Colheita 2016

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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Confraria dos Sommeliers

Neste ano recebi um convite muito especial, para integrar a 'Confraria dos Sommeliers', um grupo de enófilos muito diferenciado, do qual fazem parte profissionais que estão efetivamente na prática do serviço de vinhos, da pesquisa e do consumo e também algumas pessoas de profundo saber, pelas quais tenho enorme respeito.
Assim, ser convidada para integrar esse grupo é um motivo de muito orgulho para mim.
Minha primeira degustação 'oficial' não foi uma degustação padrão da confraria, mas foi uma ocasião diferenciada.
Na sala de degustação da loja da importadora Casa do Porto (nos jardins em SP)  a confraria recebeu a Vinícola Geisse (sobre a qual já falei nesta semana).
 Carlos Abarzúa apresentou a empresa e a proposta dessa degustação muito diferenciada: selecionar, entre quatro amostras da safra de 2010, a de melhor paladar de acordo com a quantidade de licor de expedição de cada uma delas.
 Vou explicar melhor: o final da produção de um espumante feito pelo método tradicional (ou Champenoise) é o momento no qual é retirado o sedimento com as leveduras mortas e colocado um licor de expedição. Esse licor é o que vai dar ao espumante a quantidade de açúcar residual. Pela nossa legislação um espumante brut pode ter até 15 gramas de açúcar residual por litro.
Uma comparação fácil é pensar em três saquinhos de açúcar - daqueles que acompanham os cafezinhos) diluídos em um litro de água.
 Pois bem, o que fez a Geisse? Pegou algumas garrafas de seu espumante que está selecionado para ser o Brut da empresa (o vinho mais vendido deles) e colocou quatro diferentes quantidades de licor de expedição (6, 8, 10 e 12 gramas por litro). Fomos servidos de cada um deles sem saber qual taça era qual e tivemos que preencher uma ficha dizendo qual amostra nos parecia mais equilibrada em termos de acidez e açúcar. Entre os 15 degustadores presentes, oito deles escolheram a amostra B, que tinha apenas 6 gramas de açúcar residual (a menos de todos eles, e até mesmo menor do que a safra 2009 que está no mercado).
 Esse resultado está sendo computado junto dos resultados de mais de 400 degustadores em várias capitais brasileiras, e quando finalizado determinará qual o licor de expedição que a vinícola utilizará em sua nova safra. As degustações ao redor do Brasil são realizadas em Confrarias e Associações especialmente selecionadas por serem representativas da amostra de população que a vinícola abrange com seus produtos.
Na foto acima o enólogo Carlo Abarzúa está ao lado do presidente da Confraria dos Sommeliers, André Cavalcante, responsável pela carta de vinhos do grupo de restaurantes Ráscal. A carta mais premiada em termos de preço x qualidade da cidade de São Paulo.
E, na última terça feira, estive na degustação mensal da Confraria, qua acontece no espaço da Miolo, em São Paulo.
Desta vez foram provadas seis amostras de vinhos rosés da Provence, conforme aparece na foto abaixo, da esquerda para a direita na ordem da nota mais alta.
São atribuidas notas de acordo com uma planilha e essas notas formam uma média aritmética. O confrade Didú Russo divulga os resultados em seu blog (que vocês podem acessar aqui ao lado) e também mensalmente em sua coluna na revista Prazeres da Mesa.
De minha parte, fico muito feliz em poder degustar ao lado de sommeliers como o André Cavalcante, a Eliana Araújo e o Tom (sommelier do Le Casserole) e de enófilos pelos quais eu tenho enorme respeito como José Luiz Pagliari e Sérgio Inglez de Souza. Espero poder contribuir com esse grupo da melhor forma possível.

Bons brindes e excelente final de semana para todos!

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