de um filé exatamente no ponto, com molho escuro também com ervas. Delicado e intenso, como o vinho ideal para acompanhá-lo, um Cabernet Sauvignon. Sugestões: Suzin de Santa Catarina ou Almaúnica do Vale dos Vinhedos.
Por fim, creio que todo gaúcho que se preza e todo turista que quer comer bem na serra TEM que conhecer o trabalho dos irmãos Di Paolo.
Como as pessoas gostam de 'medalhas' vale dizer que há 10 anos eles recebem a estrela do Guia 4 Rodas como 'melhor galeto' do Brasil. Mesmo eu que não ligo para essa história de medalhas, acho que não é pouca coisa, ao contrário, é sinal de que eles seguem perseguindo os mais altos padrões de qualidade.
A refeição por lá é 'lauta', como se dizia antigamente. Ou seja, é melhor ir com fome e se preparar para sair saciado, pois praticamente tudo vale a pena.
A foto abaixo é da casa que fica no Castelo Benvenutti, que é somente uma das 6 unidades do Grupo Di Paolo. E um detalhe - que para mim faz TODA a diferença - a carta de vinhos é brasileiríssima e o serviço dos vinhos (em todos os estilos e faixas de preço) é correto e descomplicado, com o estilo de quem está mais do que acostumado a fazer isso. Interessante observar que, diferentemente de tantos lugares no Brasil, nesse restaurante quase todas as mesas estão tomando vinho. Vinho brasileiro.
Uma boa garrafa do espumante brut da Cave Geisse vai custar R$50/55,00. É mais barato que em muitas lojas, acredite-me.
Mesmo sabendo que a culinária da Serra Gaúcha é, ás vezes repetitiva, tenho que ressaltar que algumas coisas por lá são mesmo MUITO boas e que há um grupo de donos de restaurantes e de chefs trabalhando com alta qualidade e muito rigor.
Afinal, qualidade e cuidado se mostram quando fazemos alguma coisa boa todos os dias. Na regra e não na exceção.
Na foto acima uma amostra da culinária típica italiana que estará presente em Flores da Cunha, na festa da vindima do próximo ano, que promete unir a alta gastronomia às tradições dos imigrantes da região. No primeiro plano o tortei, que era também um prato típico da minha família (pelas mãos de minha tia Leonor e de minha avó Silvia), uma massa recheada com purê de moranga temperada e coberta com leve molho de tomates. No meu entender deve ser acompanhada de uma boa taça de Merlot e como estamos em Flores da Cunha pode ser da Vinícola Salvador ou da Luiz Argenta.
Se os dias quentes de primavera pedirem, vale um atum com crosta de ervas em leito de cogumelos, bem ao ponto, acompanhado de uma fresca taça de espumante rosé da Dal Pizzol, lá de Faria Lemos.
Se você não comprou o tinto comemorativo dos 35 anos da vinícola, minhas condolências, pois acabou.
Elas servem para mim também, pois eu perdi a chance...
Um risotto de ervas finas acompanhado de um filé exatamente no ponto, com molho escuro também com ervas. Delicado e intenso, como o vinho ideal para acompanhá-lo, um Cabernet Sauvignon. Sugestões: Suzin de Santa Catarina ou Almaúnica do Vale dos Vinhedos.
Por fim, creio que todo gaúcho que se preza e todo turista que quer comer bem na serra TEM que conhecer o trabalho dos irmãos Di Paolo.
Como as pessoas gostam de 'medalhas' vale dizer que há 10 anos eles recebem a estrela do Guia 4 Rodas como 'melhor galeto' do Brasil. Mesmo eu que não ligo para essa história de medalhas, acho que não é pouca coisa, ao contrário, é sinal de que eles seguem perseguindo os mais altos padrões de qualidade.
A refeição por lá é 'lauta', como se dizia antigamente. Ou seja, é melhor ir com fome e se preparar para sair saciado, pois praticamente tudo vale a pena.
A foto abaixo é da casa que fica no Castelo Benvenutti, que é somente uma das 6 unidades do Grupo Di Paolo. E um detalhe - que para mim faz TODA a diferença - a carta de vinhos é brasileiríssima e o serviço dos vinhos (em todos os estilos e faixas de preço) é correto e descomplicado, com o estilo de quem está mais do que acostumado a fazer isso. Interessante observar que, diferentemente de tantos lugares no Brasil, nesse restaurante quase todas as mesas estão tomando vinho. Vinho brasileiro.
Uma boa garrafa do espumante brut da Cave Geisse vai custar R$50/55,00. É mais barato que em muitas lojas, acredite-me.
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sábado, 23 de outubro de 2010
Enólogo do Ano 2010
"Ele era recém-chegado à empresa e neto de um dos cooperados mais antigos da Aurora. Ele fazia o maior sucesso entre as moças, mas eu - que era secretária nessa época - fazia de conta que não achava que ele era tudo isso (mas ele era)!" conta Isete Copat, esposa há 33 anos do enólogo da Vinícola Salton, Lucindo Copat.
Ontem, em votação secreta, a ABE (Associação Brasileira de Enologia) elegeu Lucindo o enólogo do ano de 2010, na festa que comemora o Dia do Enólogo em Bento Gonçalves.
Lucindo Copat é formado em enologia em Mendoza e trabalhou por alguns anos na Cooperativa Aurora (onde conheceu a esposa) e depois começou na Vinícola Salton (em 1983), onde sua carreira deslanchou por conta dos desafios de trazer uma empresa familiar (naquela época já com mais de 70 anos) para a nova realidade do vinho brasileiro que começava a se desenhar.
Lucindo é pai de dois filhos, uma estudante de medicina e um 'quase formado' enólogo, além de ser uma pessoa elegante e agradável no trato.
Conhece os terroirs do mundo, sai para dançar com a esposa Isete e ainda arranja tempo para chefiar uma grande equipe (há alguns anos ele é não só o Diretor Técnico da Salton como um dos acionistas) e para fazer vinhos premiados no Brasil e fora dele.
Como me disse um enólogo chileno amigo de Lucindo há pouco tempo, Lucindo é 'el galã'!
Parabéns para Lucindo por mais esta conquista e à Salton pela cereja final do bolo dos 100 anos!
Ontem, em votação secreta, a ABE (Associação Brasileira de Enologia) elegeu Lucindo o enólogo do ano de 2010, na festa que comemora o Dia do Enólogo em Bento Gonçalves.
Lucindo Copat é formado em enologia em Mendoza e trabalhou por alguns anos na Cooperativa Aurora (onde conheceu a esposa) e depois começou na Vinícola Salton (em 1983), onde sua carreira deslanchou por conta dos desafios de trazer uma empresa familiar (naquela época já com mais de 70 anos) para a nova realidade do vinho brasileiro que começava a se desenhar.
Lucindo é pai de dois filhos, uma estudante de medicina e um 'quase formado' enólogo, além de ser uma pessoa elegante e agradável no trato.
Conhece os terroirs do mundo, sai para dançar com a esposa Isete e ainda arranja tempo para chefiar uma grande equipe (há alguns anos ele é não só o Diretor Técnico da Salton como um dos acionistas) e para fazer vinhos premiados no Brasil e fora dele.
Como me disse um enólogo chileno amigo de Lucindo há pouco tempo, Lucindo é 'el galã'!
Parabéns para Lucindo por mais esta conquista e à Salton pela cereja final do bolo dos 100 anos!
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sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Linha Yali da Ventisquero chega ao Brasil
Ontem, quinta-feira, em um agradável almoço no La Vecchia Cucina em São Paulo, foram apresentados os vinhos da linha Yali da Vinã Ventisquero do Chile, que chegam ao Brasil pela Domno, empresa do grupo Famiglia Valduga, do Vale dos Vinhedos.
A Ventisquero sempre foi uma vinícola muito simpática à mim, entre as mais de 30 que conheço no Chile, e é uma dessas combinações difíceis de explicar de gente interessante e interessada no que faz, bons produtos (muitos deles são mesmo excelentes) e agora uma linha que tem como base a preocupação com o meio ambiente e a sustentabilidade, traduzida em ações dentro e fora da cantina - nos vinhedos e seu entorno - que permitam que a empresa faça e venda bons vinhos a ainda cuide das pessoas e da paisagem. Para mim é um conceito de 'terroir integrativo' (ainda encontro tempo para falar dessa minha ideia para vocês e sei que alguns enólogos que são meus leitores já devem ter uma ideia bem formulada a respeito).
A foto abaixo é de um dos vinhedos (a Ventisquero para quem não sabe é a única da grandes vinícolas chilenas que só faz vinhos com uvas próprias) no vale de Yali, uma subregião do vale do Maipo, cujo nome significa pântano, ou região alagada, o mais importante da zona central do Chile.
A Ventisquero sempre foi uma vinícola muito simpática à mim, entre as mais de 30 que conheço no Chile, e é uma dessas combinações difíceis de explicar de gente interessante e interessada no que faz, bons produtos (muitos deles são mesmo excelentes) e agora uma linha que tem como base a preocupação com o meio ambiente e a sustentabilidade, traduzida em ações dentro e fora da cantina - nos vinhedos e seu entorno - que permitam que a empresa faça e venda bons vinhos a ainda cuide das pessoas e da paisagem. Para mim é um conceito de 'terroir integrativo' (ainda encontro tempo para falar dessa minha ideia para vocês e sei que alguns enólogos que são meus leitores já devem ter uma ideia bem formulada a respeito).
A foto abaixo é de um dos vinhedos (a Ventisquero para quem não sabe é a única da grandes vinícolas chilenas que só faz vinhos com uvas próprias) no vale de Yali, uma subregião do vale do Maipo, cujo nome significa pântano, ou região alagada, o mais importante da zona central do Chile.
No evento de ontem estavam presentes o jovem diretor da Domno, Jones Valduga, Nelsir Kuffel, o Gerente Comercial e André Valduga, Gerente de Vendas, além do Diretor da Ventisquero Juan Ignacio Zuñiga e do enólogo responsável pelo vinhos, Sergio Hormazábal (na foto à esquerda no primeiro plano, enquanto Jones Valduga está à direita).
Dois dos vinhos que provamos ontem me impresisonaram bastante, o Gran Reserva Syrah 2008 da linha Three Lagoons e o Carmenére Edição Limitada 2008, que leva 15% de Syrah em seu preparo. Combinou de forma tão impressionante com o filé com molho de especiairias orientais que comi, que pareciam ter sido feitos um para o outro.
A linha Yali tem muitos vinhos (e é vendida em mais de 20 países) e inclui varietais mais jovens e frescos, a Linha Wetland (intermediaria) e os Reservas e Gran Reserva, vinhos mais especiais e por vezes mais concentrados. Os preços também variam de R$ 33,00 a R$ 95,00 para o consumidor final, o que os coloca em um bom patamar de custo x benefício.
Por fim, tenho que mencionar que a harmonização do carpaccio de salmão com molho de manga e palmito pupunha da foto abaixo, ficou perfeita com o Sauvignon Blanc Reserva 2009 que provei.
Na foto abaixo, uma das mesas ocupadas por jornalistas, blogueiros do vinho, enófilos e diretores das empresas, no salão mais reservado do La Vecchia Cucina. Ao fundo, vestida com uma blusa coral, a assessora de imprensa da Domno, Denise Cavalcante.
Meu desejo de sucesso para mais essa parceria da Domno com a Ventisquero, duas empresas sérias, simpáticas e que sabem o que querem e trabalham muito para conseguir.
Bons goles e um excelente final de semana!
P.S.: Hoje é a festa em homenagem ao Dia do Enólogo, lá em Bento Gonçalves. Será escolhido, também, o enólogo do ano, por votação secreta e direta do membros da ABE (Associação Brasileira de Enologia). Eu já tenho minhas apostas e estou torcendo por dois nomes. Amanhã terei o prazer de anunciar quem é o vencedor.
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quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Degustar e Gostar é só começar
Todos os meses a equipe de degustadores da revista ADEGA faz uma prova de vinhos completamente às cegas.
Nesta semana foram 28 rótulos entre espumantes, rosés, tintos e vinhos de sobremesa.
Sempre temos o editor da revista para nos orientar e um sommelier para fazer todo o serviço e usamos cuspideiras, água mineral e pão. Nada mais.
Parecemos todos muito, muito sérios para as pessoas que passam ao lado da sala reservada no restaurante que nos acolhe, mas na verdade os dois homens do grupo (que aparecem na foto acima) fazem muito menos piadas e falam muito menos bobagem do que as duas mulheres.
Os vinhos não são escolhidos pelos degustadores e chegam à revista de diversas procedências: importadoras, produtores, lojas e são sempre avaliados numa escala até 100 pontos, sendo que vinhos abaixo de 70 pontos nem são levados em consideração para publicação.
Por outro lado, raramente nos deparamos com vinhos acima de 90 pontos. Não é nem uma questão de procedência ou faixa de preço, afinal não sabemos nada disso durante a degustação.
Degustar não é fácil e exige um pouco de dedicação, estudo e muita prática.
Para as mulheres, é importante ficar atento a alguns detalhes: embora nossos narizes sejam mais sensíveis aos aromas e nossa memória olfativa seja um pouco mais ampla do que a dos homens, muitos fatores podem comprometê-la, entre eles o período pré-mentrual e o costume de usar perfume. Qualquer aroma externo, seja perfume, cigarro, comida, atrapalha na hora de degustar.
Para os homens as coisas são um pouco mais simples, uma vez que é natural nos machos da espécie compartimentar, segmentar e dividir assuntos. São mais objetivos e sintéticos e isso facilita na hora de degustar muitos rótulos.
É por esses fatores que uma boa equipe de degustadores deve ter um equilíbrio de homens e mulheres e de conhecimento também, para que os preconceitos e os pré-conceitos não atrabalhem em nada.
No final das contas, degustar é para quem gosta de novidades, não para quem tem costumes arraigados e só gosta de um país, de uma uva, de um produtor. Esse não é um degustador, pode ser até um bom bebedor, mas não é um degustador.
Bons e diversificados goles!
Nesta semana foram 28 rótulos entre espumantes, rosés, tintos e vinhos de sobremesa.
Sempre temos o editor da revista para nos orientar e um sommelier para fazer todo o serviço e usamos cuspideiras, água mineral e pão. Nada mais.
Parecemos todos muito, muito sérios para as pessoas que passam ao lado da sala reservada no restaurante que nos acolhe, mas na verdade os dois homens do grupo (que aparecem na foto acima) fazem muito menos piadas e falam muito menos bobagem do que as duas mulheres.
Os vinhos não são escolhidos pelos degustadores e chegam à revista de diversas procedências: importadoras, produtores, lojas e são sempre avaliados numa escala até 100 pontos, sendo que vinhos abaixo de 70 pontos nem são levados em consideração para publicação.
Por outro lado, raramente nos deparamos com vinhos acima de 90 pontos. Não é nem uma questão de procedência ou faixa de preço, afinal não sabemos nada disso durante a degustação.
Degustar não é fácil e exige um pouco de dedicação, estudo e muita prática.
Para as mulheres, é importante ficar atento a alguns detalhes: embora nossos narizes sejam mais sensíveis aos aromas e nossa memória olfativa seja um pouco mais ampla do que a dos homens, muitos fatores podem comprometê-la, entre eles o período pré-mentrual e o costume de usar perfume. Qualquer aroma externo, seja perfume, cigarro, comida, atrapalha na hora de degustar.
Para os homens as coisas são um pouco mais simples, uma vez que é natural nos machos da espécie compartimentar, segmentar e dividir assuntos. São mais objetivos e sintéticos e isso facilita na hora de degustar muitos rótulos.
É por esses fatores que uma boa equipe de degustadores deve ter um equilíbrio de homens e mulheres e de conhecimento também, para que os preconceitos e os pré-conceitos não atrabalhem em nada.
No final das contas, degustar é para quem gosta de novidades, não para quem tem costumes arraigados e só gosta de um país, de uma uva, de um produtor. Esse não é um degustador, pode ser até um bom bebedor, mas não é um degustador.
Bons e diversificados goles!
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quarta-feira, 20 de outubro de 2010
É Brega mas É Bom!
Harmonização ideal: Moscatel espumante geladinho!
http://www.youtube.com/watch?v=gGXOhI9AYDk&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=gGXOhI9AYDk&feature=related
Esse clipe tem o poder! Me faz sorrir em qualquer situação e eu espero que essa alegria (ainda que momentânea) alcance vocês também!
Feliz 4a feira!
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
"Se é estrangeiro é bom!"
Que o vinho brasileiro carece de identidade, isso já sabemos há muito.
Já foi pior, verdade seja dita, quando nossos vinhos - a grande maioria deles - eram mesmo ruins.
Hoje, que a nossa indústria está em pé de competição com qualquer outro país, era de se esperar que a situação da 'auto-estima' do vinho brasileiro tivesse mudado.
Infelizmente não mudou.
São vários fatores que contribuem para isso, alguns ligados à própria indústria e outros aos consumidores.
Para nossa extrema tristeza nossas décadas sem democracia (que por vezes coincidiram com os períodos de crise econômica) nos deixaram um alvo fácil para tudo o que vem de fora. Consumir vinho importado nos dá um 'status' que nos foi cerceado por anos.
Não importa que sejam vinhos de qualidade inferior, ou com um preço 5 vezes maior do que no país de origem. "É importado, vem de um país com tradição, portanto é bom", pensam nossos consumidores.
Eles precisam ser educados tal qual fazemos com bebês, que acabaram de deixar a amamentação, um pouquinho de cada vez, introduzindo novidades a cada semana que passa, até que se acostumem com os novos sabores.
Acontece que são adultos. São teimosos e vaidosos. São alvo fácil da propaganda pesada, dos preços baixos favorecidos por quaisquer acordos comerciais, pela ideia (errônea) de muitos produtores nacionais de que seus vinhos devem ser caros e raros, pois senão serão considerados ruins logo de cara, pela falsa sensação de segurança de um 'selo' de controle ou de qualquer medida restritiva ao que é estrangeiro, ainda que disfarçada de protecionismo.
Perdoem-me a expressão, mas o buraco é mais embaixo.
Instituições como o Ibravin, por exemplo, fazem campanhas pesadas para mudar essa imagem pobre que o brasileiro tem de seus vinhos, mas seu alcance ainda é pequeno, ainda assim torço para que continuem atuando. E para contrabalançar utilizam um artifício dúbio, que é de divulgar maciçamente os resultados obtidos com quaisquer estrangeiros que se disponham a provar nossos vinhos.
"Se o estrangeiro disse que é bom, então deve ser mesmo", é a imagem que passam para os consumidores. Novamente nossa validação não é interna, é externa.
Que Santo de Casa não faz milagre, isso todo mundo sabe, que a imprensa pode ser comprada com muita discrição, isso pouca gente nota, vide a quantidade de bobagem eleitoreira que recebemos em nossos emails todos os dias e que se diz 'vinda de fonte independente' ou 'da única pessoa que não tem medo de dizer a verdade'. E muita gente inteligente acredita nisso.
É tanta bobagem de todos os lados, tanta propaganda enganosa, tanta pataquada marqueteira que dá vontade de só beber água e nunca mais votar em ninguém.
Outra coisa, viver na nação dos 'Gérsons' é muito chato às vezes.
Cheio de gente que faz, vende, consome e divulga mas que só quer levar vantagem em tudo. E não pelo motivo óbvio de que se faz um produto para ser vendido por que se acredita nele e para que ele gere renda para que você alimente e cuide de sua família e continue produzindo.
Não, as pessoas querem 'fortune and fame', necessitam de aprovação de seus pares para validar suas escolhas. Na verdade o que fica parecendo é que não interessa que seu produto seja bom e bem feito e que você acredite nele se o Robert Parker, a Jancis Robinson, a Decanter, o Descorchados e outros mais não disserem a mesma coisa (obviamente não desmerecendo o trabalho de nenhum desses profissionais/publicações, que tem obrigação de conhecer o que acontece no mundo do vinho seja lá onde for).
O consumidor brasileiro está errado sim, ao ter preconceitos bestas, ao se fixar a uma imagem antiga e antiquada de que nossos vinhos não prestam e só o que vem de fora é bom. Esse é um consumidor ignorante e de mente tacanha, que se importa mais com o que 'parece' do que com o que 'é'.
Ele deve receber um tratamento especial, caso de estudo do pessoal do marketing (e da psicologia também, penso eu), para saber como agir com essa resistência ou então abandoná-lo de vez e focar em outro tipo de consumidor mais aberto.
Mas nossos produtores e marqueteiros também têm sua parcela de culpa, ao viverem sempre no muro em relação aos importados. Querem ser iguais mas não querem que façamos comparações, querem que os estrageiros provem, aprovem, divulguem e comprem, mas não querem que o consumidor interno tenha a mesma capacidade/disponibilidade de discernir e de escolher. Querem que os preços dos outros baixem, mas querem que os seus continuem altos e inacessíveis, querem publicidade gratuita 'por que são os primos pobres' mas dizem que não acreditam em anúncios.
Como é possível comercializar assim?
Vinhos não fidelizam, vinhos são tão bons quanto o próximo rótulo, a próxima safra e é bobagem pensar que seja possível 'cultivar' um consumidor que só beba uma marca, de um só país. Isso não existe.
Como é possível acreditar em qualquer instituição/empresa se ela não acredita em si mesma e necessita de aprovação dos 'primos ricos', desde que eles não queiram vender vinho aqui?
Há pouco tempo um enólogo que eu tenho em alta conta me disse - e tenho testemunhas - que não entende por que o Brasil insiste em fazer vinhos, se não sabe comercializá-los. E completou dizendo que muitos produtores parecem não querer vender seus vinhos, só para poderem reclamar e se colocar como coitadinhos. Esse enólogo trabalha para uma enorme vinícola, mas para uma das que sabem vender, diga-se.
Então fica meu aviso para todos: consumidores - não sejam tacanhos e não acreditem em tudo só por causa de uma imagem estrangeira, produtores - não se rendam facilmente agora que aprenderam o caminho mais difícil que era o de fazer bons produtos e marqueteiros - não nos tratem a todos como ignorantes, vaidosos e tolos pois existem ações de marketing para cada público.
Bons e honestos goles!
Sobre a necessidade de aprovação, para aqueles que conseguem pensar 'fora da caixa':
http://www.humaniversidade.com.br/boletins/necessidade_reconhecimento.htm
Já foi pior, verdade seja dita, quando nossos vinhos - a grande maioria deles - eram mesmo ruins.
Hoje, que a nossa indústria está em pé de competição com qualquer outro país, era de se esperar que a situação da 'auto-estima' do vinho brasileiro tivesse mudado.
Infelizmente não mudou.
São vários fatores que contribuem para isso, alguns ligados à própria indústria e outros aos consumidores.
Para nossa extrema tristeza nossas décadas sem democracia (que por vezes coincidiram com os períodos de crise econômica) nos deixaram um alvo fácil para tudo o que vem de fora. Consumir vinho importado nos dá um 'status' que nos foi cerceado por anos.
Não importa que sejam vinhos de qualidade inferior, ou com um preço 5 vezes maior do que no país de origem. "É importado, vem de um país com tradição, portanto é bom", pensam nossos consumidores.
Eles precisam ser educados tal qual fazemos com bebês, que acabaram de deixar a amamentação, um pouquinho de cada vez, introduzindo novidades a cada semana que passa, até que se acostumem com os novos sabores.
Acontece que são adultos. São teimosos e vaidosos. São alvo fácil da propaganda pesada, dos preços baixos favorecidos por quaisquer acordos comerciais, pela ideia (errônea) de muitos produtores nacionais de que seus vinhos devem ser caros e raros, pois senão serão considerados ruins logo de cara, pela falsa sensação de segurança de um 'selo' de controle ou de qualquer medida restritiva ao que é estrangeiro, ainda que disfarçada de protecionismo.
Perdoem-me a expressão, mas o buraco é mais embaixo.
Instituições como o Ibravin, por exemplo, fazem campanhas pesadas para mudar essa imagem pobre que o brasileiro tem de seus vinhos, mas seu alcance ainda é pequeno, ainda assim torço para que continuem atuando. E para contrabalançar utilizam um artifício dúbio, que é de divulgar maciçamente os resultados obtidos com quaisquer estrangeiros que se disponham a provar nossos vinhos.
"Se o estrangeiro disse que é bom, então deve ser mesmo", é a imagem que passam para os consumidores. Novamente nossa validação não é interna, é externa.
Que Santo de Casa não faz milagre, isso todo mundo sabe, que a imprensa pode ser comprada com muita discrição, isso pouca gente nota, vide a quantidade de bobagem eleitoreira que recebemos em nossos emails todos os dias e que se diz 'vinda de fonte independente' ou 'da única pessoa que não tem medo de dizer a verdade'. E muita gente inteligente acredita nisso.
É tanta bobagem de todos os lados, tanta propaganda enganosa, tanta pataquada marqueteira que dá vontade de só beber água e nunca mais votar em ninguém.
Outra coisa, viver na nação dos 'Gérsons' é muito chato às vezes.
Cheio de gente que faz, vende, consome e divulga mas que só quer levar vantagem em tudo. E não pelo motivo óbvio de que se faz um produto para ser vendido por que se acredita nele e para que ele gere renda para que você alimente e cuide de sua família e continue produzindo.
Não, as pessoas querem 'fortune and fame', necessitam de aprovação de seus pares para validar suas escolhas. Na verdade o que fica parecendo é que não interessa que seu produto seja bom e bem feito e que você acredite nele se o Robert Parker, a Jancis Robinson, a Decanter, o Descorchados e outros mais não disserem a mesma coisa (obviamente não desmerecendo o trabalho de nenhum desses profissionais/publicações, que tem obrigação de conhecer o que acontece no mundo do vinho seja lá onde for).
O consumidor brasileiro está errado sim, ao ter preconceitos bestas, ao se fixar a uma imagem antiga e antiquada de que nossos vinhos não prestam e só o que vem de fora é bom. Esse é um consumidor ignorante e de mente tacanha, que se importa mais com o que 'parece' do que com o que 'é'.
Ele deve receber um tratamento especial, caso de estudo do pessoal do marketing (e da psicologia também, penso eu), para saber como agir com essa resistência ou então abandoná-lo de vez e focar em outro tipo de consumidor mais aberto.
Mas nossos produtores e marqueteiros também têm sua parcela de culpa, ao viverem sempre no muro em relação aos importados. Querem ser iguais mas não querem que façamos comparações, querem que os estrageiros provem, aprovem, divulguem e comprem, mas não querem que o consumidor interno tenha a mesma capacidade/disponibilidade de discernir e de escolher. Querem que os preços dos outros baixem, mas querem que os seus continuem altos e inacessíveis, querem publicidade gratuita 'por que são os primos pobres' mas dizem que não acreditam em anúncios.
Como é possível comercializar assim?
Vinhos não fidelizam, vinhos são tão bons quanto o próximo rótulo, a próxima safra e é bobagem pensar que seja possível 'cultivar' um consumidor que só beba uma marca, de um só país. Isso não existe.
Como é possível acreditar em qualquer instituição/empresa se ela não acredita em si mesma e necessita de aprovação dos 'primos ricos', desde que eles não queiram vender vinho aqui?
Há pouco tempo um enólogo que eu tenho em alta conta me disse - e tenho testemunhas - que não entende por que o Brasil insiste em fazer vinhos, se não sabe comercializá-los. E completou dizendo que muitos produtores parecem não querer vender seus vinhos, só para poderem reclamar e se colocar como coitadinhos. Esse enólogo trabalha para uma enorme vinícola, mas para uma das que sabem vender, diga-se.
Então fica meu aviso para todos: consumidores - não sejam tacanhos e não acreditem em tudo só por causa de uma imagem estrangeira, produtores - não se rendam facilmente agora que aprenderam o caminho mais difícil que era o de fazer bons produtos e marqueteiros - não nos tratem a todos como ignorantes, vaidosos e tolos pois existem ações de marketing para cada público.
Bons e honestos goles!
Sobre a necessidade de aprovação, para aqueles que conseguem pensar 'fora da caixa':
http://www.humaniversidade.com.br/boletins/necessidade_reconhecimento.htm
sábado, 16 de outubro de 2010
Vinho na prática!
Os alunos da turma da noite do curso de formação de Sommelier do SENAC de Águas de São Pedro tiveram a oportunidade de participar de uma aula diferente.
A aluna Patrícia é uma das proprietárias do restaurante mais gostoso e simpático de Águas de São Pedro, o Villa Tardivelli, e ofereceu aos seus colegas a oportunidade de fazererem a degustação dos dois vinhos que são provados em cada aula dentro de sua Villa, harmonizando com uma entrada e um prato quente.
Assim, aceleramos um pouco a aula normal (sobre o Chile) e deixamos a escola em direção ao restaurante.
www.villatardivelli.com.br
Nosso grupo, de 20 pessoas (foto abaixo), foi recebido com carinho e profissionalismo e assim degustamos o Sauvignon Blanc Mirador 2009 de William Cole (do vale de Casablanca) acompanhado de bruschettas com tomates frescos, manjericão, azeite extra virgem e parmesão e depois o Leyda Reserva Carmenére 2008 (do vale de Leyda) com um risotto de linguiça e vinho Carmenére.
A aluna Patrícia é uma das proprietárias do restaurante mais gostoso e simpático de Águas de São Pedro, o Villa Tardivelli, e ofereceu aos seus colegas a oportunidade de fazererem a degustação dos dois vinhos que são provados em cada aula dentro de sua Villa, harmonizando com uma entrada e um prato quente.
Assim, aceleramos um pouco a aula normal (sobre o Chile) e deixamos a escola em direção ao restaurante.
www.villatardivelli.com.br
Nosso grupo, de 20 pessoas (foto abaixo), foi recebido com carinho e profissionalismo e assim degustamos o Sauvignon Blanc Mirador 2009 de William Cole (do vale de Casablanca) acompanhado de bruschettas com tomates frescos, manjericão, azeite extra virgem e parmesão e depois o Leyda Reserva Carmenére 2008 (do vale de Leyda) com um risotto de linguiça e vinho Carmenére.
Também tomamos uma garrafa de Terranova Shiraz da Miolo (trazido pelo aluno Márcio) e uma garrafa de Casillero del Diablo Carmenére 2008.
Para os alunos, essas oportunidades de aprender sobre vinhos e sobre o trabalho do Sommelier em um ambiente real são preciosas, chegam a valer mais do que várias horas em sala de aula.
Para toda equipe do Villa Tardivelli, meu agradecimento muito especial!
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sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Excesso de Fofura
Pessoal, sei que não é o mote deste blog, mas as fotos a seguir mostram uma realidade que o Ministério da Saúde deveria considerar e aletar a população: excesso de fofura pode ser prejudicial à saúde, causando bobeira e babação!
terça-feira, 12 de outubro de 2010
On The Road Again!
Estou na estrada novamente, a caminho de Águas de São Pedro, para dar mais quatro aulas no curso de formação de Sommelier do Senac.
Sempre me ressinto de deixar minha família. A mão de meu marido que segura a minha quando vamos adormecer, a voz de meu pai e minha mãe me desejando boa viagem e pedindo que tenha cuidado no caminho, minha gata que me olha estranho toda vez que me vê fazendo a mala.
Muitas vezes quero ficar, não quero escolher roupas e sapatos, não quero pensar no que tenho que deixar pronto nem no que vai ficar por fazer.
Mas ainda assim eu saio, pois minha vida é assim. Eu escolhi assim, eu desejei e o que desejamos (não somente o que é bom, diga-se de passagem) virá ao nosso encontro.
Estou na estrada e ela me seduz mais uma vez.
Leva mais ou menos uns 100 km para que eu deixe para trás os pensamentos do que ficou - afinal para dirigir é preciso olhar para frente.
É mais ou menos assim, inicio o caminho prestando atenção nos outros carros, na velocidade (existe tanta gente agressiva que acha que tem que passar por cima do que estiver na frente, mesmo que já esteja a 120km/h), no clima, nos caminhões e em geral percebo qual vai ser a 'dinâmica' da viagem.
Depois de uns 30/40 km eu ligo o som. Essa é a parte road movie pois a trilha sonora influencia tudo, se você vai acelerar (Born to be Wild), se vai deixar passar (Om Namah Shiva Ya), se vai cantar (It's raining men, aleluiah), se vai pensar em outros caminhos (La vie en rose).
Por mais uns 50km os pensamentos vão e voltam, as músicas vão escolhendo seu espaço e eu vou me aquietando.
A estrada vai se desenrolando à minha frente e eu sigo, agora sem pensar em nada. Com a deliciosa sensação de que tudo está em seu devido lugar, mas em movimento. Que a metáfora da estrada é ser todas as metáforas, de todas as possibilidades, de todos os caminhos, de tantas propostas e nenhuma certeza, nem mesmo a de chegar.
"As casas tão verde e rosa que vão passando ao me ver passar, os dois lados da janela" dizia Caetano Veloso - embora a canção falasse sobre uma viagem de trem.
Minha estrada de hoje me traz um incrível pôr-do-sol, me mostra o movimento de quem volta do feriado para a cidade 'grande', me enche os olhos com as cores da primavera um pouco fria ainda, mas já muito colorida, me abre espaço entre tantas preocupações, problemas e deveres para que eu não pense em nada, só na estrada.
Uma vez um enólogo me disse que o vinho é só o meio do caminho entre o suco da uva e o vinagre, e eu penso que chegar é só o meio entre dois caminhos.
Aqui estou, entre caminhos, para dar aulas sobre dois temas que me fascinam, os vinhos brasileiros e os vinhos chilenos.
Já andei por muitos caminhos dos vinhos desses países, e vai ser um prazer tentar mostrar um pouco dessas rotas para os alunos.
Assim, desejo para todos bons goles e bom meio de semana!
Até a volta!
"The long and winding road, that leads to your door, will never disappear, I've seen that road before, it always leads me here, lead me to your door" Beatles
Sempre me ressinto de deixar minha família. A mão de meu marido que segura a minha quando vamos adormecer, a voz de meu pai e minha mãe me desejando boa viagem e pedindo que tenha cuidado no caminho, minha gata que me olha estranho toda vez que me vê fazendo a mala.
Muitas vezes quero ficar, não quero escolher roupas e sapatos, não quero pensar no que tenho que deixar pronto nem no que vai ficar por fazer.
Mas ainda assim eu saio, pois minha vida é assim. Eu escolhi assim, eu desejei e o que desejamos (não somente o que é bom, diga-se de passagem) virá ao nosso encontro.
Estou na estrada e ela me seduz mais uma vez.
Leva mais ou menos uns 100 km para que eu deixe para trás os pensamentos do que ficou - afinal para dirigir é preciso olhar para frente.
É mais ou menos assim, inicio o caminho prestando atenção nos outros carros, na velocidade (existe tanta gente agressiva que acha que tem que passar por cima do que estiver na frente, mesmo que já esteja a 120km/h), no clima, nos caminhões e em geral percebo qual vai ser a 'dinâmica' da viagem.
Depois de uns 30/40 km eu ligo o som. Essa é a parte road movie pois a trilha sonora influencia tudo, se você vai acelerar (Born to be Wild), se vai deixar passar (Om Namah Shiva Ya), se vai cantar (It's raining men, aleluiah), se vai pensar em outros caminhos (La vie en rose).
Por mais uns 50km os pensamentos vão e voltam, as músicas vão escolhendo seu espaço e eu vou me aquietando.
A estrada vai se desenrolando à minha frente e eu sigo, agora sem pensar em nada. Com a deliciosa sensação de que tudo está em seu devido lugar, mas em movimento. Que a metáfora da estrada é ser todas as metáforas, de todas as possibilidades, de todos os caminhos, de tantas propostas e nenhuma certeza, nem mesmo a de chegar.
"As casas tão verde e rosa que vão passando ao me ver passar, os dois lados da janela" dizia Caetano Veloso - embora a canção falasse sobre uma viagem de trem.
Minha estrada de hoje me traz um incrível pôr-do-sol, me mostra o movimento de quem volta do feriado para a cidade 'grande', me enche os olhos com as cores da primavera um pouco fria ainda, mas já muito colorida, me abre espaço entre tantas preocupações, problemas e deveres para que eu não pense em nada, só na estrada.
Uma vez um enólogo me disse que o vinho é só o meio do caminho entre o suco da uva e o vinagre, e eu penso que chegar é só o meio entre dois caminhos.
Aqui estou, entre caminhos, para dar aulas sobre dois temas que me fascinam, os vinhos brasileiros e os vinhos chilenos.
Já andei por muitos caminhos dos vinhos desses países, e vai ser um prazer tentar mostrar um pouco dessas rotas para os alunos.
Assim, desejo para todos bons goles e bom meio de semana!
Até a volta!
"The long and winding road, that leads to your door, will never disappear, I've seen that road before, it always leads me here, lead me to your door" Beatles
sábado, 9 de outubro de 2010
Mais Pinto Bandeira!
Na foto abaixo, feita por Evandro Soares, estão os enólogos e/ou proprietários das vinícolas que receberam o selo da Indicação de Procedência do INPI na cerimônia da última 5a feira.
Da esquerda para direita: Carlos Abarzua - vinÍcola Geisse, Marco Antonio Salton - vinicola Valmarino, João Strapazzon- Cooperativa Vinicola Pompéia, Além Guerra-Cooperativa Vinicola Aurora, Luciano Vian e Ayrton Luiz Giovannini-Vinicola Don Giovanni, Vito Fornasier - Vinicola Terraças .
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Pinto Bandeira agora é IP (Indicação de Procedência)
Ontem, dia 7 de outubro, foi entregue em Pinto Bandeira, um dos distritos de Bento Gonçalves (RS), o selo definitivo da segunda Indicação de Procedência brasileira, em uma cerimônia que reuniu proprietários das vinícolas participantes e a diretoria da Asprovinho (Associação dos Produtores de Vinho de Pinto Bandeira).
A notícia é importante para todo o setor, pois coloca regras e define padrões de qualidade para todas as vinícolas que se submeteram ao longo processo de validação da certificação de origem, modificando sua tecnologia e garantindo que os produtos que recebem o selo estão seguindo normas rígidas.
Boa parte desses processos foram intermediados e definidos pela Embrapa, na pessoa do Dr. Jorge Tonietto, engenheiro agrônomo que vem dedicando sua carreira ao estudo e à operacionalização das indicações de procedência (IP) e denominações de origem (DO) brasileiras.
Na foto ao lado está uma taça do espumante Chardonnay da Vinícola Aurora, uma das participantes do projeto que tem seu Centro de Tecnologia (onde a foto foi feita) e uma boa parte de seus cooperados na região de Pinto Bandeira. Com a nova IP a Aurora vai tirar do papel os planos de construir por lá sua cave para espumantes do método Champenoise.
É lá também que estão outros importantes produtores de espumantes muito diferenciados. Os principais são a Don Giovanni (que tem uma charmosa pousada), cujo enólogo chefe é o atual presidente da Asprovinho, Luciano Vian, a Vinícola Geisse, do premiado enólogo chileno Mario Geisse, onde trabalha o competente enólogo Carlos Abarzúa e a vinícola Valmarino, do enólogo Marco Antonio Salton (cujos vinhos da cepa Cabernet Franc estão entre os melhores que já provei entre os brasileiros).
O terroir de Pinto Bandeira (o distrito está pleiteando sua independência da cidade de Bento), tem uma geografia um pouco diferenciada do restante da região (foto ao lado), com altitudes médias maiores e terrenos mais antigos - basálticos e vulcânicos, além de um clima um pouco mais fresco, que faz com que a colheita seja ligeiramente mais tardia do que no Vale dos Vinhedos, por exemplo.
A Indicação de Procedência favorece os produtores e seus vinhos, valorizando a marca e trazendo mais atenção à uma região que é linda e pouco explorada pelo turismo local.
Parabéns à Asprovinho, à Embrapa e ao vinho brasileiro como um todo, por essa importante conquista!
A notícia é importante para todo o setor, pois coloca regras e define padrões de qualidade para todas as vinícolas que se submeteram ao longo processo de validação da certificação de origem, modificando sua tecnologia e garantindo que os produtos que recebem o selo estão seguindo normas rígidas.
Boa parte desses processos foram intermediados e definidos pela Embrapa, na pessoa do Dr. Jorge Tonietto, engenheiro agrônomo que vem dedicando sua carreira ao estudo e à operacionalização das indicações de procedência (IP) e denominações de origem (DO) brasileiras.
Na foto ao lado está uma taça do espumante Chardonnay da Vinícola Aurora, uma das participantes do projeto que tem seu Centro de Tecnologia (onde a foto foi feita) e uma boa parte de seus cooperados na região de Pinto Bandeira. Com a nova IP a Aurora vai tirar do papel os planos de construir por lá sua cave para espumantes do método Champenoise.
É lá também que estão outros importantes produtores de espumantes muito diferenciados. Os principais são a Don Giovanni (que tem uma charmosa pousada), cujo enólogo chefe é o atual presidente da Asprovinho, Luciano Vian, a Vinícola Geisse, do premiado enólogo chileno Mario Geisse, onde trabalha o competente enólogo Carlos Abarzúa e a vinícola Valmarino, do enólogo Marco Antonio Salton (cujos vinhos da cepa Cabernet Franc estão entre os melhores que já provei entre os brasileiros).
O terroir de Pinto Bandeira (o distrito está pleiteando sua independência da cidade de Bento), tem uma geografia um pouco diferenciada do restante da região (foto ao lado), com altitudes médias maiores e terrenos mais antigos - basálticos e vulcânicos, além de um clima um pouco mais fresco, que faz com que a colheita seja ligeiramente mais tardia do que no Vale dos Vinhedos, por exemplo.
A Indicação de Procedência favorece os produtores e seus vinhos, valorizando a marca e trazendo mais atenção à uma região que é linda e pouco explorada pelo turismo local.
Parabéns à Asprovinho, à Embrapa e ao vinho brasileiro como um todo, por essa importante conquista!
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quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Empanadas e Vinho para alegrar esta quinta feira!
Sabe aquela vontade de fazer alguma coisa diferente para o jantar?
Resolvi dar uma dica hoje, claro que acompanhando de um bom vinho!
Recebi da assessoria de imprensa 'Em Pauta Comunicação', que tem a conta do restaurante La Cabaña, que fica no bairro de Moema, na capital, a receita que segue abaixo, segundo eles um dos itens mais pedidos do cardápio, depois das carnes, claro!
Na melhor tradição argentina, segue a receita do chef Oliveira do La Cabaña para 16 unidades de Empanadas.
Ingredientes para a massa:
¨ 2½ xícara de farinha de trigo;
¨ ¼ xícara de manteiga;
¨ l colher de chá de sal;
¨ ½ xícara de água morna;
¨ 1 gema para pincelar
Modo de preparo: Numa vasilha, misture com as pontas dos dedos a farinha, a manteiga e o sal, até formar uma farofa. Faça uma depressão no centro e acrescente a água. Misture até formar uma massa, e trabalhe-a sobre uma superfície até ficar lisa. Embrulhe com papel alumínio e deixe descansar por dez minutos. Abra a massa sobre uma superfície polvilhada com farinha de trigo numa espessura fina. Deixe secar mais ou menos dez minutos.
Ingredientes para o Recheio:
¨ 3 cebolas médias picadas;
¨ 5 colheres de sopa de manteiga;
¨ 1 kg de carne moída;
¨ Sal a gosto;
¨ ¼ colher de chá de pimenta calabresa;
¨ 4 cebolinhas verdes picadas;
¨ 2 colheres de salsa picada;
¨ l colher de chá de orégano;
¨ 2 ovos cozidos picados;
¨ 16 azeitonas verdes sem caroço;
¨ ½ xícara de passas pretas sem caroço
Modo de preparo: Numa panela, frite as cebolas na manteiga, em fogo baixo, até ficarem bem macias e começarem a dourar. Mexa de vez em quando. Junte a carne, o sal e a pimenta e aumente o fogo. Cozinhe, misturando e amassando a carne com um garfo até ficar bem solta. Acrescente as cebolinhas, a salsa e o orégano, e cozinhe até a carne ficar bem macia. Retire do fogo e deixe esfriar. Os ingredientes restantes (ovos, azeitonas e passas) serão usados na montagem.
MONTAGEM
Recorte círculos de 14 cm de diâmetro. Coloque uma colher e meia de sopa de recheio de carne na metade do círculo. Acrescente um pouco de ovos picados, uma azeitona e quatro passas em cada uma. Molhe as beiradas com água e dobre o círculo da massa ao meio, como um pastel. Curve as extremidades para formar uma meia-lua. Dobre a ponta de uma extremidade para cima. Dobre um outro pedacinho da beirada sobre a primeira dobra. Continue repetindo as dobras, apertando bem para criar uma corda ao longo do arco da empanada. Pincele com a gema batida. Leve ao forno pré-aquecido a 250° por 15 minutos ou até dourar.
www.lacabanaparrilla.com.br
Endereço: Avenida Moema, 218 – esquina com Alameda Maracatins.
Reservas e informações : 5052-7612
Depois dessa deliciosa receita, só falta abrir uma boa garrafa de Malbec, fazer uma salada de frutas de sobremesa para aliviar o peso da massa e da carne, e você tem um jantar diferente e delicioso, para fazer desta uma 5a feira muito especial!
Bom apetite e bons goles!
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quarta-feira, 6 de outubro de 2010
ICE WINE PERICÓ - SC
Aqui está, a nova preciosidade de mercado nacional de vinhos.
O Icewine da Vinícola Pericó teve seu pré-lançamento ontem à noite em São Paulo (o lançamento oficial ocorrerá em Santa Catarina no domingo, dia 10.10.2010 às 10h10).
Para os curiosos, segue logo o preço sugerido: R$ 189,00 para o consumidor final.
Para os não tão afoitos, são 200 ml de dulçor e acidez muito bem casadas, em um vinho especial e elegante.
O dono da vinícola Pericó, Wandér Weege, entregou a primeira garrafa do vinho com uma deliciosa declaração de amor à sua esposa Laurita (na foto acima). Os dois estão casados há 33 anos e é possível ver neles que o amor está vivo e doce, como o raro vinho que lançaram.
O Icewine da Vinícola Pericó teve seu pré-lançamento ontem à noite em São Paulo (o lançamento oficial ocorrerá em Santa Catarina no domingo, dia 10.10.2010 às 10h10).
Para os curiosos, segue logo o preço sugerido: R$ 189,00 para o consumidor final.
Para os não tão afoitos, são 200 ml de dulçor e acidez muito bem casadas, em um vinho especial e elegante.
O dono da vinícola Pericó, Wandér Weege, entregou a primeira garrafa do vinho com uma deliciosa declaração de amor à sua esposa Laurita (na foto acima). Os dois estão casados há 33 anos e é possível ver neles que o amor está vivo e doce, como o raro vinho que lançaram.
Corrigindo a informação do post de ontem, o portfolio da Pericó já tem cinco espumantes (um deles um diferenciado Champenoise que provei na festa), dois brancos que estão chegando devagar ao mercado (Chardonnay e Sauvignon Blanc) e um tinto que está sendo lançado agora, que é um varietal da casta Pinot Noir, que também parece gostar do frio e da altitude de São Joaquim.
No evento falaram, além de Wandér Weege, o enólogo Jefferson Sancineto Nunes, que se disse mais feliz com o resultado final do vinho do que esperava, e o sommelier e jornalista italiano Roberto Rabachino, que foi o 'autor' da ideia de um vinho do gelo brasileiro.
Jefferson criou, especialmente para a festa de ontem, uma sobremesa com peras cozidas no Icewine, um pouco de creme e um leve massa (veja a foto abaixo) e o casamento foi perfeito. Foram servidas duas porções, para um tira-teima de verdade.
Perceberam os detalhes na foto acima? Ao chegarmos havia em cada cadeira uma prancheta de acrílico com uma ficha de degustação e uma pequena caneta dourada. Ela servia também como apoio para a taça e para o prato. Mas no prato foi colocada uma peça de silicone criada por Wandér Weege especialmente para segurar as taças durante um coquetel, quando ficamos sem mão livre para comer e cumprimentar as pessoas. Genial não?
Na foto abaixo estão (da esq. para a dir.) Christian Burgos, Wandér Weege, Régis Ghelen (ao fundo) e Adolar Hermann, trocando ideias (provavelmente empresariais, já que essa é a 'praia' de todos eles), momentos após o lançamento.
O local do evento foi o restaurante Praça São Lourenço, que contou com o excelente serviço dos sommeliers Ney, Roberto e Wellington (na foto de blazer preto com o prof. Rabachino ao fundo), além da atenciosa equipe de garçons, que serviram os espumantes, o Icewine e os aperitivos do coquetel.
A foto abaixo (ruim, admito...) mostra um trio raro, de jornalistas 'de verdade' que dedicam uma boa parte de seu tempo aos vinhos nacionais. Marcos Pivetta, Celso Masson e - chegado especialmente do RS - Maurício Rolloff, brindando com o espumante Pericó.
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terça-feira, 5 de outubro de 2010
Ice..Ice..Wine...
Vem de uma parcela desses parreirais acima, as uvas Cabernet Sauvignon do primeiro Icewine brasileiro, que será lançado hoje em São Paulo, às 20h pela Vinícola Pericó.
Essa montanha que fica muito (mas muito) fria no começo do outono, está localizada no município de São Joaquim, em Santa Catarina, a mais de 1300 metros acima do nível do mar. O proprietário é o empresário catarinense Wandér Weege (foto abaixo), que buscou o enólogo gaúcho Jefferson Sancineto Nunes em seu laboratório de Flores da Cunha (o Enolab) para fazer seus vinhos.
Atualmente o portfolio da empresa é composto de um vinho rosé, o Taipa e por quatro espumantes, dois brut (branco e rosé) e dois demi-sec (branco e rosé). Mas neste ano, além do lançamento do especialíssimo Icewine hoje, ainda está previsto o lançamento do primeiro tinto da vinícola.
O coquetel de lançamento hoje deve ter muitas surpresas, entre elas a taça especialmente feita para o vinho pela Cristallerie Strauss (que eu já mostrei aqui no blog) e pratos criados pelo enólogo em parceria com os profissionais da Escola de Gastronomia ICIF de Flores da Cunha, para harmonizar com o vinho, entre outras coisas que contarei amanhã para vocês.
Para quem não sabe, os Icewines são vinhos muito especiais e raros. São classificados como Vinhos Doces Naturais e só são feitos nos anos em que a temperatura cai a uns 6 graus negativos, congelando os grãos super maduros que resistiram no parreiral sem apodrecer durante o verão e começo de outono.
Os países mais conhecidos por esses vinhos são o Canadá, a Alemanha, a Áustria e a Suiça (Eiswein). São vinhos caros, de intensidade profunda e sabor único.
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domingo, 3 de outubro de 2010
Uma festa de Uvas!
A mulher brasileira é linda. Não há novidade nisso.
Tenho idade suficiente para lembrar de um tempo em que, quando um homem queria dizer que uma mulher era muito bonita, dizia que ela era uma uva.
Alguém mais se lembra disso?
Aparentemente no Rio Grande do Sul eles nunca esqueceram, pois cada festa (e eles são festeiros como os baianos - como eu já disse aqui) tem as suas soberanas (Rainha, Princesas, Imperatriz) e elas são eleitas - como não poderia deixar de ser - em grandes festas, feito concurso de Miss, mas com mais roupa.
Essas moças passam o tempo que dura seus 'mandatos' promovendo a festa que representam, participando de eventos culturais, recebendo convidados e, por que não, enfeitando as festas.
A primeira vez que conheci um desses grupos foi no Concurso do Espumante em 2007. Eu as achei tão lindas e tão simpáticas que pedi para tirarem uma foto minha com elas (abaixo).
Tenho idade suficiente para lembrar de um tempo em que, quando um homem queria dizer que uma mulher era muito bonita, dizia que ela era uma uva.
Alguém mais se lembra disso?
Aparentemente no Rio Grande do Sul eles nunca esqueceram, pois cada festa (e eles são festeiros como os baianos - como eu já disse aqui) tem as suas soberanas (Rainha, Princesas, Imperatriz) e elas são eleitas - como não poderia deixar de ser - em grandes festas, feito concurso de Miss, mas com mais roupa.
Essas moças passam o tempo que dura seus 'mandatos' promovendo a festa que representam, participando de eventos culturais, recebendo convidados e, por que não, enfeitando as festas.
A primeira vez que conheci um desses grupos foi no Concurso do Espumante em 2007. Eu as achei tão lindas e tão simpáticas que pedi para tirarem uma foto minha com elas (abaixo).
Dois anos depois fiz a foto do jovem enólogo Felipe Abarzúa com as soberanas do Concurso do Espumante 2009 (abaixo).
Resolvi dividir essa história com vocês pois existe uma coisa que muitos de nós aqui de SP tendemos a achar 'cafona', que são as festas tradicionais, feitas como se deve, com decoração, música típica, comidas e gente bonita e vestida a caráter.
Basta a gente pensar em como não existem mais festas juninas de verdade em SP. Hoje são festas com música eletrônica, pastel e coquetéis vagabundos. Nada mais de música caipira (não sertaneja!), quitutes de milho e quentão. Disso só sobrou uma barraquinha lá no canto.
Não sou e nem estou saudosista, mas sinto que quando abandonamos completamente todas as tradições, nos afastamos de algumas coisas que nos mantêm unidos 'enquanto' grupamento social. E para que consigamos pertencer a um novo e indefinido grupo social, rejeitamos o que nos era familiar como sendo cafona.
Eleição de rainha de festa da uva em SP com certeza seria baixaria hoje. Mas no sul do país não é.
Vejam a foto do Gilmar Gomes das soberanas da Fenavinho 2009 amassando uvas na entrada da festa.
E, por fim, vejam a torcida (quase 4 mil pessoas) e o grupo de jurados (inclusive meu querido Danilo Ucha na ponta esquerda da foto), na eleição da última semana, das soberanas da Fenavindima 2011 de Flores da Cunha. As fotos são de Airton Nery.
Eram 13 candidatas, inscritas por representarem uma associação, comunidade ou clube. As vencedoras ficarão em seus postos por 4 anos e são (na foto abaixo): A rainha Elisa Giani Toigo, de 18 anos, do Grêmio Esportivo Independente e do Clube Recreativo Cruzeiro (no meio) e as princesas (à esquerda) Ariane Schiavenin, de 18 anos da Apromontes (Ass. dos Vinhos dos Altos Montes) e à direira Duana Nesello, de 20 anos do CTG Galpão Serrano.
O vinho, mais do que um produto comercial, precisa ser um fator de reconhecimento e integração cultural, e trazer em cada taça um pouco das tradições e costumes da região onde é produzido. Assim, todas as manifestações à sua volta tornam-se legitimadoras e validantes.
E agora com um pouco menos de seriedade: elas são lindas não? E que mulher não tem vontade de ser princesa por um dia, quanto mais por um ano e com direito a coroa e tudo?
Com as bençãos de Baco!
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sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Homens na Cozinha!
Ai ai...
Ligo a TV agora para parar de pensar um pouco em vinhos e em outros problemas 'de foro íntimo' e me deparo com um programa do canal Fox Life da TVA sobre o qual já quis falar aqui, mas não tive coragem até agora pois sei que vai dar 'encrenca' em casa...
http://www.bemsimples.com/br/televisao/programas/homens-gourmet/index.html
Sempre que eu viajava para o Chile ou para a Argentina me perguntava o por quê do Brasil não ter um canal gourmet como esses dois países têm. Nunca me fez sentido que todos os programas interessantes de gastronomia (à exceção do 'Mesa para Dois') fossem estrangeiros, e que nós fôssemos submetidos às senhorinhas da tarde que fazem torta de liquidificador e sobremesas mergulhadas em leite condensado ao menos uma vez por semana.
A FOX trouxe uma parte dessa programação latina no segmento 'Bem Simples' e completou com dois blocos feitos aqui no Brasil. Um deles é o delicioso Homens Gourmet, que estreou em maio deste ano.
Delicioso em vários aspectos, diga-se de passagem, que minhas colegas da Confraria Clint Eastwood de Vinhos vão entender bem e que vai me custar muita explicação, um bom risotto, um vinho especial e sei lá o que mais para me explicar aqui em casa.
Meu marido não cozinha e isso nunca foi um problema, pois tenho um enorme prazer em cozinhar para ele, que há mais de uma década finge gostar de tudo o que eu faço.
Mas confesso que é muito interessante ver um homem que sabe se virar bem na cozinha. Sou fã confessa dos televisivos Anthony Bourdain (que há muito deixou de sujar as mãos na cozinha), do rapazola Jaime Oliver, do mal-humorado Gordon Ramsey e do sumido espanhol Karlos Arguiñano.
Adoro vê-los cortando, refogando, explicado as coisas com aquela técnica e critério que tantos homens usam de maneira muito informal e que por isso mesmo parece ainda mais sedutora.
Os quatro homens do programa da FOX são muito diferentes entre si e assim o programa fica interessante (e sim para as curiosas, são diferentes tipos de beleza, pois há que existir comida para todos os paladares, certo?). Em contraponto há uma mulher para coordená-los(!!!???!!!), sabe-se lá por quê.
Eles contam pequenas histórias, preparam os pratos e depois provam tudo. E o melhor, há SEMPRE uma taça de vinho sobre a mesa, embora os vinhos não sejam explicados nem apresentados. Mas isso já difere do restante dos programas no Brasil, que parecem fingir que tudo combina com refrigerante, suco de laranja e cerveja, esses ao menos 'mostram' uma taça de vinho.
Na Argentina e no Chile o Canal Gourmet.com, cujo lema é "Amante do Bem Viver" tem em sua grade alguns programas de vinhos e de outras bebidas.
Sei que nós brasileiros somos falsamente moralistas e temos um problema de saúde pública com o alcoolismo (principalmente ligado à pobreza cultural e material), mas acho que já está na hora de algum canal de tv (creio que tem que ser a cabo) dar atenção para isso e colocar um bom e despretensioso programa sobre bebidas em geral.
Fica a sugestão para as leitoras que também gostam de homens na cozinha e o desejo de um bom final de semana!
Ah! Sejam conscientes no próximo domingo. Ninguém faz milagres, mas um monte de gente faz bobagem e à custa do nosso voto, que é MUITO sério.
Ligo a TV agora para parar de pensar um pouco em vinhos e em outros problemas 'de foro íntimo' e me deparo com um programa do canal Fox Life da TVA sobre o qual já quis falar aqui, mas não tive coragem até agora pois sei que vai dar 'encrenca' em casa...
http://www.bemsimples.com/br/televisao/programas/homens-gourmet/index.html
Sempre que eu viajava para o Chile ou para a Argentina me perguntava o por quê do Brasil não ter um canal gourmet como esses dois países têm. Nunca me fez sentido que todos os programas interessantes de gastronomia (à exceção do 'Mesa para Dois') fossem estrangeiros, e que nós fôssemos submetidos às senhorinhas da tarde que fazem torta de liquidificador e sobremesas mergulhadas em leite condensado ao menos uma vez por semana.
A FOX trouxe uma parte dessa programação latina no segmento 'Bem Simples' e completou com dois blocos feitos aqui no Brasil. Um deles é o delicioso Homens Gourmet, que estreou em maio deste ano.
Delicioso em vários aspectos, diga-se de passagem, que minhas colegas da Confraria Clint Eastwood de Vinhos vão entender bem e que vai me custar muita explicação, um bom risotto, um vinho especial e sei lá o que mais para me explicar aqui em casa.
Meu marido não cozinha e isso nunca foi um problema, pois tenho um enorme prazer em cozinhar para ele, que há mais de uma década finge gostar de tudo o que eu faço.
Mas confesso que é muito interessante ver um homem que sabe se virar bem na cozinha. Sou fã confessa dos televisivos Anthony Bourdain (que há muito deixou de sujar as mãos na cozinha), do rapazola Jaime Oliver, do mal-humorado Gordon Ramsey e do sumido espanhol Karlos Arguiñano.
Adoro vê-los cortando, refogando, explicado as coisas com aquela técnica e critério que tantos homens usam de maneira muito informal e que por isso mesmo parece ainda mais sedutora.
Os quatro homens do programa da FOX são muito diferentes entre si e assim o programa fica interessante (e sim para as curiosas, são diferentes tipos de beleza, pois há que existir comida para todos os paladares, certo?). Em contraponto há uma mulher para coordená-los(!!!???!!!), sabe-se lá por quê.
Eles contam pequenas histórias, preparam os pratos e depois provam tudo. E o melhor, há SEMPRE uma taça de vinho sobre a mesa, embora os vinhos não sejam explicados nem apresentados. Mas isso já difere do restante dos programas no Brasil, que parecem fingir que tudo combina com refrigerante, suco de laranja e cerveja, esses ao menos 'mostram' uma taça de vinho.
Na Argentina e no Chile o Canal Gourmet.com, cujo lema é "Amante do Bem Viver" tem em sua grade alguns programas de vinhos e de outras bebidas.
Sei que nós brasileiros somos falsamente moralistas e temos um problema de saúde pública com o alcoolismo (principalmente ligado à pobreza cultural e material), mas acho que já está na hora de algum canal de tv (creio que tem que ser a cabo) dar atenção para isso e colocar um bom e despretensioso programa sobre bebidas em geral.
Fica a sugestão para as leitoras que também gostam de homens na cozinha e o desejo de um bom final de semana!
Ah! Sejam conscientes no próximo domingo. Ninguém faz milagres, mas um monte de gente faz bobagem e à custa do nosso voto, que é MUITO sério.
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