Colheita 2016

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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Você tem fome de que?

São Paulo é conhecida como a capital gastronômica do país e muita gente afirma que é, também, uma das mais importantes do mundo.
Eu concordo e discordo. Concordo pois temos diversidade, qualidade, técnica e produtos frescos nacionais e importados. Discordo pois entendo que nas grandes capitais mundiais da gastronomia o acesso à essa mesma diversidade e qualidade é bem mais barato do que aqui. Qualidade não precisa, necessariamente custar caro. Bom serviço não precisa custar caro, boa comida em um ambiente limpo, agradável e simpático não tem, necessariamente, que ser paga em vezes no cartão de crédito.
E São Paulo, bem, São Paulo está (gastronomicamente ou não) entre as cidades mais caras do mundo.
Por isso, comer realmente bem em SP é um desafio para quem não é rico.
Mas resolvi colocar essa postagem para falar de algumas combinações que tenho degustado nos últimos tempos.

Não sei se já falei aqui, mas o melhor gnocchi que existe para mim é o que minha mãe faz (felizmente na semana passada comi o de uma xará minha que também é muito bom!) e eu prefiro com uma simples manteiga/azeite de sálvia, pimenta branca moída na hora e sal marinho do que com o molho de tomates que é feito para meu pai. Para harmonizar abri minha última garrafa de Chardonnay Gran Reserva Valduga 2008, um dos poucos vinhos brancos nacionais que estão na classe dos 'excelentes' e de uma safra até agora imbatível. Dourado e no auge de sua evolução, fez uma dessas harmonizações de comer ajoelhado, agradecendo pelo momento!

Comendo fora de casa, estive com minha amiga Juliana no restaurante Cosí (no bairro antigo de Santa Cecília) e provei o caneloni recheado de carne de pato com molho agridoce de beterraba, um dos pratos mais pedidos da casa. Ele foi acompanhado por um Cabernet Sauvignon Província de São Pedro Lote 1, da Campanha Gaúcha, que não fez feio!


Tive que deixar o vinho de lado e escolher uma cerveja pilsen básica para acompanhar o sanduíche de pernil com vinagrete do Bar Estadão, um dos mais tradicionais de São Paulo. Não sou expert em cervejas, mas pelo que sei, alí uma cerveja escura, mais amarga iria cair tão bem que a tentação seria não parar de comer e de beber. Mas o que tinha por lá era pilsen ou malzbier.
Mesmo depois de décadas o sanduíche continua impecável. Um dos donos me disse que durante a semana são consumidos em média 20 pernis (e cada um é suficiente para 40 sanduíches) e nos finais de semana esse número dobra. Vale ir até o centro da cidade para isso!


Não resisti a fazer uma foto da bela apresentação dos cafés expressos da Casa Santa Luzia, na quinzena que eu estive lá, era um blend escolhido pela barista Renata Raposeiras, umas das mais importantes do Brasil. O café custa R$2,70 e vem com um cálice de água com gás e um cubinho de brownie. Coisas simpáticas para serem copiadas (o café, a propósito, estava perfeito).

Por fim, a mesa posta para o jantar das Bodas de Cristal, celebradas com Champagne Perriér Jouet, à luz de velas, com salada com vinagrete de morangos e mil folhas de cogumelos e aspargos e como prato principal, ravioles recheados de brie, alho poró e amêndoas com molho cremoso de ameixas amarelas, damasco e limão siciliano.


Porque a vida já é muito complicada para que a gente coma mal e beba mal ainda por cima.
Bons brindes!

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