Colheita 2016

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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Abrindo Cancha desde o Pampa

Adoro novidades, principalmente em se tratando de vinhos brasileiros e tenho ficado impressionada nos últimos tempos com o que tenho provado vindo dos confins da Campanha Gaúcha.
Durante a Expovinis provei dois tintos muito bem empaquetados. Um vindo de Itaqui (praticamente na fronteira com a Argentina, entre Uruguaiana e São Borja) e outro de Dom Pedrito (fronteira com o Uruguai) - isso sem contar as novidades que a Miolo já está fazendo na Almadén.
Claro que essas vinícolas jovens, como muitos novos vinhos brasileiros, nascem muito mais das mãos de empresários enófilos do que de famílias tradicionais. E chegaram dando panca.
De Itaqui provei vinhos da vinícola Campos de Cima, de Hortência e José Ayub, um Viognier muito agradável e delicado e um tinto, da uva Ruby Cabernet - uma cepa indicada pelo pesquisador da Embrapa, Dr. Celito Guerra, especialmente para essa região onde as temperaturas são bastante extremas. O tinto me agradou muito e quero prová-lo com mais calma, pois acho que vem coisa boa por aí.
Da cidade de Dom Pedrito provei o Cabernet Sauvignon Premium da vinícola Rastros do Pampa (foto). Gostei tanto que fiz o produtor me vender duas garrafas no ato que, no entanto, já foram degustadas.
Por lá estão trabalhando a jovem agrônoma Gabriella H. Pötter ao lado do enólogo Raul Ben. Eles também têm consultoria da Embrapa, através do pesquisador Mauro Zanus.
A produção vitivinícola é a mais nova atividade da Estância Guatambu, dona da marca Rastros do Pampa, importante na agropecuária não só da região, mas também do Brasil.
O que me chama a atenção nessas duas famílias que conheci (Gabriela é filha de Valter e Nara Pötter, um lindo casal que deixou tudo para vir a SP servir seus vinhos e explicá-los para os curiosos na Expovinis), é a entrega, a dedicação.
É óbvio que tudo é feito com o profissionalismo que caracteriza empresários bem sucedidos, mas nada senão a paixão e a crença em um produto faz com que as pessoas tenham o sorriso no rosto enquanto servem vinhos para desconhecidos.
Espero sinceramente que esses vinhos cheguem a São Paulo, pois farão bonito ao lado dos colegas de Santa Catarina, do nordeste e mesmo próximos de seus vizinhos sulistas.
Também vai ser maravilhoso ver o enoturismo crescer por lá, uma região com muito potencial e bastante tradição para mostrar.
Oigalê e bons goles!

P.S.: Para quem estranhou o vocabulário, sugiro uma visita aos muito sites que 'desvendam' o palavreado gauchesco. E para quem quer saber mais sobre as vinícolas das quais falei, segue o site de ambas:
www.camposdecima.com.br e www.estanciaguatambu.com.br

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