Confesso que a resposta me fez pensar. Não porque ela contenha uma certa ironia, mas porque sempre me considerei uma pessoa da cidade grande. Aliás, verdade seja dita, sou tremendamente alérgica aos insetos de qualquer parte, seja rural, litorânea etc. Cada vez que viajo para um lugar desses perco mais tempo passando protetores e repelentes do que maquiagem.
Ou seja, não são lugares nos quais meu corpo esteja confortável. Mas, fato é, que a alma está. Pra lá de confortável, está naquela zona em que a gente faz o que for necessário sem perceber os contratempos, os desconfortos.
Ainda assim, é preciso levar em consideração que, por mais familiar que esses lugares sejam para mim, não são minha casa, minha rotina. Não terei que me ocupar com a continuidade das relações pessoais que, inevitavelmente acabam revelando um lado das pessoas não tão sociável. Não terei que me ocupar com as lides do dia-a-dia, como comida, arrumação, contas.
Essas viagens de trabalho são sempre um momento em que a rotina é suspensa, e se elas propiciam uma aproximação com uma realidade mais bela e diferenciada, é claro que tudo se reflete na face da gente e parecemos estar em algum lugar melhor.
A filosofia budista tem um pensamento tão importante como difícil de seguir: "Esteja onde está e viva o momento". Parece fácil, mas não é. Embora eu esteja ciente de que quando conseguimos isso, tudo fica mais fácil. É mais do que foco, é mais do que concentração, é só se permitir estar lá, naquele momento, pois não podemos estar em dois lugares ao mesmo tempo, então a cabeça e o corpo devem estar em sintonia.
Talvez no momento daquela foto eu tenha conseguido isso. Eu estava lá e embora não fosse e nem nunca será minha terra natal, naquele exato momento minha mente e meu corpo estavam no mesmo lugar. Descansados, felizes, imperturbados, em paz.
Por isso sou grata!
P.S.: E uma vez que hoje finquei o pé na seção 'querido diário' aproveito para dar os parabéns para uma prima muito querida, Dra. Ana Maria, que tem uma lembrança um tanto peculiar de mim em nossa infância, ligada a uma meia-garrafa de vinho suave...
Prima, que bom que aprendemos a beber melhor! Muitos brindes ao longo de sua vida e muitos bons momentos!
Silvinha, estou encantada com seu Blog!
ResponderExcluirÉ um sucesso!
Saudades. Paulinha
Querida prima,obrigada pela lembrança neste seu blog tão charmoso!!Minhas memórias etílicas precoces são todas relacionadas a você...e não se devem somente aos doces vinhos,rsrsr!!!Grazie,bella!!!Bacio,Ana.
ResponderExcluir