Colheita 2016

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quarta-feira, 24 de março de 2010

O Bom Trabalho

Nesta semana, como já falei aqui, a Quinta Santa Maria (de São Joaquim - SC) está apresentando seus vinhos em SP para jornalistas, enófilos e compradores potenciais. Na foto abaixo estão, da esquerda para a direita, o sócio português Nazário Santos, o enólogo Jean Pierre Rosier, a sócia Ana Oliva e o jornalista e sommelier João Lombardo. Nas mãos eles têm o tinto Mosaique.

Uma série de eventos que ocuparão a semana toda está programada para acontecer. Eu estive presente no almoço da segunda-feira no restaurante Parigi na rua Amauri e quero comentar algumas coisas com vocês.
Antes de mais nada é bom lembrar que  o Parigi é um dos restaurantes do grupo Fasano e fica ao lado da loja de vinhos deles, a Enoteca Fasano (onde era o Baretto, para mim o melhor piano bar que já existiu em SP, com a possível exceção do San Francisco Bay Bar que existia na década de 1980).
Mas voltemos ao assunto: o Parigi é um daqueles restaurantes onde o mundo parece parar quando as portas fecham atrás de vocês. Discreto, sem excessos visíveis (sim, eles estão por todos os lados, mas tão bem integrados que tudo parece natural) e com uma equipe de fazer inveja a muitos restaurantes de SP.
Eu digo isso pois já fui (ou tentei ser...rs) gerente de restaurante em SP e sei como é difícil gerenciar equipes de salão, cozinha etc. As pessoas parecem aprender e entender as regras mas no momento da realização, da casa cheia, de 'mostrar serviço' as coisas podem desandar de forma horrível.
Claro que o cliente só percebe isso quando é tarde demais (péssimo quando isso acontece) pois uma equipe bem afinada antevê erros alheios e consegue diminuir os problemas até quase sumirem.
Então, eu estava de olhos bem abertos vendo a equipe trabalhar. E fora uma ou duas olhadas discretíssimas para dentro dos decotes das poucas mulheres presentes (ha ha ha! ninguém é de ferro), o serviço foi excelente, como é o padrão da casa aliás.
E isso, levando em consideração que a mesa posta para quase 20 pessoas não facilitava a circulação, os pratos não eram os mesmos para todos os presentes e foram servidos 8 ou 9 vinhos em taças diferentes.
O chefão (Manoel Beato - sommelier referência para qualquer um que um dia pretenda seguir essa carreira) deu uma passada para provar os vinhos - temperatura, taças e detalhes específicos para o sommelier do Parigi - e para cumprimentar um a um todos os presentes com sua simpatia habitual e depois deixou o serviço nas mãos da equipe de lá.
Gostei de ver. Ou melhor, de ver, de beber, de conversar e de comer...
Na foto que segue está a entrada escolhida por mim, um Bacalao Mantecato escandalosamente bom (a cozinha que mescla as tradições francesas e italianas ofereceu um menu com opções das duas culinárias para cada um escolher), acompanhado de dois Chardonnays, o Utopia Glamour da QSM e o Tres Palacios chileno, de importação da Enoteca, servidos ao mesmo tempo para comparação de estilos e harmonização. Nenhum dos dois fez feio e acredito que seja mais uma questão de estilo do que de qualidade a escolha de um dos dois para acompanhar o prato.
Agradecimentos ao pessoal da QSM pela oportunidade e ao pessoal do Parigi pelo bom trabalho.
Arrivederci e Adieu!

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