Sei que muitas pessoas que apreciam vinhos não têm ideia do que é um encontro como esse da importadora Decanter ou como foi o da importadora Mistral (que aconteceu extamente no mesmo espaço, aliás).
São eventos caros para o consumidor final e onde a maioria das pessoas é do meio, ou seja, donos, garçons, gerentes, sommeliers e chefs de restaurantes, jornalistas, enófilos e comerciantes de vinhos.
Para garçons e sommeliers sérios é a chance de provar vinhos que eles muitas vezes servem sem jamais terem provado.
Para os donos e gerentes é também a chance de provar novidades e talvez fazer mudanças em suas casas.
Para os enófilos é uma chance de beber. Ponto.
Para os jornalistas é assunto garantido por meses. E uma chance para beber. Ponto. E uma chance para falar mal dos outros. Ponto.
O que tem de bom, realmente - se você não se desesperar e cair matando em todas as garrafas que vê pela frente - é uma chance de provar vinhos diferentes, conversar com quem faz esses vinhos (enólogos e produtores costumam ser as pessoas que apresentam os vinhos), degustar uma linha inteira de vinhos de um mesmo produtor, percebendo as pequenas nuances de cada garrafa e, por fim, encontrar alguns amigos e trocar impressões.
O restante é difícil. Não há onde sentar, você caminha de taça na mão o tempo todo - além de carregar folhetos e pastas dos produtores, a comida em geral é ínfima (só para disfarçar que você não colocou nada no estômago) e você será, inevitalmente observado por algumas pessoas que não gostam de você. Além de pagar um estacionamento absurdamente caro, claro.
Alguém deixa de ir quando convidado? De jeito nenhum!
Onde mais você pode fazer uma degustação de seis vinhos brancos alemães de primeira linha com preços que começam em R$ 86,00 a garrafa e passam de R$ 200,00?
Para quem está nesse mundo é um benefício/malefício inevitável.
Eu fui a 4 produtores: um alemão, um espanhol, um português e um brasileiro. E nada mais.
Vale a pena, no final.
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