sábado, 27 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Elegância e Simplicidade
Vocês terão que ver as fotos primeiro para depois ler o motivo pelo qual elas estão aqui:
1-Mesa posta para o almoço (quase 4 da tarde) na Vinícola Ventisquero no Chile, a foto seguinte mostra o enólogo Alejandro (criador da linha Ramirana), durante a degustação dos vinhos antes do almoço.
1-Mesa posta para o almoço (quase 4 da tarde) na Vinícola Ventisquero no Chile, a foto seguinte mostra o enólogo Alejandro (criador da linha Ramirana), durante a degustação dos vinhos antes do almoço.
2)Mesa posta para o almoço nos jardins históricos da vinícola Undurraga e mesa posta para o jantar na vinícola Casa Porta, ambas no Chile. A Casa Porta foi a primeira residência oficial de um presidente chileno.
3) Grupo tomando aperitivos antes do almoço nos jardins da vinícola Villaggio Grando em Santa Catarina e o parreiral histórico da Casa Valduga no Vale dos Vinhedos, onde convidados tomam café-da-manhã e jantam no dia da festa da Vindima.
O que todas essas imagens têm em comum? São bonitas, claro, mas mostram algo que nossos amigos latino-americanos já fazem com razoável facilidade e que no Brasil ainda é raro.
Eles recebem as pessoas em suas vinícolas mostrando o que há de mais belo, juntando seus vinhos, a natureza, a boa culinária e uma coisa que quanto mais simples, mais difícil é de alcançar: elegância.
Tenho grande respeito por algumas coisas da cultura norte-americana, como sua capacidade de mobilização para catástrofes e festas, seu respeito pelo dinheiro e sua rapidez em transformar fatos em marketing. No entanto, tudo isso tem um 'down side' que se revela na massificação, bem clara nos restaurantes e hotéis de rede, onde se pode dormir na China e no Peru com os mesmos lençois da Sears.
O mundo do vinho vem sofrendo com isso também, já é visível como parte do processo de 'parkerização'. Não tenho nada específico contra o crítico americano, até porque sei o quão difícil é emitir uma opinião pública e manter-se firme em relação à ela (é sempre mais fácil criticar os críticos, sendo que não é a 'sua' opinião que está sendo julgada). Mas observo que algumas vinícolas tendem a abandonar os detalhes que a transformam em algo único em favor de um mercado mais abrangente. É importante fazer com que as duas coisas convivam em harmonia, essa é uma das características da elegância.
O aviso que quero deixar é para que as vinícolas nacionais não se esqueçam de que nós brasileiros somos um povo carinhoso, que gosta de aconchego e atenção. Então, antes de formar imensos grupos de enófilos e jornalistas e colocá-los em uma churrascaria rodízio, pensem - por exemplo - em armar mesinhas no jardim de suas vinícolas (afinal deveria ser o que de mais belo vocês têm para mostrar).
Antes de transformarem suas lojas de varejo em supermercados, ajeitem alguns lugares na varanda, para aqueles consumidores que já compram seus vinhos em suas residências, mas querem aproveitar aquele clima de vinícola, aquele ar puro por mais alguns instantes.
Cresçam, mas sem perder de vista de onde tudo isso vem: da natureza, das mãos humanas transformadoras, da persistência e do talento.
Bons Goles e bom final de semana!
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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Ice Ice Wine
A vinificação desses cachos parcialmente congelados também aconteceu sob baixas temperaturas, para que o gelo se separasse e levasse com ele o excedente de água, deixando um mosto doce e concentrado.
Os cachos colhidos na propriedade da vinícola Pericó em São Joaquim (SC) foram vinificados no RS, sob a supervisão do enólogo Jefferson Sancineto Nunes que, apreensivo, teve que estudar todos os processos conhecidos nos poucos países que têm a chance de elaborar um vinho do gelo, uma das mais raras classes dos VDN (Vinhos Doces Naturais).
Na semana passada, tive o imenso prazer de provar o vinho praticamente pronto. Jefferson e sua esposa Sandra (ela é a responsável pela FISAR no Brasil) me trouxeram as amostras coletadas diretamente das barricas de carvalho francês novo de média tostagem em que os 695 litros de vinho repousavam. Usei a palavra 'amostras' no plural, pois Jefferson se deu ao trabalho de preencher dois pequenos frascos e submetê-los a diferentes temperaturas de serviço (8 e 18 graus centígrados) para afzermos um comparativo.
Jefferson afirma que o vinho está 'quase' pronto e que provavelmente precisa de apenas mais alguns dias de repouso no carvalho. Francamente, acho fantástico isso que fazem os enólogos. Provam um vinho e dizem: "Ah, precisa de mais uns dois ou três dias na madeira". Um entende o outro e nós, pobres mortais de paladar de coxinha e suco de laranja, ficamos nos sentindo o ó do borogodó....
Mas voltemos ao que 'eu' consegui perceber nessa primeira prova. A coloração é linda, ....., quase ..... (para quem não sabe que cor é ....., veja a foto ao lado). Os aromas são delicados, um toque ...... - que Jefferson acha semalhante a ....., mas sua esposa não concorda totalmente - um pouco de ....... e madeira ......
Na boca está muito ......., ......... por conta do açúcar residual e do grau alcoólico (......%), mas principalmente e acima de tudo ........, guarda um certo ......., uma lembrança da ............, boa ......... e até (se possível) certo ........
Confesso que estou muito curiosa para prová-lo assim que estiver pronto e engarrafado, pois sabemos que o vinho ainda evolui muito durante esses processos. Mas o resultado já é .......... e creio, irá surpreender até a enormidade de críticos que disseram que a Pericó estava doida ao tentar fazer isso. Quem viver verá!
Bons e doces goles e meus sinceros agradecimentos ao Jefferson e a Sandra e também aos Sr. Wandér, que me concedeu esse privilégio!
P.S.: Dia 2 de março, troco minhas palavras da análise preliminar do vinho por pontinhos (.....), por conta de várias pessoas que, incapazes de suportar a espera até o lançamento do vinho, reclamaram que eu estava estragando a surpresa e que não iriam querer provar depois. Sinto por elas (risos) eu mesma que já provei, adorarei provar de novo daqui a alguns meses, para saber como o vinho se transformou. Mas por respeito a algumas pessoas amigas, ocultarei minhas opiniões até lá.
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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Prosecco Não É Sinônimo de Itália!
Algumas vezes não entendo este país (não que exista alguma novidade aí ou que não sobrem motivos de indignação
em muitas áreas de nossa sociedade).
Até onde eu sei (talvez tenha que procurar informações em outro lugar), é proibido fazer propaganda de bebidas
alcóolicas nos horários diurnos neste país.
Ainda assim, na manhã de hoje, um desses programas que apresentam de tudo (de loja de móveis a carros, cobertores e alimentos) estava em uma famosa importadora de vinhos do país, mostrando as ofertas deles e falando que Prosecco é sinônimo de espumante italiano. A frase era mais ou menos assim: "Então é Cava na Espanha, Champagne na França e Prosecco na Itália, não é?" O vendedor da loja (de forte sotaque estrangeiro) não corrigiu o apresentador em nenhum momento, ao contrário, para mostrar uma de suas ofertas de Cava, ele reforçou a informação errada.
Francamente, por que não ensinar as pessoas a beberem corretamente, a saberem o que estão colocando dentro de seus corpos? Quem ganha com isso? Vão vender uma caixa de garrafas a mais para um consumidor desavisado?
Vejam só, não quero ser de um didatismo pedante mas acredito que o consumidor consciente também tem 'valor agregado' e isso faz a indústria como um todo valer mais. Enquanto continuarem tratando o consumidor como palhaço (por conta disso a fantasia de garrafa de 'Champanha' da imagem acima) ele terá o direito de continuar comprando vinhos de qualidade inferior, por preço baixo só porque está estampado o nome de um país produtor tradicional na prateleira.
Para quem não conhece (pois ninguém tem a obrigação de nascer sabendo), Prosecco é uma uva italiana importante, cultivada originalmente na região do Vêneto, de onde saem elegantes espumantes naturais, principalmente perto da comuna de Valdobbiadene. Aliás, segundo uma legislação nova, do final de 2009, a uva nem pode mais ser chamada de Prosecco, seu nome é Glera (um nome antigo que já era utilizado em algumas regiões) e Prosecco passa a ser o espumante da DOC reconhecida, que tem uma área ainda mais específica e diferenciada, onde são produzidos os 'Prosecco Superiore', com regras rígidas e limitantes.
Mas não podemos esquecer dos Franciacorta, uma DOC do Piemonte, que produz maravilhosos espumantes, alguns de estilo similar aos Champagnes e com preços muitas vezes também similares. Dos adocicados Asti, preparados com a uva Moscato Bianco e de fermentação única, cujo nome 'Asti' é também o nome desse método de produção. Além desses, outro espumante popular na Itália é o feito com as uvas Lambrusco na região central da Emiglia Romagna, eles variam tremendamente em estilo e qualidade, e alguns até não são espumantes naturais (o gás é adicionado depois).
E, para finalizar, existem espumantes em praticamente todas as regiões italianas, mesmo que não tenham um nome demarcado conhecido internacionalmente.
Fica aqui o aviso para importadores, vendedores, distribuidores e consumidores: Prosecco não é sinônimo de espumante italiano e o conhecimento não ocupa espaço, ao contrário, cria massa crítica. Bons e HONESTOS goles para todos!
Ainda assim, na manhã de hoje, um desses programas que apresentam de tudo (de loja de móveis a carros, cobertores e alimentos) estava em uma famosa importadora de vinhos do país, mostrando as ofertas deles e falando que Prosecco é sinônimo de espumante italiano. A frase era mais ou menos assim: "Então é Cava na Espanha, Champagne na França e Prosecco na Itália, não é?" O vendedor da loja (de forte sotaque estrangeiro) não corrigiu o apresentador em nenhum momento, ao contrário, para mostrar uma de suas ofertas de Cava, ele reforçou a informação errada.
Francamente, por que não ensinar as pessoas a beberem corretamente, a saberem o que estão colocando dentro de seus corpos? Quem ganha com isso? Vão vender uma caixa de garrafas a mais para um consumidor desavisado?
Vejam só, não quero ser de um didatismo pedante mas acredito que o consumidor consciente também tem 'valor agregado' e isso faz a indústria como um todo valer mais. Enquanto continuarem tratando o consumidor como palhaço (por conta disso a fantasia de garrafa de 'Champanha' da imagem acima) ele terá o direito de continuar comprando vinhos de qualidade inferior, por preço baixo só porque está estampado o nome de um país produtor tradicional na prateleira.
Para quem não conhece (pois ninguém tem a obrigação de nascer sabendo), Prosecco é uma uva italiana importante, cultivada originalmente na região do Vêneto, de onde saem elegantes espumantes naturais, principalmente perto da comuna de Valdobbiadene. Aliás, segundo uma legislação nova, do final de 2009, a uva nem pode mais ser chamada de Prosecco, seu nome é Glera (um nome antigo que já era utilizado em algumas regiões) e Prosecco passa a ser o espumante da DOC reconhecida, que tem uma área ainda mais específica e diferenciada, onde são produzidos os 'Prosecco Superiore', com regras rígidas e limitantes.
Mas não podemos esquecer dos Franciacorta, uma DOC do Piemonte, que produz maravilhosos espumantes, alguns de estilo similar aos Champagnes e com preços muitas vezes também similares. Dos adocicados Asti, preparados com a uva Moscato Bianco e de fermentação única, cujo nome 'Asti' é também o nome desse método de produção. Além desses, outro espumante popular na Itália é o feito com as uvas Lambrusco na região central da Emiglia Romagna, eles variam tremendamente em estilo e qualidade, e alguns até não são espumantes naturais (o gás é adicionado depois).
E, para finalizar, existem espumantes em praticamente todas as regiões italianas, mesmo que não tenham um nome demarcado conhecido internacionalmente.
Fica aqui o aviso para importadores, vendedores, distribuidores e consumidores: Prosecco não é sinônimo de espumante italiano e o conhecimento não ocupa espaço, ao contrário, cria massa crítica. Bons e HONESTOS goles para todos!
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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Para Ler e Pensar
Não costumo colocar mais de um post por dia, tenho lá meus motivos.
Mas abro uma exceção hoje para encaminhá-los para um site no endereço abaixo.
http://www.jornaldovinho.com.br/novo/?p=1127
Ele é feito por meu colega Marcos Pivetta, amigo de jornalismo e de taças.
Fui reler seus posts por um motivo egoísta. Marcos falou deste meu blog em sua página e eu fui lá conferir sua montanha de elogios para os quais vou ter que me redescobrir mais capaz para fazer jus.
Um de seus textos (datado de 9 de fevereiro deste ano) merece ser lido. Embora eu não concorde com alguns de seus pedidos, acho o texto delicioso e então tomo a liberdade de conduzí-los à ele.
Boa leitura e bons goles!
Mas abro uma exceção hoje para encaminhá-los para um site no endereço abaixo.
http://www.jornaldovinho.com.br/novo/?p=1127
Ele é feito por meu colega Marcos Pivetta, amigo de jornalismo e de taças.
Fui reler seus posts por um motivo egoísta. Marcos falou deste meu blog em sua página e eu fui lá conferir sua montanha de elogios para os quais vou ter que me redescobrir mais capaz para fazer jus.
Um de seus textos (datado de 9 de fevereiro deste ano) merece ser lido. Embora eu não concorde com alguns de seus pedidos, acho o texto delicioso e então tomo a liberdade de conduzí-los à ele.
Boa leitura e bons goles!
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Terra Natal
Confesso que a resposta me fez pensar. Não porque ela contenha uma certa ironia, mas porque sempre me considerei uma pessoa da cidade grande. Aliás, verdade seja dita, sou tremendamente alérgica aos insetos de qualquer parte, seja rural, litorânea etc. Cada vez que viajo para um lugar desses perco mais tempo passando protetores e repelentes do que maquiagem.
Ou seja, não são lugares nos quais meu corpo esteja confortável. Mas, fato é, que a alma está. Pra lá de confortável, está naquela zona em que a gente faz o que for necessário sem perceber os contratempos, os desconfortos.
Ainda assim, é preciso levar em consideração que, por mais familiar que esses lugares sejam para mim, não são minha casa, minha rotina. Não terei que me ocupar com a continuidade das relações pessoais que, inevitavelmente acabam revelando um lado das pessoas não tão sociável. Não terei que me ocupar com as lides do dia-a-dia, como comida, arrumação, contas.
Essas viagens de trabalho são sempre um momento em que a rotina é suspensa, e se elas propiciam uma aproximação com uma realidade mais bela e diferenciada, é claro que tudo se reflete na face da gente e parecemos estar em algum lugar melhor.
A filosofia budista tem um pensamento tão importante como difícil de seguir: "Esteja onde está e viva o momento". Parece fácil, mas não é. Embora eu esteja ciente de que quando conseguimos isso, tudo fica mais fácil. É mais do que foco, é mais do que concentração, é só se permitir estar lá, naquele momento, pois não podemos estar em dois lugares ao mesmo tempo, então a cabeça e o corpo devem estar em sintonia.
Talvez no momento daquela foto eu tenha conseguido isso. Eu estava lá e embora não fosse e nem nunca será minha terra natal, naquele exato momento minha mente e meu corpo estavam no mesmo lugar. Descansados, felizes, imperturbados, em paz.
Por isso sou grata!
P.S.: E uma vez que hoje finquei o pé na seção 'querido diário' aproveito para dar os parabéns para uma prima muito querida, Dra. Ana Maria, que tem uma lembrança um tanto peculiar de mim em nossa infância, ligada a uma meia-garrafa de vinho suave...
Prima, que bom que aprendemos a beber melhor! Muitos brindes ao longo de sua vida e muitos bons momentos!
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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Meno Male...
Estou de volta do calor da Serra Gaúcha para o calor, engarrafamento, poluição e sujeira da cidade de São Paulo. Mas ao menos sou portadora de algumas boas notícias.
Recém começou a vindima das uvas tintas por aqueles lados, então é cedo para dizer quais as uvas mais afetadas pelo excesso de chuva em novembro (época da brotação) e em janeiro/fevereiro (época de amadurecimento). Coisa certa é que a safra do RS deve ter uma diminuição de 30%, aproximadamente, dizem vários enólogos e proprietários da região. Grande parte da tintas utilizadas nos vinhos mais especiais da Serra (Storia da Valduga, Lote 43 da Miolo, Tannat da Don Laurindo, entre outras) ainda permanecem no parreiral esperando o ponto certo de maturação, que deverá acontecer somente na primeira semana de março (se as chuvas fortes derem trégua).
"Meno male" que as uvas brancas, principalmente aquelas para espumante e algumas para varietais, foram colhidas em muito bom estado. Acreditem-me, existem alguns espumantes feitos pelo método charmat (as duas fermentações dentro do tanque de inox) que já estão quase prontos.
Abaixo, um dos parreirais de Cabernet Sauvignon da Valduga, que tem recebido atenção redobrada da equipe de agrônomos e enólogos.
E antes que eu deixe passar: agradecimento especial ao pessoal da Valduga, que mais uma vez me recebeu tão bem que só minha família e minha gata para me fazerem voltar.
Meu sincero abraço para João e Juarez Valduga, Jones e Eduardo Valduga, Juciane Casagrande e Fabiano (Comercial e Marketing), os enólogos Daniel e Lucas, o agrônomo Silvano, a enóloga Aline, na pousada minha xará Silvia e a Andréia, o chef Laércio e o garçom Walter e na Casa de Madeira o chef Daian. Meu muito obrigado para todos!
Recém começou a vindima das uvas tintas por aqueles lados, então é cedo para dizer quais as uvas mais afetadas pelo excesso de chuva em novembro (época da brotação) e em janeiro/fevereiro (época de amadurecimento). Coisa certa é que a safra do RS deve ter uma diminuição de 30%, aproximadamente, dizem vários enólogos e proprietários da região. Grande parte da tintas utilizadas nos vinhos mais especiais da Serra (Storia da Valduga, Lote 43 da Miolo, Tannat da Don Laurindo, entre outras) ainda permanecem no parreiral esperando o ponto certo de maturação, que deverá acontecer somente na primeira semana de março (se as chuvas fortes derem trégua).
"Meno male" que as uvas brancas, principalmente aquelas para espumante e algumas para varietais, foram colhidas em muito bom estado. Acreditem-me, existem alguns espumantes feitos pelo método charmat (as duas fermentações dentro do tanque de inox) que já estão quase prontos.
Abaixo, um dos parreirais de Cabernet Sauvignon da Valduga, que tem recebido atenção redobrada da equipe de agrônomos e enólogos.
E antes que eu deixe passar: agradecimento especial ao pessoal da Valduga, que mais uma vez me recebeu tão bem que só minha família e minha gata para me fazerem voltar.
Meu sincero abraço para João e Juarez Valduga, Jones e Eduardo Valduga, Juciane Casagrande e Fabiano (Comercial e Marketing), os enólogos Daniel e Lucas, o agrônomo Silvano, a enóloga Aline, na pousada minha xará Silvia e a Andréia, o chef Laércio e o garçom Walter e na Casa de Madeira o chef Daian. Meu muito obrigado para todos!
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sábado, 20 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Um dia diferente em Bento Gonçalves
Mal começamos um debate sobre uvas viníferas, híbridas e americanas, que merecia mais informação, atenção e tempo quando tive que partir para outra parte da visita. Fui recebida pelo Chefe de Pesquisa, o enólogo Dr. Mauro Zanus, pelo enólogo e pesquisador Dr. Celito Guerra e pela assessora de imprensa Viviane. A conversa/entrevista estava excelente, mesmo que (me perdoem as esposas, por favor) algumas vezes ficasse difícil me concentrar diante de tantos pares de olhos azuis, coisa rara de ser ver em São Paulo.
Mas isso não vem ao caso....risos....é só um detalhe que irrita marido e agrada as amigas...
A foto que aparece acima é do laboratório de microvinificação da Embrapa, e nessas garrafas de vinho estão pequeninas parcelas de uvas viníferas em fermentação, tal qual seria em grande escala em uma vinícola. A sala é climatizada e na parte superior de cada garrafão é possível ver um dispositivo de vidro que permite que o gás carbônico produzido durante a fermentação saia, impedindo que a garrafa estoure, claro. O som é delicioso, são discretos mas presentes "PÓÓCCCs". Deve ser como estar no laboratório do Professor Pardal.
Perdoem-me o excesso de associações com coisas lúdicas, mas é que este lugar vai entrando no sangue mais do que o álcool dos vinhos.
Por fim, pois não quero que este post vire um tratado, segue a foto do enólogo Irineo Dall'Agnol, que é o responsável por esse laboratório de microvinificação, além de ter sua própria vinícola, a 'Estrelas do Brasil' que faz alguns espumantes muito elegantes e um tinto assemblage da safra 2005 que é um show!
Com ele passei alguns momentos em uma aula rápida de degustação de tintos. Irineo, que eu conhecia pouco mas já admirava, é de uma franqueza deliciosa, mascarada por seu jeito discreto e um tanto tímido.
Mas em pouco mais de 40 minutos, me falou coisas sobre degustação que eu já imaginava mas não tinha sido capaz de formatar o pensamento todo unido. Obrigado Irineo, espero ter outras oportunidades como essa!
Pessoal, tenho somente mais um dia aqui na Valduga. Ao voltar, contarei novidades várias. Bons goles e bom final de semana!
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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Quem sabe faz ao vivo!
A foto que você vê abaixo é da recepção de uvas da Casa Valduga, tirada ontem no final da tarde. Quando cheguei ao prédio onde é feita a vinificação, totalmente de surpresa, com a Diretora Comercial Juciane Casagrande, estavam ao lado da esteira de seleção os enólogos da casa, João Valduga, Eduardo Valduga e Daniel dalla Valle.
Perguntei se eram uvas especiais as que estavam entrando na esteira de seleção e ouvi a surpreendente resposta: "São uvas da cepa Trebbiano, que usamos como parte dos vinhos base de espumante que fazemos para terceiros", contou o enólogo Daniel.
Eu resolvi colocar este post pois fiquei muito impressionada ao chegar e encontrar os principais enólogos da casa selecionando manualmente as uvas, no final de uma tarde quente de verão, para um produto que não levará nem mesmo o nome da vinícola. E para completar, não foi uma coisa feita para impressionar jornalista, pois eu estava calmamente saboreando um merecido espumante 130 com a Juciane na varanda do varejo, quando perguntei à ela onde estavam os enólogos e ela me contou que estavam no recebimento das uvas. Eu perguntei se poderíamos ir lá ver (mesmo sabendo que teria que deixar aquela perfeita taça de espumante pela metade) e ela, sem nem mesmo piscar, disse-me: "Sim, claro, quer ir agora?"
E fomos...
Por isso usei como título desta postagem o bordão do Faustão. "Quem sabe faz ao vivo", ao que eu completo, quem não tem nada para esconder, vive em paz...
Hoje passeei pelos vinhedos com o João Valduga. Almoçamos no novo resturante Maria Valduga, mas isso tudo fica para outro post...
Bons goles e até mais...
Perguntei se eram uvas especiais as que estavam entrando na esteira de seleção e ouvi a surpreendente resposta: "São uvas da cepa Trebbiano, que usamos como parte dos vinhos base de espumante que fazemos para terceiros", contou o enólogo Daniel.
Eu resolvi colocar este post pois fiquei muito impressionada ao chegar e encontrar os principais enólogos da casa selecionando manualmente as uvas, no final de uma tarde quente de verão, para um produto que não levará nem mesmo o nome da vinícola. E para completar, não foi uma coisa feita para impressionar jornalista, pois eu estava calmamente saboreando um merecido espumante 130 com a Juciane na varanda do varejo, quando perguntei à ela onde estavam os enólogos e ela me contou que estavam no recebimento das uvas. Eu perguntei se poderíamos ir lá ver (mesmo sabendo que teria que deixar aquela perfeita taça de espumante pela metade) e ela, sem nem mesmo piscar, disse-me: "Sim, claro, quer ir agora?"
E fomos...
Por isso usei como título desta postagem o bordão do Faustão. "Quem sabe faz ao vivo", ao que eu completo, quem não tem nada para esconder, vive em paz...
Hoje passeei pelos vinhedos com o João Valduga. Almoçamos no novo resturante Maria Valduga, mas isso tudo fica para outro post...
Bons goles e até mais...
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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Famiglia Valduga Co.
A foto acima é, para mim, um privilégio. Conheci o patriarca dos Valduga na década de 1990, na sede da vinícola no Vale dos Vinhedos. Eu e meu marido estávamos hospedados na recém-aberta pousada (somente 4 quartos e uma casa que abrigava grupos) e o local onde jantávamos, provávamos os vinhos e comprávamos produtos é onde hoje está o restaurante Luigi V (em homenagem ao sorridente patriarca). Em um banco de madeira na frente do restaurante ele se sentava, recebendo turistas com o carinho inato dos Valduga. Todos os dias ele nos sugeria lugares e vinícolas para visitar, e quando retornávamos nos convidava para um brinde e aperitivos antes do jantar.
A vinícola já era grande - que ninguém se engane - mas o tratamento era (não personalizado) pessoal mesmo. Era como estar em família.
Desde então, é assim que me sinto em relação aos Valduga. E amanhã, 4a feira de cinzas, terei o privilégio de me hospedar na pousada (agora com o elegante nome de Villa Valduga) como convidada dessa família tão especial.
Vou acompanhar (se o tempo permitir) uma parte da colheita, celebrar a festa da Vindima no próximo sábado junto aos turistas e amigos da família, e também aproveitar para conhecer a sede da Embrapa Uva e Vinho, onde João Valduga trabalhou e cujos pesquisadores são seus parceiros até hoje.
Sempre que for possível, colocarei novos posts diretamente da sede da Valduga, com algumas novidades.
A mesa posta ao lado, com sous-plat de vidro decorado com videiras, é só mais um dos lindos detalhes com os quais a família recebe seus convidados, jornalistas ou não, pois as primeiras vezes em que estive lá eu não trabalhava diretamente com o mundo do vinho e o carinho e cuidado eram os mesmos.
Deste último dia de Carnaval, seguem os desejos de bons vinhos e bons goles para todos e uma excelente safra para nossos vinhateiros no Brasil todo (mesmo sob condições adversas).
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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Mais Sauvignon Blanc em Santa Catarina
Veja só que linda foto, feita no dia 5 de fevereiro, pelo enólogo Jefferson S. Nunes, diretor do Enolab de Flores da Cunha, nas terras altas catarinenses da Vinícola Pericó, sua cliente no estado.
As uvas da casta Sauvignon Blanc, que tradicionalmente vão muito bem no Chile, na Austrália e na Nova Zelândia, parecem gostar mais das terras altas e frias de Santa Catarina do que do Rio Grande do Sul. Claro que alguns exemplares gaúchos apresentam bons resultados, mas se nos focarmos no quesito 'tipicidade', as de Santa Catarina são mais intensas e mais representativas da casta.
O primeiro grande resultado dessas uvas por lá foi do excelente Núbio, da Sanjo, da safra 2008. Até o momento um varietal insuperável, daqueles para se comprar uma caixa e beber sem pensar demais.
Temos ainda com muito boa qualidade o da Villaggio Grando, mais delicado e mineral, vindo de um terroir já diferente do de São Joaquim.
Agora, resta-nos saber se a bela foto acima, com uvas ainda um pouco longes da colheita, poderá ser transformado em mais um varietal elegante, intenso e fresco de São Joaquim. O enólogo afirmou, na época da foto, que as bagas já começavam a mudar de coloração, afirmar sua doçura e já prenunciavam um suave aroma de maracujá.
Jefferson é o responsável técnico pelo grande sucesso dos espumantes da Pericó (que ganham prêmios desde o lançamento) e pelo rosé de Cabernet Sauvignon, mais afinado na segunda safra (de 2009) do que na primeira de 2008. Um feito e tanto, que me faz esperar ansiosamente para ver o que virá por aí.
Ah! Tudo isso sem esquecer que no ano passado foram colhidas uvas com as primeiras geadas do ano, que foram transformadas no primeiríssimo Ice Wine brasileiro, com lançamento previsto para 10/10/2010, às 10h10. Os números não foram escolhidos ao acaso, claro. Mas para saber o porque, é necessário perguntar ao proprietário da Vinícola Pericó, o empresário catarinense Wandér Weege.
Mais sobre Ice Wines (para aqueles que não o conhecem) em um próximo post.
Bons Goles de verão! Ah lá la ôôôô!!!
As uvas da casta Sauvignon Blanc, que tradicionalmente vão muito bem no Chile, na Austrália e na Nova Zelândia, parecem gostar mais das terras altas e frias de Santa Catarina do que do Rio Grande do Sul. Claro que alguns exemplares gaúchos apresentam bons resultados, mas se nos focarmos no quesito 'tipicidade', as de Santa Catarina são mais intensas e mais representativas da casta.
O primeiro grande resultado dessas uvas por lá foi do excelente Núbio, da Sanjo, da safra 2008. Até o momento um varietal insuperável, daqueles para se comprar uma caixa e beber sem pensar demais.
Temos ainda com muito boa qualidade o da Villaggio Grando, mais delicado e mineral, vindo de um terroir já diferente do de São Joaquim.
Agora, resta-nos saber se a bela foto acima, com uvas ainda um pouco longes da colheita, poderá ser transformado em mais um varietal elegante, intenso e fresco de São Joaquim. O enólogo afirmou, na época da foto, que as bagas já começavam a mudar de coloração, afirmar sua doçura e já prenunciavam um suave aroma de maracujá.
Jefferson é o responsável técnico pelo grande sucesso dos espumantes da Pericó (que ganham prêmios desde o lançamento) e pelo rosé de Cabernet Sauvignon, mais afinado na segunda safra (de 2009) do que na primeira de 2008. Um feito e tanto, que me faz esperar ansiosamente para ver o que virá por aí.
Ah! Tudo isso sem esquecer que no ano passado foram colhidas uvas com as primeiras geadas do ano, que foram transformadas no primeiríssimo Ice Wine brasileiro, com lançamento previsto para 10/10/2010, às 10h10. Os números não foram escolhidos ao acaso, claro. Mas para saber o porque, é necessário perguntar ao proprietário da Vinícola Pericó, o empresário catarinense Wandér Weege.
Mais sobre Ice Wines (para aqueles que não o conhecem) em um próximo post.
Bons Goles de verão! Ah lá la ôôôô!!!
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domingo, 14 de fevereiro de 2010
Casamento em Sábado de Carnaval!
"...Venha veja deixa beija seja
O que Deus quiser
A gente se embala se embola se embola
Só pára na porta da igreja
A gente se olha se beija se molha
De chuva suor e cerveja"
Eles se conheceram há exatos 10 anos (dia 13 de fevereiro de 2000) e ontem, às 20h, eles não pararam na porta da igreja como diz a marchinha popularíssima de Caetano Veloso citada acima. Eles entraram! Eles afirmaram na frente de família e amigos MUITO emocionados, além é claro do santo patrono da capela onde casaram-se (São Judas Tadeu), que vão continuar se amando, se beijando, se embolando por muitos carnavais!
Na foto, meus primos queridos Kamila e Rafael, brindam com espumante Chandon Rosé, durante sua festa animada no clube de campo de Rio Claro.
Parabéns queridos! Muitos Carnavais, muito suor, cerveja (e espumante, claro!), chuva para refrescar, amigos para celebrar e família para apoiar!
O que Deus quiser
A gente se embala se embola se embola
Só pára na porta da igreja
A gente se olha se beija se molha
De chuva suor e cerveja"
Eles se conheceram há exatos 10 anos (dia 13 de fevereiro de 2000) e ontem, às 20h, eles não pararam na porta da igreja como diz a marchinha popularíssima de Caetano Veloso citada acima. Eles entraram! Eles afirmaram na frente de família e amigos MUITO emocionados, além é claro do santo patrono da capela onde casaram-se (São Judas Tadeu), que vão continuar se amando, se beijando, se embolando por muitos carnavais!
Na foto, meus primos queridos Kamila e Rafael, brindam com espumante Chandon Rosé, durante sua festa animada no clube de campo de Rio Claro.
Parabéns queridos! Muitos Carnavais, muito suor, cerveja (e espumante, claro!), chuva para refrescar, amigos para celebrar e família para apoiar!
"Meu coração amanheceu pegando
fogo, fogo, fogo
Foi uma morena que passou perto de mim,
fogo, fogo, fogo
Foi uma morena que passou perto de mim,
E que me deixou as......sim"
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sábado, 13 de fevereiro de 2010
"...os dois mascarados procuram os seus namorados perguntando assim..."
"...quem é você, diga logo que eu quero saber..."
Bom Carnaval para todos! Mesmo para quem não gosta, e hoje está na internet, lendo coisas importantes ou nem tão importantes, buscando namorados mascarados ou almas gêmeas desveladas...
Poéticas à parte, talvez fosse mais prazeiroso encontrar essa pessoa em um baile de Carnaval, atrás de um trio elétrico ou mesmo atravessando um sambódromo. Mas vamos lá, pois não estou aqui para estudar a alma de ninguém e sim para falar de vinho....e carnaval, claro!
Vamos viajar um pouco...atentem as semelhanças entre as fotos abaixo:
Bom Carnaval para todos! Mesmo para quem não gosta, e hoje está na internet, lendo coisas importantes ou nem tão importantes, buscando namorados mascarados ou almas gêmeas desveladas...
Poéticas à parte, talvez fosse mais prazeiroso encontrar essa pessoa em um baile de Carnaval, atrás de um trio elétrico ou mesmo atravessando um sambódromo. Mas vamos lá, pois não estou aqui para estudar a alma de ninguém e sim para falar de vinho....e carnaval, claro!
Vamos viajar um pouco...atentem as semelhanças entre as fotos abaixo:
Alguém fica com alguma dúvida sobre de onde vem o nosso Carnaval? A música não, é claro, mas as roupas, os estilos, o desejo de ser, por alguns dias, alguém diferente. Quem já passou o Carnaval em Veneza sabe do que estou falando, as pessoas e a cidade (que já parece um livro de história aberto no tempo) se fantasiam e brincam nas estreitas ruas, sob o sol pálido do inverno.
Aqui nos trópicos, vestimos as mesmas fantasias, com o mesmo tanto de penas e adereços e um pouco menos de tecido.
Se lhe deu uma súbita vontade de celebrar Veneza, vamos falar de seu vinho mais famoso, o espumante da uva Prosecco, que compõe o coquetel mais celebrado da cidade, criado lá em um hotel chique e exclusivo. A receita verdadeira do Bellini criado no Harry's Bar é: em uma taça de espumante coloque o purê de dois ou três pêssegos brancos (ainda é possível encontrar alguns por aqui) com algumas gotinhas de limão, complete a taça com espumante prosecco e mexa levemente.
Vou afirmar categoricamente: essa é a receita de verdade, o resto que existe por aí pode até ser saboroso, mas é adaptação ou invencionice mesmo.
Outra coisa: nada de dizer "me dá um Prosequinho". O garçon ou sommelier que escuta isso já vai saber de cara que a pessoa não sabe o que está bebendo e, se for mau caráter, vai lhe servir qualquer coisa com borbulhas.
Prosecco é uma uva italiana, que se dá muito bem na região de Valdobbiadenne, razoavelmente próximo de Veneza. Seus espumantes variam de estilo e qualidade e atualmente não são mais produzidos somente nessa região, originando produtos nem sempre de qualidade, como muitos que aportaram no Brasil e fizeram a festa (literalmente) de buffets e consumidores. Então, se for comprar, oriente-se pelo preço (infelizmente). É muito raro encontrar um bom prosecco italiano por menos de 25 reais. Para ficar feliz nessa faixa de preço, opte por um espumante brasileiro (existem alguns feitos aqui com a uva Prosecco também, de qualidade bem honesta, como por exemplo o da Casa Valduga, da linha Premium).
Se ficou em dúvida, escolha um bom espumante brut brasileiro, como os novos da .Nero, Estrelas do Brasil, Arte Brut da Valduga, Miolo Cuvée Tradition, Fausto de Pizzato, entre tantos outros, pois sempre existem boas opções entre nossos espumantes.
Feliz Carnaval! Bons Goles!
"Se você pensa que cachaça é água,
Cachaça não é água não.
Cachaça vem do alambique,
e água vem do ribeirão."
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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Carnaval com Espumante!
Esta é para quem está ou vai para o Rio de Janeiro.
Amanhã, dia 13, tem feijoada especial no restaurante Terral do Sheraton Barra com um grupo da bateria da Escola de Samba Unidos da Vila Isabel, além de passistas da escola. E para dar um tempero especial, tem espumante Dal Pizzol para acompanhar e a possibilidade de deixar as camisetas do evento muito diferenciadas com a ajuda dos alunos de moda do Instituto Zuzu Angel.
É claro que também tem caipirinha e choppe, mas fica a dica: não misture destilados com fermentados e mais a feijoada e o torresmo por cima, senão seu Carnaval termina logo no primeiro dia...
Escolha o que vai beber e não misture, ou melhor, alterne a bebida alcóolica com muita água mineral e coma bem, mas sem pensar que é o fim do mundo. Sambe, cante, respeite, ame e seja feliz!
Segue o serviço da feijoada:
Amanhã, dia 13, tem feijoada especial no restaurante Terral do Sheraton Barra com um grupo da bateria da Escola de Samba Unidos da Vila Isabel, além de passistas da escola. E para dar um tempero especial, tem espumante Dal Pizzol para acompanhar e a possibilidade de deixar as camisetas do evento muito diferenciadas com a ajuda dos alunos de moda do Instituto Zuzu Angel.
É claro que também tem caipirinha e choppe, mas fica a dica: não misture destilados com fermentados e mais a feijoada e o torresmo por cima, senão seu Carnaval termina logo no primeiro dia...
Escolha o que vai beber e não misture, ou melhor, alterne a bebida alcóolica com muita água mineral e coma bem, mas sem pensar que é o fim do mundo. Sambe, cante, respeite, ame e seja feliz!
Segue o serviço da feijoada:
FEIJOADA CARNAVALESCA - RESTAURANTE TERRAL
Dia 13 de fevereiro (sábado), das 13h às 17h. Valor: R$ 125,00
Sheraton Barra Hotel & Suítes - Av. Lúcio Costa, 3.150 – Barra da Tijuca
Informações e reservas pelo telefone: (21) 3139-8066
Cartões de créditos: todos
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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
"Bueno Bellavista Estate"
Talvez assim, de primeira olhada, você não reconheça a pessoa que aparece na foto abaixo. Então, para não me perder em metáforas esportivas, vou logo dizer quem é. É o narrador esportivo e empresário Galvão Bueno. Ele mesmo. Colhendo uvas Chardonnay no parreiral da Miolo.
No ano passado, durante a visita de Michel Rolland ao Brasil para o lançamento do Sesmarias da Miolo, Galvão que fazia parte do grupo, se encantou com a nossa indústria vitivinícola e rapidamente (como largada de Fórmula Um - perdoem, não resisti) escolheu terras para sí, lá na Campanha Gaúcha (de onde vêm as uvas para o seu vinho tinto no estilo bordalês) além de comprar uvas da Miolo dentro do Vale dos Vinhedos para seu espumante "Bueno Cuvée Prestige".
Os vinhos serão lançados em agosto deste ano e um Galvão Bueno super empolgado, mostra que vem estudando muito sobre métodos de produção e tudo o que se refere ao mundo dos vinhos. "Beber é fácil, fazer é muito difícil, mas também fascinante" disse.
Os vinhos serão lançados em agosto deste ano e um Galvão Bueno super empolgado, mostra que vem estudando muito sobre métodos de produção e tudo o que se refere ao mundo dos vinhos. "Beber é fácil, fazer é muito difícil, mas também fascinante" disse.
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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Vinho e outros prazeres
Comer no Hotel e Spa do Vinho do Vale dos Vinhedos é um dos grandes prazeres da serra gaúcha. O jantar que nos foi oferecido pela Miolo, no qual desfrutamos da companhia bela e agradável da assessora de imprensa Thais Zanchettin, de um dos proprietários da Miolo, Antonio e da Relações Públicas da empresa Gabriela Jornada (os três na foto da esquerda para a direita, só para dizer que não são só os homens gaúchos que são belos), foi mais uma vez exemplar.
Antes de contar o cardápio, vou me permitir um parêntese longo. Estive no Spa do Vinho em sua inauguração em 2007 e já tive o privilégio de me hospedar lá outras duas vezes e também de desfrutar dos tratamentos estéticos exclusivos mesmo quando não estava hospedada. Por isso posso dizer que comer lá é especial e diferente dos cardápios de todo o vale. O chef Fábio Lima, com larga experiência em restaurantes de alta gama, só reclamou uma vez para mim da dificuldade de conseguir ingredientes diferenciados, coisas que ele só acha na capital Porto Alegre.
Mas mesmo quando Fábio está de folga (o que foi o caso desta vez), a cozinha funciona bem. O sous chef Murilo Luz nos alimentou com o seguinte cardápio:
-Patês de azeitona, sardela, ricota com ervas e pães caseiros acompanhos de azeite extra virgem e Espumante Miolo Milesimé,
-Salada de folhas verdes com crocante de queijo Brie e uvas, que foi acompanhada do Pinot Grigio da Fortaleza do Seival,
-Filé Mignon recheado com Camembert, molho escuro de cogumelos, salteado de legumes e gratin de batatas, acompanhados do Lote 43 do ano de 2005, para mim o melhor Lote 43 depois da emblemática safra de 1999 (veja na foto).
A sobremesa (criada pelo chef Iuri Guimarães), foi um generoso mil folhas de chocolate acompanhada do Porto Osborne.
Bons vinhos, boa companhia e excelente culinária. Todas as marcas registradas da Serra!
Antes de contar o cardápio, vou me permitir um parêntese longo. Estive no Spa do Vinho em sua inauguração em 2007 e já tive o privilégio de me hospedar lá outras duas vezes e também de desfrutar dos tratamentos estéticos exclusivos mesmo quando não estava hospedada. Por isso posso dizer que comer lá é especial e diferente dos cardápios de todo o vale. O chef Fábio Lima, com larga experiência em restaurantes de alta gama, só reclamou uma vez para mim da dificuldade de conseguir ingredientes diferenciados, coisas que ele só acha na capital Porto Alegre.
Mas mesmo quando Fábio está de folga (o que foi o caso desta vez), a cozinha funciona bem. O sous chef Murilo Luz nos alimentou com o seguinte cardápio:
-Patês de azeitona, sardela, ricota com ervas e pães caseiros acompanhos de azeite extra virgem e Espumante Miolo Milesimé,
-Salada de folhas verdes com crocante de queijo Brie e uvas, que foi acompanhada do Pinot Grigio da Fortaleza do Seival,
-Filé Mignon recheado com Camembert, molho escuro de cogumelos, salteado de legumes e gratin de batatas, acompanhados do Lote 43 do ano de 2005, para mim o melhor Lote 43 depois da emblemática safra de 1999 (veja na foto).
A sobremesa (criada pelo chef Iuri Guimarães), foi um generoso mil folhas de chocolate acompanhada do Porto Osborne.
Bons vinhos, boa companhia e excelente culinária. Todas as marcas registradas da Serra!
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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Suco de Chardonnay
O sol ainda não estava alto no céu, no último sábado dia 6 de fevereiro, quando nos sentamos na bem montada sala de degustação do prédio que recebe os visitantes na Miolo, no Vale dos Vinhedos (RS).
Junto ao grupo de turistas que pagaram 150 reais por pessoa para estarem lá, nosso grupo contava com os enófilos paulistanos Didú Russo e Renato Frascino, o jornalista da revista Época Celso Masson, uma jornalista de Salvador e uma de Joinville, além desta jornalista paulistana.
Fomos recebidos pela Relações Públicas da empresa Gabriela Jornada (que também é enóloga) e pelo diretor e enólogo Adriano Miolo.
Ainda que estivesse chovendo e nenhuma das atividades fora da sala pudessem ser feitas, o fato de ter uma aula com Adriano Miolo valeria a viagem. Ele fez uma introdução aos processos que transformam uvas brancas e tintas em vinhos brancos e espumantes e nos acompanhou ao vinhedo de São Gabriel, onde fomos recebidos pelo agrônomo Ciro Pavan e pudemos colher alguns cachos de uva Chardonnay do mesmo parreiral de onde saem as uvas para o melhor espumante da casa, o Milesimé.
Junto ao grupo de turistas que pagaram 150 reais por pessoa para estarem lá, nosso grupo contava com os enófilos paulistanos Didú Russo e Renato Frascino, o jornalista da revista Época Celso Masson, uma jornalista de Salvador e uma de Joinville, além desta jornalista paulistana.
Fomos recebidos pela Relações Públicas da empresa Gabriela Jornada (que também é enóloga) e pelo diretor e enólogo Adriano Miolo.
Ainda que estivesse chovendo e nenhuma das atividades fora da sala pudessem ser feitas, o fato de ter uma aula com Adriano Miolo valeria a viagem. Ele fez uma introdução aos processos que transformam uvas brancas e tintas em vinhos brancos e espumantes e nos acompanhou ao vinhedo de São Gabriel, onde fomos recebidos pelo agrônomo Ciro Pavan e pudemos colher alguns cachos de uva Chardonnay do mesmo parreiral de onde saem as uvas para o melhor espumante da casa, o Milesimé.
De volta à vinícola, observamos todas as fases dos processos envolvidos na transformação das uvas em vinhos brancos tranquilos ou espumantes, acompanhados dos enólogos responsáveis por cada etapa do processo, tudo sob a supervisão de Adriano Miolo.
Delicioso foi beber diretamente do tanque (veja foto abaixo) o suco prensado há menos de 12 horas, das uvas Chardonnay. Doce, perfumado e macio na boca, é uma experiência imperdível para quem faz essa visita. Deveria ser comercializado e vendido nos restaurantes mais elegantes, no lugar de refrigerantes que por vezes têm a ousadia de acompanhar pratos gourmet. Fica a sugestão...
O nível das informações recebidas não nos qualifica, obviamente, para a profissão de enólogos, mas certamente nos dá uma percepção muito mais acurada do que somente a leitura sobre esses processos é capaz.
De volta à sala, Adriano nos guiou por uma degustação que começou com o mosto, passando pelos vinhos em fermentação, o vinho base de espumante recém composto (50% de Chardonnay e 50% de Pinot Noir) e finalmente os vinhos prontos.
Terminando o dia em grande estilo, almoçamos com a família Miolo, na Ostaria de chão de terra batida, provando a tradicional culinária dos imigrantes, feita pela mãe de Adriano e Fábio Miolo ao som das cançonetas italianas. Dias assim são tão preciosos que não se pode deixar de agradecer pela oportunidade e brindar sempre, como diz meu pai Etore: "Que nunca nos falte".
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Rumo às vinhas!
Amanhã, 6a feira, deixarei a quente cidade de SP em direção à mais quente ainda Porto Alegre. De lá vou para o Vale dos Vinhedos, a convite da Vinícola Miolo, para participar do Wine Day de vinhos brancos e espumantes no sábado, dia 6.
O Wine Day está se transformando em uma tradição da Miolo, que aproxima turistas, jornalistas e amigos do vinho em geral do processo de produção da bebida desde a colheita da uva, coisa que só é possível nesta época do ano. Segundo informa o release da assessoria de imprensa da Vinícola, nesta ano de 2010 a novidade é que o evento será realizado não somente no Vale dos Vinhedos, mas também no projeto Fortaleza do Seival, na Campanha (RS).
São três opções de datas de curso que ocorrem em Fevereiro e Março nas unidades gaúchas.
Com duração de 7 horas, o curso inicia com uma palestra teórica sobre cada fase da elaboração de vinhos. Em seguida, os alunos são levados até os vinhedos, onde colhem as uvas, e depois seguem para a cantina para observar in loco o recebimento dos cachos, a fermentação e os demais processos de elaboração. Por fim, visitam as caves de envelhecimento. Em seguida, faz-se uma degustação que vai desde o mosto de uva até o vinho mais evoluído, para ajudar a entender o processo de transformação que acontece na bebida. No final do encontro, os alunos participam de almoço típico harmonizado (na Ostaria Mamma Miolo do Vale) e recebem os certificados.
Ainda segundo a comunicação oficial da Vinícola, as edições do Wine Day da Fortaleza do Seival e da Vinícola Miolo serão conduzidas pelos enólogos e agrônomos de cada empreendimento.
Com duração de 7 horas, o curso inicia com uma palestra teórica sobre cada fase da elaboração de vinhos. Em seguida, os alunos são levados até os vinhedos, onde colhem as uvas, e depois seguem para a cantina para observar in loco o recebimento dos cachos, a fermentação e os demais processos de elaboração. Por fim, visitam as caves de envelhecimento. Em seguida, faz-se uma degustação que vai desde o mosto de uva até o vinho mais evoluído, para ajudar a entender o processo de transformação que acontece na bebida. No final do encontro, os alunos participam de almoço típico harmonizado (na Ostaria Mamma Miolo do Vale) e recebem os certificados.
Ainda segundo a comunicação oficial da Vinícola, as edições do Wine Day da Fortaleza do Seival e da Vinícola Miolo serão conduzidas pelos enólogos e agrônomos de cada empreendimento.
Programação Wine Day 2010
Vinícola Miolo – Vale dos Vinhedos (RS)DATAS:
Vinhos Brancos e Espumantes: 06/02/2010
Vinhos Tintos: 13/03/2010
LOCAL:
Vinícola Miolo, RS 444, km 21 - Vale dos Vinhedos
Bento Gonçalves - RS
Vinhos Brancos e Espumantes: 06/02/2010
Vinhos Tintos: 13/03/2010
LOCAL:
Vinícola Miolo, RS 444, km 21 - Vale dos Vinhedos
Bento Gonçalves - RS
Vinícola Fortaleza do Seival – Campanha (RS)DATA:
Vinhos Tintos: 27/03/2010
HORÁRIO:
Início às 08h30min (para todos os cursos)
PREÇO:
R$ 150,00 com almoço incluído
LOCAL:
Vinícola Fortaleza do Seival BR 293 Km 148,5 Caixa Postal. 16
96495-000 Candiota - RS
INSCRIÇÕES/INFORMAÇÕES:
Vinhos Tintos: 27/03/2010
HORÁRIO:
Início às 08h30min (para todos os cursos)
PREÇO:
R$ 150,00 com almoço incluído
LOCAL:
Vinícola Fortaleza do Seival BR 293 Km 148,5 Caixa Postal. 16
96495-000 Candiota - RS
INSCRIÇÕES/INFORMAÇÕES:
Através do e-mail: gabriela@miolo.com.br ou pelo telefone 54 2102-1512
Na foto abaixo a Vinícola Miolo vista da janela do Hotel Spa do Vinho.
Semana que vem contarei como foi a experiência do Wine Day. Enquanto isso, bom final de semana e bons goles!
Na foto abaixo a Vinícola Miolo vista da janela do Hotel Spa do Vinho.
Semana que vem contarei como foi a experiência do Wine Day. Enquanto isso, bom final de semana e bons goles!
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Porto Alegre 40 graus...
Cedo ou tarde vamos ter que nos dar conta de que esta é uma era de extremos, principalmente em relação ao clima. Dois meses seguidos de chuvas no estado de São Paulo já levaram 70 vidas na correnteza.
Na cidade de Porto Alegre, a capital mais fria do Brasil, a temperatura ontem chegou aos 41 graus e com sensação térmica de 44 graus. Meu termostato interno me avisa que qualquer coisa abaixo de 7 graus é muito frio e acima de 27 é muito quente.
Como só há de ser, minha preocupação recai sobre a qualidade das uvas que vamos conseguir sob condições tão extremas. Fico sabendo através de alguns releases que no Vale dos Vinhedos as uvas brancas para espumantes estão melhores do que o esperado (assim informa a Salton e o Daniel Dalla Vale da Valduga), obviamente que isso se refere aos produtores que tiveram cuidados extras com o vinhedo no final de 2009 e começo de 2010. As tintas parecem estar amadurecendo bem, sob o sol de 33/34 graus que tem esquentado a vindima no Vale.
Ontem consegui informações do proprietário da Vinícola Pericó, em Santa Catarina, e fiquei sabendo que as chuvas por lá não foram tão intensas e o terroir de algumas partes de São Joaquim se beneficiou da altitude, com os ventos ajudando as plantas a ficarem secas mais rapidamente. Como a colheita por lá só começa em março, podem ser esperadas boas notícias.
O sol também segue inclemente na fronteira com o Uruguai (Campanha Gaúcha), onde todas as grandes vinícolas brasileiras têm vinhedos ou produtores associados. Espera-se um resultado muito bom com uvas difíceis, como a Tannat e a Pinot Noir, para os varietais.
Enquanto isso, aqui nesta cidade quente e úmida de São Paulo (faz 30 graus dentro de casa agora às 16h50), só nos resta comer frutas, saladas com verduras, legumes e grãos, e saborear um espumante muito, mas muito brut!
Bons goles!
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