Colheita 2016

Colheita 2016
Seja bem-vindo! E que nunca nos falte o pão, o vinho e a saúde e alegria para compartilhar!

domingo, 30 de maio de 2010

ai...ai...ai...vai começar...

"Nem todo mundo gosta de sexo, vinho ou sorvete" frase de Dunga, técnico da seleção Brasileira de Futebol em sua primeira entrevista coletiva na África do Sul.
























 (Pequena confissão blogueira: nunca me senti tão feliz por meu marido não gostar de futebol!)

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Hoje não tem vinho...mas tem Verde e Amarelo!

E Azul e Branco e todas as outras cores que compõem este magnífico país (apesar dos políticos, apesar dos impostos, apesar das diferenças brutais entre as classes).
Estou empolgada pois fui ontem com meus pais visitar o 5o Salão do Turismo - Roteiros do Brasil, no Anhembi aqui em São Paulo. Quem se cadastra pela internet não paga entrada. Mas fique atento: o estacionamento custa R$ 25,00 e as tentações de artesanato e de culinária também são pesadas no bolso.
Vou ser bem sincera: o Salão não é assim 'maravilhoso', falta uma porção de coisas como áreas de alimentação regionalizadas (isso faria muita gente ganhar dinheiro), interatividade (que está em alguns estandes e passa longe de outros tantos), um piso que não estivesse mais esburacado que as marginais e outras coisinhas mais.
O que tem de bom: quem procura roteiros de viagem dentro do país vai achar de todos os tipos, tamanhos e preços e com descontos especiais. Quem nunca ouviu um grupo de música típica do meio-oeste brasileiro como eu vai encontrar - pois os shows são variados e acontecem a todo o momento, é só seguir o som (foto ao lado).
Existem folhetos, sacolinhas e papéis de todos os tipos (duvido que alguém se dê ao trabalho de ler todos eles), além de provas de alimentos, bebidas e artesanato em todos os cantos. É possível ver artesãos fazendo tapetes, figuras em madeira entalhadas, pintura, bordados e até mesmo ganhar um colarzinho de uma linda (e autêntica) baiana - é a morena da foto, okay?
Mas o bacana mesmo do Salão é que em cada estande - eles são divididos de acordo com as regiões brasileiras - as pessoas que nos recebem são MESMO dos lugares identificados em seus espaços.
Somente ontem eu conversei com uma amazonense linda, que faz sabonetes e cremes com frutas da amazônia, provei um sorvete de cajá-manga do cerrado (entre mais de 12 sabores que eu nunca tinha nem visto), servido por um rapaz do norte de Goiás, tirei a foto ao lado com um grupo de dança folclórica do Amapá (cujas moças estavam reclamando do frio paulistano coitadinhas), vi índios pataxós dançando, ouvi um autêntico forró pé-de-serra do Ceará, comi e comprei castanhas de cumbaru (deliciosas), entre tantas outras coisas.

Eu, que tenho o privilégio de fazer a ponte-aérea SP-Porto Alegre, estou tão acostumada a um Brasil muito 'colônia européia' que por vezes esqueço que a nossa diversidade é imensamente maior do que aquilo que estou acostumada a ver.
Os espaços do artesanato, engenhosamente divididos também por regiões, com cores diferentes mas o mesmo padrão visual unindo tudo, dão uma idéia impressionante do que as mãos dos brasileiros são capazes de produzir. Até porque a imensa maioria da peças vendidas alí não são feitas em fábricas. São produzidas em cooperativas de artesãos, são fruto de um trabalho minucioso, por vezes passado de geração para geração e que acaba por ser a fonte de renda de famílias inteiras. O painel das cestarias é um exemplo maravilhoso, cada uma delas representativa de uma região.
A propósito, há um local que vende a palha do Jalapão (aquela palha dourada lindíssima) com preços de verdade e não daqueles que se paga aqui em SP. O brilho das peças é de deixar a gente enlevado.
Lá pelo meio do passeio minha cabeça encontrou um trecho de uma música que a Elis Regina cantava, que dizia assim: "O Brasil não conhece o Brasil, o Brasil nunca foi ao Brasil". A cada passo a letra ecoava em minha mente.

Hoje fui procurar na internet e descobri que a música é de Aldir Blanc e chama-se (apropriadamente) 'Querelas do Brasil'. Tem vídeo dela no YouTube.
Passear no Salão e ouvir essa música faz a gente pensar uma porção de coisas. E além dos questionamentos políticos óbvios neste ano de eleição, faz a gente sentir uma coisa boa: um prazer imenso em ver um povo tão diverso e divertido, com tantos sotaques para uma mesma língua, com tantas vozes e belezas que precisam ser ouvidas e vistas.
Faz a gente pensar que há muito o que fazer, mas também há muito já feito e que precisa ser visto, aproveitado, usufruido, para assim gerar renda, manter a cultura viva, fazer a auto-estima do país crescer (e não somente em ano de Copa do Mundo) e assim a economia como um todo girar.



quinta-feira, 27 de maio de 2010

O vinho dos 35 anos da Dal Pizzol

Toninho Dal Pizzol apresenta com orgulho a garrafa do vinho tinto assemblage que comemora os 35 anos da empresa fundada por seu pai, Atílio.
Toninho contou emocionado, pouco antes do jantar de ontem no Varanda Grill em SP, que mesmo diante de todos os desafios, a cada ano que passa é mais uma parte do sonho que se realiza. "Minha meta agora é ver a empresa chegar sólida aos 50 anos, que será no mesmo ano em que eu farei 75, são números bem bonitos não?".
Também estava no jantar o enólogo-chefe da vinícola Dirceu Scottá, que me falou sobre o desafio de continuar fazendo vinhos que tenham boa aceitação no mercado e que mantenham o estilo da empresa, de não utilizar madeira em seus produtos, de oferecer vinhos com o que de melhor podem obter dos diferentes terroirs com os quais trabalham.
A produção de uvas para os vinhos das marcas Dal Pizzol e Do Lugar não é totalmente própria. Existem dez produtores parceiros da vinícola que trabalham sob o rígido controle que Dirceu e sua equipe impõem à esses viticultores. "Tínhamos mais produtores, mas muitos deles não quiseram trabalhar dentro dos parâmentros de produtividade e de cuidados que desejamos para nossas uvas, então ficamos somente com 10 deles" explicou Dirceu.
Sobre o jantar no Varanda Grill há pouco para dizer, senão o fato de que esse é um dos poucos 'restaurantes especializados em carnes' que valem a pena. Não é uma churrascaria. Dá para perceber a diferença? Dizer que as carnes são especiais é um 'overstatement'.
Outra: um dos melhores sommeliers da cidade trabalha lá. É o jovem Tiago Locatelli que aparece na foto abrindo uma das garrafas do 35 anos. Tiago tem aquelas raras qualidades dos bons sommeliers: discreção, tranquilidade, atenção e não quer aparecer mais do que os vinhos que tão bem conhece e aprecia. Nem precisava, mas ainda por cima ele é gente boa, simpático e inteligente.
Quanto ao vinho, bem, digamos que enquanto as pessoas deixavam o vinho respirar, discutiam aromas e coisa e tal, eu bebi o meu. E provoquei risos em Dirceu Scottá, que esperava - provavelmente - algum comentário mais versado de minha parte.
O vinho está muito bom. Gostoso de beber, bem feito e harmonioso. Precisa dizer mais?
Ah! Sim, parabéns à Vinícola Monte Lemos pelos seus 35 anos. Que venham muitos mais!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Dal Pizzol - 35 anos!


Este ano marca alguns aniversários importantes de vinícolas brasileiras.
Um deles é da Vinícola Monte Lemos, que produz as marcas Dal Pizzol e Do Lugar no distrito de Faria Lemos, município de Bento Gonçalves (RS).
Uma das formas de comemorar os 35 anos da empresa é o lançamento de um vinho assemblage com 45% de Cabernet Sauvignon, 35% de Merlot, 10% de Cabernet Franc e 10% de Ancellotta. 
Chama-se Dal Pizzol 35 anos - safra 2005 e será apresentado hoje à noite para a imprensa paulista em um jantar onde estará presente um dos donos da empresa, Antonio Dal Pizzol, que todos conhecem carinhosamente como 'Toninho'. Na foto abaixo estão (da direita para a esquerda o enólogo-chefe Dirceu Scottá, o irmão mais velho Rinaldo Dal Pizzol e Antonio Dal Pizzol).


O irmão mais velho, Rinaldo, é um dos grandes conhecedores da história da vinicultura brasileira. Ainda não é oficial, mas ele está auxiliando o enófilo Sérgio Inglez de Souza e escrever um livro exatamente sobre essa história que tão bem conhece e que deverá ser lançado ainda neste ano.
Toninho é a pessoa mais conhecida pelo enófilos, seja por sua tranquilidade e simpatia ou por que faz questão de estar presente onde seu vinho está. E por fim, o enólogo Dirceu Scottá é o talento por trás dos rótulos da empresa. Chegou à Dal Pizzol ainda como estagiário (quando o enólogo-chefe era Ademir Brandelli) e foi galgando postos até chefiar a equipe que faz os vinhos da empresa. Dirceu foi, por duas vezes, presidente da Associação Brasileira de Enologia, onde ainda tem um cargo diretivo.
Hoje a Dal Pizzol produz 250 mil garrafas por ano sendo que desse total 51% são vinhos tintos, 12% são brancos, 32% são espumantes de 5% é de suco de uvas.
Vale lembrar que, no VI Concurso do Espumante Brasileiro, realizado em Garibaldi no ano passado com 205 amostras, a única Grande Medalha de Ouro concedida foi ao espumante 'Do Lugar Brut'. A foto ao lado mostra a garrafa do vinho que comemora os 35 anos da empresa. 

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Bruschettas!

Não se enganem, o objetivo deste post é realmente abrir o apetite.
Mas não é só isso.
Serve para quem está sem ideias para o jantar, para aquele lanche caprichado, para acompanhar aquele vinho com os amigos ou até para reforçar aquela sopa do jantar dos dias frios.
Antes de mais nada a dica principal: pão do tipo italiano ou ciabatta. Conserve-o em um saco plástico, se possível na geladeira. Vai durar dias.
Faça um inventário da sua geladeira pois as bruschettas para uma ou duas pessoas podem ser feitas com um pouquinho de cada coisa.
O que não pode faltar:
1-azeite extra-virgem
2-tomates maduros
3-um dente de alho
4-pimenta-do-reino moída na hora
5-algum tipo de queijo (uns pedaços de mussarela, um pouquinho de gorgonzola, um final de saquinho de parmesão ralado, umas bolinhas de mussarela de búfala etc)
6-algum tipo de embutido (copa, presunto parma de preferência em fatias bem finas)
7-algumas ervas (manjericão, orégano)
Antes de mais nada separe as fatias de pão e esfregue o dente de alho naquelas que levarão a mistura de tomates e regue-as com azeite. Essa medida de azeite é a da vovó (nem muito, nem muito pouco).
Para facilitar sua vida, coloque todas as fatias já numa forma que poderá ser aquecida. Acenda o forno em temperatura baixa, só para aquecer.
Selecione o que você tem em casa e vamos às sugestões de coberturas: A- misture em um potinho tomates bem picados, misturados com folhas de manjericão rasgadas, azeite, pimenta moída e um pouquinho de sal. Se você tiver, pode colocar tomates cereja em metades e bolinhas de mussarela em metades. Separe uma folhas bonitas de manjericão para decorar.
B- berinjela, pimentões, abobrinha e outros legumes ligeiramente refogados (ou até em conserva).
C- queijo gorgonzola, passas e um pouquinho de creme de leite para dar quase a textura de um patê denso.
D- um tomate muito maduro esfregado sobre o pão para deixar aquele líquido saboroso, cubos de mussarela e orégano. Também fica bom com finas finíssimas de presunto ou copa.
E- ricota e pesto.
F- ricota, morangos fatiados e um poeira de açucar para cobrir tudo.
G- por fim, uma dica bem diferente: geléias gourmet, como as da Casa de Madeira. A que eu acho mais versátil é a de morango com pimenta, que tanto pode ser usada na bruschetta com ricota e morangos frescos da sugestão acima, quanto na opção deliciosa que é: ao invés de azeite, passe a geléia de morango com pimenta no pão, cubra com uma leve camada de queijo cremoso e fatias finas de presunto parma ou copa. Aqueça ligeiramente e prove. É delicioso.
Aliás, essas geléias são uma boa pedida para ter na geladeira. Transformam um singelo peito de frango grelhado em uma refeição única, uma costeleta de porco em um prato de restaurante. Nessas opções de carne, a de morango é perfeita, mas vale também tentar as de cabernet sauvignon e de malbec (nenhuma delas têm álcool).
As últimas podem ser usadas também na mesa do chá da tarde, acompanhando uma cuca de uvas. vai fazer bonito!
Ah! Não esqueci dos vinhos não. Para acompanhar essas bruschettas vale um bom Cabernet Sauvignon, como o Núbio da Sanjo de Santa Catarina, um Chianti bem fácil de beber e um rosé se o dia estiver mais quentinho, como o espumante da Dal Pizzol.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Feriado P, M, G e GG


Algumas dicas que deverão 'servir' para o próximo feriado do dia 3 de junho.
Os tamanhos poderão se inverter se você não estiver em São Paulo como eu estou, claro, pois a distância depende do referencial (blog também é cultura...).
Tamanho P
Cidade: Gonçalves a 200km de SP


Pousada: Bicho do Mato (foto ao lado)
Por que serve: Silenciosa, bem localizada, culinária de primeira, fogão a lenha para você mesmo esquentar o pão e o queijo no café-da-manhã (foto abaixo), lareira no chalé, rede na varanda e outras 'cositas más'.
Tem uma carta de vinho bem razoável até, mas vale negociar para levar seu rótulo especial.
A micro-cidade é charmozinha, com uma deliciosa cachaçaria e a loja irresistível da 'Senhora das Especiarias'.


Tamanho M
Cidade: São Joaquim a "quase" 850km de SP
Hotel: São Joaquim Park (foto da vista do quarto do hotel)


Por que serve: é longe de Sampa, é verdade, mas para quem gosta de frio é 'porto-seguro' (sem trocadilho).
As estradas para chegar lá são boas em sua maioria apesar de sinuosas, mas perfeitas para quem adora uma estrada (só não beba NADA antes de dirigir).
A cidade em si tem poucos atrativos, mas existem vinícolas imperdíveis como a Villa Francioni (foto) e a Sanjo (que é uma cooperativa e tem uma loja deliciosa de produtos derivados de maçãs). Além disso é possível provar com mais facilidade os vinhos da Suzin (que também fica lá mas ainda não tem instalações próprias), da Quinta Santa Maria e os da Pericó, ambas tem lojas perto do hotel. Mas não esqueça, faz frio MESMO!

Tamanho G
Cidade: Bento Gonçalves, distrito de Pinto Bandeira (RS)
Pousada: Don Giovanni  (foto da entrada da vinícola)
Por que serve: Bem, são 990 km desde São Paulo então vale a pena pegar um avião, mas a época é oportuna, as comemorações pelo Dia do Vinho estarão em pleno vigor e há muito para ver e fazer. Se for possível vale a pena até esticar mais um dia do feriado. A pousada fica dentro da vinícola e é bem charmosa, embora não seja luxuosa. Mas existem vários outros tipos de luxo por lá. Um deles é a culinária, o outro é a paisagem e principalmente o clima (no sentido literal e no figurado). E, não dá para esquecer, você estará em Bento Gonçalves, com MUITAS coisas para ver e fazer. Na foto abaixo, uma das refeições da pousada (a foto é de André Chasset).

Tamanho GG
Cidade: Santiago - Chile
Hotel: Panamericana Hoteles - Providencia (foto do site)
Por que serve: Os vôos para o Chile ainda estão com preços de temporada media-baixa, sendo possível encontrar bons negócios. Esse hotel é simpático, com bom serviço e fica a uma caminhada de vários restaurantes e bares. Os pontos turísticos mais distantes são acessíveis por metro. Dá para visitar as vinícolas do vale de Casablanca, que ficam a pouca distância de Santiago, a Concha y Toro (com bela estrutura turística), o casarão da Cousiño Macul e ainda fazer um tour em uma estação de esqui. Tudo isso em apenas 4 ou 5 dias.
Santiago é uma cidade agradável, de gente bem-educada, solícita e discreta. Os vinhos, em sua grande maioria, dispensam apresentações. A gastronomia evoluiu muito nos últimos anos e não dá para esquecer que os pescados são o forte do país. E dá para deixar para fazer compras no free-shop do aeroporto, cheio de souvenirs interessantes e uma boa loja de vinhos. 
Nas fotos (atum com crosta de gergelim negro e natural, espuma de cebolas e ervas) e o jardim da vinícola Concha Y Toro em Peumo, na imagem a casa do patriarca Don Melchor.




quinta-feira, 20 de maio de 2010

Abrindo Cancha desde o Pampa

Adoro novidades, principalmente em se tratando de vinhos brasileiros e tenho ficado impressionada nos últimos tempos com o que tenho provado vindo dos confins da Campanha Gaúcha.
Durante a Expovinis provei dois tintos muito bem empaquetados. Um vindo de Itaqui (praticamente na fronteira com a Argentina, entre Uruguaiana e São Borja) e outro de Dom Pedrito (fronteira com o Uruguai) - isso sem contar as novidades que a Miolo já está fazendo na Almadén.
Claro que essas vinícolas jovens, como muitos novos vinhos brasileiros, nascem muito mais das mãos de empresários enófilos do que de famílias tradicionais. E chegaram dando panca.
De Itaqui provei vinhos da vinícola Campos de Cima, de Hortência e José Ayub, um Viognier muito agradável e delicado e um tinto, da uva Ruby Cabernet - uma cepa indicada pelo pesquisador da Embrapa, Dr. Celito Guerra, especialmente para essa região onde as temperaturas são bastante extremas. O tinto me agradou muito e quero prová-lo com mais calma, pois acho que vem coisa boa por aí.
Da cidade de Dom Pedrito provei o Cabernet Sauvignon Premium da vinícola Rastros do Pampa (foto). Gostei tanto que fiz o produtor me vender duas garrafas no ato que, no entanto, já foram degustadas.
Por lá estão trabalhando a jovem agrônoma Gabriella H. Pötter ao lado do enólogo Raul Ben. Eles também têm consultoria da Embrapa, através do pesquisador Mauro Zanus.
A produção vitivinícola é a mais nova atividade da Estância Guatambu, dona da marca Rastros do Pampa, importante na agropecuária não só da região, mas também do Brasil.
O que me chama a atenção nessas duas famílias que conheci (Gabriela é filha de Valter e Nara Pötter, um lindo casal que deixou tudo para vir a SP servir seus vinhos e explicá-los para os curiosos na Expovinis), é a entrega, a dedicação.
É óbvio que tudo é feito com o profissionalismo que caracteriza empresários bem sucedidos, mas nada senão a paixão e a crença em um produto faz com que as pessoas tenham o sorriso no rosto enquanto servem vinhos para desconhecidos.
Espero sinceramente que esses vinhos cheguem a São Paulo, pois farão bonito ao lado dos colegas de Santa Catarina, do nordeste e mesmo próximos de seus vizinhos sulistas.
Também vai ser maravilhoso ver o enoturismo crescer por lá, uma região com muito potencial e bastante tradição para mostrar.
Oigalê e bons goles!

P.S.: Para quem estranhou o vocabulário, sugiro uma visita aos muito sites que 'desvendam' o palavreado gauchesco. E para quem quer saber mais sobre as vinícolas das quais falei, segue o site de ambas:
www.camposdecima.com.br e www.estanciaguatambu.com.br

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Está chegando o Dia do Vinho no RS!


terça-feira, 18 de maio de 2010

Vinhos brasileiros em Londres

Historicamente os ingleses são excelentes consumidores de vinhos. Graças à eles o vinho do Porto ganhou fama no mundo há mais de dois séculos.
Tradicionais na essência, os ingleses são inovadores no conteúdo de suas taças e não têm preconceitos - ao contrário, têm libras no bolso e muita curiosidade. Não é de se estranhar, então, que sejam o mercado mais cobiçado pelos exportadores de vinhos do mundo todo.
Os brasileiros do projeto Wines from Brazil não são exceção e é por isso que à partir de hoje e até 5a feira nove vinícolas brasileiras estarão presentes na London International Wine Fair, três delas apresentarão produtos desenvolvidos exclusivamente para o mercado inglês. Na foto, o estande brasileiro na feira que abriu hoje.



Na sexta-feira, dia 21, Dirceu Vianna Jr, o único Master of Wine do Brasil, conduzirá duas degustações de vinhos no estande brasileiro que inaugurará a participação do país na Vinopolis.
Para quem não conhece a Vinopolis é um espaço, fundado em 1999, de degustação de vinhos e destilados de todo o mundo, separado por categorias, países e estilos.
Localizado em uma região renovada da cidade, entre a Ponte de Londres e o museu Tate Modern Gallery, no Bankside, o local tem restaurantes, bares, lojas de bebidas, lounges, espaços para shows e festas particulares e tours de degustação com preços fixos por diferentes estilos de vinhos. A foto abaixo foi 'não discretamente' copiada do website da Vinopolis (www.vinopolis.co.uk).
Quem tiver a chance de ir a Londres precisa conhecer esse espaço.


P.S.: Poucas horas depois de escrever esta nota recebi uma comunicação do Assessor de Imprensa do IBRAVIN contando que, das 32 amostras de vinhos brasileiros inscritas no International Wine Challenge 2010 - um importante consurso independente de vinhos que acontece em Londres nos dias anteriores à feira - 10 vinhos brazucas foram premiados. Uma medalha de prata, três medalhas de bronze e seis menções honrosas para nossos espumantes. Está bom assim ou alguém ainda vai dizer que só 'prosequinho' é que é bom? "Nevertheless" alguns de nossos vinhos espumantes da uva Prosecco também são muito bons!


sexta-feira, 14 de maio de 2010

Produtores e Importadores

É cada vez mais comum que produtores brasileiros sejam também importadores.
A Miolo Wine Group começou esse processo com uma parceria com a Via Wines chilena e hoje tem em seu portfolio até vinhos italianos, apresentados pela primeira vez durante a Expovinis.
A Domno do Brasil, uma das empresas do grupo Famiglia Valduga, também tem negócios desse tipo. Foi implantada há pouco mais de dois anos com o objetivo de fazer espumantes no método Charmat (segunda fermentação em cubas de aço inoxidável) e colocou no mercado excelentes produtos da linha Ponto Nero e também da Alto Vale. As instalações ficam em Garibaldi, na antiga propriedade da Domecq (foto abaixo da linha de engarrafamento dos espumantes).

Mas uma das vertentes da empresa, administrada por Jones Valduga, é a das importações exclusivas. Começaram com alguns rótulos argentinos, entre eles a excelente linha Vistalba e Tomero, do enólogo Carlos Pulenta e hoje apresentaram em São Paulo três dos sete rótulos da portuguesa Enoport.
Um dos maiores conglomerados portugueses, a Enoport tem oito anos e congrega sete grandes vinícolas familiares (entre elas a Caves Acácio e a Cavipor) que produzem vinhos em todas as regiões portuguesas.
No almoço de hoje, no restaurante Ávila, estavam presentes o simpaticíssimo enólogo Osvaldo Amado e o representante da empresa na América Latina Pedro Dias. Foram servidos um diferenciado vinho verde, da linha Casual, chamado de Vinhas Altas (deve chegar ao mercado por mais ou menos R$ 35,00), um alentejano típico e saboroso, da linha Signature, o Romeira (R$ 55,00) e da linha Prestige o Alma Grande, um 100% Touriga Nacional, rico e saboroso, do Douro (R$ 100,00).
Na foto abaixo aparecem Nelsir Kuffel (gerente comercial da Domno), o enólogo da Enoport Osvaldo Amado e o crítico de vinhos Jorge Carrara.

Segundo o supervisor de vendas da Domno, André Valduga, já estão em negociações adiantadas rótulos que virão também do Chile e da Argentina para enriquecer o portfolio da empresa.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Imagem Inusitada

Pessoal, encontrei a imagem abaixo em uma pesquisa sobre regiões vitivinícolas no site da OIV (Organização Internacional da Uva e do Vinho). Lá ela está identificada como sendo de vinhedos do pequeno principado de Luxemburgo. Achei linda e resolvi partilhar.
Espero que seja uma das que dá sentido a um dos motes deste blog: "...existem bons vinhos em muitos terroirs". E fica a pergunta: alguém já provou um vinho de Luxemburgo?


terça-feira, 11 de maio de 2010

CONFRARIA BRAZUCA!

Que soem os tambores e as maracas! Os repiques e os triângulos!
Finalmente, depois de algumas vindas e muitas idas conseguimos organizar a primeira reunião de nossa Confraria Brazuca, dedicada (adivinhem?) exclusivamente a degustação de vinhos brasileiros.
Somos oficialmente quatro pessoas (quase cinco, pois o quinto elemento não conseguiu participar). Dois jornalistas (eu e Marcos), uma sommeliére e hoteleira (Juliana) e um enófilo dedicado (Pagliari). Estamos na foto abaixo (eu não apareço pois fiz a foto...) junto com alguns amigos que nos deram o privilégio de comparecer diretamente do Rio Grande do Sul, de Salvador e do Distrito Federal para nossa degustação:

Escolhemos para a primeira reunião a uva Merlot, em vinhos varietais sem safra definida. Desgustamos os oito vinhos às cegas, fizemos nossos comentários e depois revelamos os rótulos, que aparecem na foto.  Foram sete garrafas do Rio Grande do Sul e uma de Santa Catarina. A safra mais antiga foi 2005 e a mais nova 2008.

 
1) Salvattore Merlot 2008 - Flores da Cunha
2) Suzin Merlot 2007 - São Joaquim
3) Cavalleri Segredo 2006  -Bento Gonçalves (este e o número 4 estão trocados na foto em relação à nossa ordem de degustação)
4) Salton Volpi 2006 - Tuiuty -Bento Gonçalves
5) Adaga - Cave de Pedra 2006 - Vale dos Vinhedos
6) Giaretta 2008 - Guaporé
7) Casa Perini 2008 - Farroupilha
8) Reserva Panizzon 2007 - Flores da Cunha

O mais interessante da degustação foi o fato de que os vinhos dividiram opiniões de forma bastante contundente e nos abriram algumas possibilidades de pensamento em relação à uva Merlot ser considerada por muitos como a uva emblemática brasileira. Pessoalmente eu não concordo, mas até entendo o ponto de vista. Fato é, como bem ressaltou Pagliari, a tipicidade da Merlot em solos brazucas se comporta de forma diferente em cada terroir, aportando muita distinção entre as amostras provadas.
Quando já havíamos terminando nossa degustação e nos preparávamos para o jantar, recebemos mais visitas, vindas diretamente da APAS. Entre elas os dois herdeiros da Casa Perini de Farroupilha (Franco e Pablo Perini) e a enóloga e Diretora Comercial da Valduga, Juciane Casagrande. 
Tivemos um longo e divertido jantar de pizzas da RITTO, acompanhadas dos vinhos que degustamos e de algumas garrafas de espumante brut Peterlongo, Chandon e Vallontano.
Um excelente experiência que vamos repetir em breve. 
Na última foto, quase toda a turma reunida.



Nosso agradecimento aos proprietários da Ritto Pizza Bar e aos funcionários que nos auxiliaram por toda a degustação.

domingo, 9 de maio de 2010

De vinho a vinagre

Pouca gente sabe, mas uma enorme parte das videiras plantadas no nordeste brasileiro e que hoje nos rendem bons vinhos finos, foram implantadas para fazerem vinho base para vinagre.
Isso mesmo! Há algumas décadas só era permitida no Brasil a produção e comercialização de vinagre de vinho, nada de vinagre de álcool (o tal do agrin) que agride demais as paredes do estômago. Aliás, se não for feito de vinho, não é vinagre, afinal a própria palavra quer dizer vinho azedo/ vinho acre.
A Fazenda Lagoa Grande no estado de Pernambuco (foto) que hoje pertence ao grupo português Dão Sul, já pertenceu a uma empresa italiana, que construiu a linda sede da fazenda, com vista para o rio São Francisco, e lá plantava uvas Syrah para fazer vinho e em seguida vinagre. Algumas das videiras foram mantidas e hoje compõem uma plantação enorme com castas portuguesas como a Touriga Nacional e francesas como a Cabernet Sauvignon entre tantas outras. Mas a Syrah é, obviamente, a que se dá melhor sob o sol nordestino.
E como tudo na vida anda em círculos, os bons vinagres (assim como o Aceto Balsâmico da cidade italiana de Módena), voltaram à moda. Tanto que a empresa Latinex está trazendo para o Brasil uma linha gourmet de vinagres de espumante e de vinho, diretamente da Califórnia. A linha 'O Olive Oil' (foto abaixo).
Esses produtos sofisticados, produzidos a partir de vinhos cabernet, pinot noir, zinfandel, porto e xerez envelhecidos em barris de carvalho, juntam-se a alguns poucos produzidos no Brasil com grande qualidade, como a linha Izidro da Piagentini que tem uma parceria com a empresa de mesmo nome em Funchal, na Ilha da Madeira (de onde chegam os vinhos base), e algumas outras marcas importadas de qualidade. 
Fato é que vinagres devem ser utilizados com moderação, mas dão um toque muito especial a diversos pratos e se a qualidade vem desde o começo do produto, melhor para o corpo que a recebe.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Uma Mensagem Especial!


Ela tem olhos cor de uva loureiro, cabelos de gewurztraminer, pele de muscat ottonel. Mãos delicadas e suaves tal qual um Pinot borgonhês maduro descendo na garganta sedenta, vontade férrea como de uma colheita tardia, teimando em permanecer no vinhedo e o coração de Grenache provençal, rosado, bondoso, lindo... 
Essa é minha mãe (na foto ao lado nos jardins do Museu do Louvre), que me ensinou a conhecer o mundo mesmo antes dela mesma tê-lo visto, que tem nome de uva, embora ela prefira as que aparecem acima: Isabel - o primeiro dos brindes, sem o qual nenhum outro seria possível.
Obrigado mãe!

Ah! Não tenho tantas mães quantas 'mamãezinhas' russas aparecem nessa foto, mas tive a fortuna de ter no passado a mãe/avó Sylvia, a mãe/terapeuta Luíza e de ainda poder ter a mãe/tia Maria da Penha, a mãe/tia Therezinha e a mãe/sogra Zelinda. Mulheres maravilhosas, que valem todos os brindes!


P.S.: para quem não conhece, ao lado um cacho de Muscat Ottonel, com sua respectiva folha. 

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Duas boas opções para tirar a mãe da cozinha

"Mamãe, mamãe, mamãe, eu me lembro o chinelo na mão...o avental todo sujo de ovo...se eu pudesse eu queria outra vez mamãe, começar tudo tudo de novo"
Alguém se lembra dessa musiquinha que ensinavam na escola para a gente cantar para as mães no segundo domingo de maio?
Se não lembram, ótimo e aqueles que lembram vão fazer de conta que não, okay? Os tempos são outros, portanto aqui seguem duas sugestões BEM legais para tirar o avental e celebrar o dia de forma muito especial.
Vai ser servido no Bar da Dona Onça (o nome com certeza é bem sugestivo para algumas mamães), o Cassoulet de frutos do mar ao perfume de curry (foto acima) a R$46 no almoço do domingo, 9 de maio. Todas as mães que almoçarem na casa ganham uma taça de vinho Miolo Terranova Chenin Blanc (feito na unidade da Miolo lá no Nordeste). O Bar fica no Edifício Copan (desenhado por Oscar Niemeyer), na Avenida Ipiranga, 200 lojas 27/29 Tel.: (11) 3257-2016 Horário de funcionamento: Segunda a Quarta das 12h às 23h, Quinta a Sábado das 13h à 0h e aos Domingos das 12h às 17h. Cartões de Crédito e Débito: Redecard, Visa e Amex. Capacidade: 80 pessoas. Vinho em taça R$5,90. Água R$3,80. Cerveja (600ml) a partir R$6,90. Acesso para deficientes. Ar condicionado.


Já a proposta da Vino! é diferente (foto acima e ao final do texto). Com as caçarolas sob o comando do talentoso e super simpático chef Rodrigo Martins o restaurante (um misto de cantina e loja de vinhos) prepara um almoço especial para o dia das mães. É o Almoço da Mamma e da Nonna, rodízio (R$54 por pessoa) que inicia com o couvert, Focaccia caseira, Crostini ao rosmarino, Panzotti di salumi, Pão de linguiça,Pão italiano fresquinho, Salada da casa ao vinagrete de vinho tinto DOCG e Antipasti italiano. Entre os pratos principais, as opções são: Riso da Nonna, Risotto de Funghi, Spaghetti ao Pomodoro Basilico, Gnocchi ao Molho Primavera, Ravióli de Mussarela de Búfala ao Molho Rústico, Penne ao Creme Parmesão e Rúcula, Frango Assado ao Forno à Lenha, Polpettone, Lasagna a Bolonhesa e Filé a Parmeggiana gratinado. No próximo domingo todas as mães ainda terão direito a uma sobremesa.
A comida é deliciosa e dizer que tem 'jeitão caseiro' não é uma boa comparação. O que tem é qualidade e bons ingredientes de um restaurante de primeira, que faz aquelas receitas que todo mundo conhece de coração e associa ao carinho caseiro. 
E o melhor, pode-se escolher o vinho na loja ao lado, pagar o preço de lá somente com o serviço sendo incluido e além disso contar com o auxílio do sommelier que fica na loja. A Vino! fica na Rua Professor Tamandaré de Toledo 51, Itaim Bibi, Tel: (11)3078 6442 Horários: Seg., Qua. à Sex. das 12h às 15h; Seg. a Qua das 19h à 0h e de Qui a Sab. das 19h à 1h ; Sáb. das 12 h à  16h e Dom. das 12h às 18h / Fecha para o almoço das terças e jantar aos domingos / Capacidade: 120 lugares / Área para fumantes - Estacionamento R$ 12 / Cartões: Visa, Mastercard e Amex.


Bom almoço e feliz dia das mães!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Espumante Brasileiro em Cannes!

Uma crítica que já fiz muitas vezes sobre vinhateiros brasileiros é que eles acreditam cegamente que fazem o melhor produto do mundo. Algumas vezes a ponto de não beberam nada além de seus próprios vinhos. Felizmente para todos nós (e inclusive para eles), essa percepção está mudando.
Em termos do marketing moderno, é mais do que necessário conhecer a sua concorrência e seu mercado, para conseguir que seu produto venda o quanto você precisa para viver e continuar fazendo-o e melhorando-o.
Em outros casos, como neste que fiquei sabendo hoje, é importante acreditar no que você faz e dar um passo ousado, quando já se tem alguma credibilidade no mercado e coragem para suportar as críticas e/ou a demanda.
Todo esse preâmbulo é para contar que os espumantes brasileiros, como informa hoje a assessoria do Ibravin, vão debutar no Festival de Cannes (foto acima) na semana que vem.
Vinícolas brasileiras que integram o projeto setorial Wines from Brazil (Aurora, Cave Geisse, Cooperativa Garibaldi, Don Guerino, Miolo, Panceri, Piagentini, Pizzato e Salton) terão suas borbulhas servidas no dia 14 de maio em um happy hour do estande “Cinema do Brasil”, programa de
exportação de filmes brasileiros que também tem parceria com a Apex-Brasil - assim como o Wines from Brazil. Os espumantes serão apreciados por 200 convidados, entre atores, atrizes e diretores de cinema de todo o mundo, além de autoridades do governo francês e brasileiro, segundo release do Ibravin.
Para quem não sabe, o enólogo chileno Mario Geisse, que é proprietário no Brasil da Vinícola Geisse (uma das participantes do festival de Cannes), deve trazer (ainda este ano) algumas garrafas do Champagne que foi convidado a fazer em um Chateau da região francesa há quase três anos.
Mário Geisse, que é também o enólogo-chefe da vinícola Casa Silva no Chile, é um dos craques em espumantes, mas me confessou na Expovinis que foi uma experiência bastante distinta fazer Champagne onde tudo nasceu e se formatou para ser o produto importante que é hoje.
Para quem ficou com água na boca, como eu, fica a sugestão de provar algum dos excelentes espumantes da Vinícola Geisse, feitos com cuidado especial por uma equipe que inclui os enólogos Carlos Abarzua e Vanessa Stefani, gente que faz o que gosta.
Salut Cannes!

domingo, 2 de maio de 2010

Um pouco mais de Expovinis...

Claro que cada 'blogueiro' vai querer contar as novidades que viu e degustou, então por enquanto eu prometo que este será o último comentário 'genérico' sobre a Expovinis que farei. Os demais serão muito específicos, senão a coisa desanda e ninguém mais quer ler nada sobre o assunto.
Vamos começar por um vinho estrangeiro (aliás um dos 4 - isso mesmo - 4 vinhos estrangeiros que provei na feira toda). A vinícola não é nova, mas essa linha de vinhos chega somente agora ao Brasil pelas mãos da importadora brasiliense Del Maipo. É o Macabeo 2009 da linha Beso de Vino da Denominação de Origem Cariñena, perto de Zaragoza. Quem aparece na foto é Nieves Beamonte Rico, que roda o mundo apresentando os vinhos da "Grandes Vinos Y Viñedos" com seu sorriso agradável, seus profundos olhos azuis e um espanhol delicioso de escutar. Melhor que isso somente os vinhos, o Macabeo que provei estava delicioso, fresco, frutado, moderno (com tampa de rosca) e de bom preço. Essa linha ainda tem um Garnacha rosado e um Garnacha tinto e um Syrah.
Agradeço à minha colega de Brasília, a jornalista Liana Sabo do Correio Braziliense, por ter me 'arrancado' dos vinhos brasileiros e me levado até a importadora, se não fosse por ela eu teria deixado de conhecer algumas coisas muito bacanas.
Outra que não posso deixar passar, claro, é o lançamento dos dois primeiros vinhos do Galvão Bueno, no estande da Miolo. Como se diz em SP (apesar de não ser uma expressão lá muito bonita), o homem estava tal e qual 'pinto no lixo' de tão feliz. Olhos brilhando, sorriso fácil, servindo espumante e vinho tinto ao lado de Adriano Miolo e brindando com todos, fazendo pose para fotos. Realmente, para aqueles que tem a imagem de um Galvão Bueno um tanto arrogante, nada poderia estar mais longe disso do que a presença dele no estande. Também estavam lá, claro, sua filha que trabalha com ele, seu assessor de comunicação e seguranças 'noblesse oblige'. Verdade seja dita, muita gente de tv tem uma 'persona' televisiva que é a que sustenta seu trabalho, quando no trato de dia-a-dia não são nada disso. Se é que posso virar a frase de Caetano Veloso ao contrário, "de perto todo mundo é normal".
Os dois vinhos lançados na terça-feira foram o Bueno Cuvée Prestige e o tinto Bueno Paralelo 31. Perdoem a foto não muito boa, mas é que eu estava tirando fotos quando ele me chamou e me estendeu a taça e faltou uma mão... risos.
Fico particularmente feliz com esse lançamento, embora já tenha escutado todo tipo de especulação à respeito dele e acredito desacreditando em todas. Fico feliz pois sei que é justamente a imagem televisiva de Galvão Bueno que poderá dar uma boa acelerada na imagem do vinho brasileiro. E convenhamos, nem Galvão Bueno (um empresário bem sucedido e bem assessorado) e muito menos a Miolo Wine Group dão ponto sem nó. Boa parceria, vinhos corretos e agradáveis e momentos muito divertidos. Dá para pedir mais? Ah dá - que não custem caro, por favor...
Bons goles!