Colheita 2016

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segunda-feira, 15 de março de 2010

Tudo pode Mudar! - Parte 1

Aqueles que me conhecem (ou quem já leu algumas das minhas reportagens) sabem o que eu tenho 'contra' os vinhos que não são feitos com uvas viníferas.
Acredito que todo e qualquer vinho deve ser feito com o maior padrão de qualidade possível (e até isso parece ser difícil em algumas indústrias de vinhos comuns - como eles são chamados no meio do vinho), pois enganar o consumidor de qualquer maneira é muito mesquinho e, por que não, criminoso em alguns aspectos, quando por exemplo, se comercializa com o nome de vinho uma mistura de corantes, aromatizantes e álcool de cereais.
Na minha opinião, o paladar de todos nós está em constante evolução e uma dessas escalas evolutivas é precisamente a mudança do vinho comum para o de uvas viníferas. Jamais vi alguém exposto a essa mudança que tivesse voltado atrás.
Assim, não vejo outra resposta ao argumento daqueles que fazem somente vinhos comuns e são categóricos ao dizer que esse tipo de vinho jamais vai deixar de ser consumido, senão a de que estão confortáveis ganhando muito dinheiro e não se preocupando com o paladar do consumidor.
Mas uma significativa parte das empresas que foram, por muito anos, dedicadas a fazer vinhos comuns (alguns até bem feitos guardadas suas limitações) vem colocando em seus portfolios ao menos uma linha de vinhos finos.
O mais incrível é que muitas delas que afirmavam que não precisavam fazer mais nada pois o consumidor não quer mudar, deixam de usar o nome pelo qual são conhecidas do grande público para apresentar novas linhas ligadas a 'nova fase' da empresa. Se elas ganham dinheiro há tanto tempo assim, por que elas têm vergonha do nome que fez sua fortuna?
Claro que o marketing explica isso, e muito bem, mas fica para outra postagem isso.
Só para dar nomes ao garrafões, aqui estão algumas empresas importantes que vem mudando seus perfis significativamente nos últimos anos: Aurora, Salton, Piagentinni, Casa Motter (Don Guerino na foto abaixo) e Perini (leia-se Jota Pê).
Mais sobre isso na parte 2.


Um comentário:

  1. Oi Silvia!
    Acredito muito nessa mudança, o consumidor jóvem de hoje quando quer começar a entrar no mundo do vinho já parte para um vinho vinífera e deixa de lado o comum.
    Muito bom seu blog!
    Abraço
    Bruno Motter

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